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Vitalina Varela

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Drama 124 min 2019 M/12 31/10/2019 POR

Título Original

Vitalina Varela

Sinopse

Disponível na plataforma Filmin

Vitalina Varela, cabo-verdiana, 55 anos, chega a Portugal três dias depois do funeral do marido. Há mais de 25 anos que estava à espera do seu bilhete de avião. É este o ponto de partida para a nona longa-metragem de Pedro Costa, que recebeu o Leopardo de Ouro, prémio máximo do Festival de Locarno de 2019, depois de ter sido um dos filmes que mais impacto teve junto do público e crítica no importante festival. Vitalina é real e é actriz - é uma mulher que veio de Cabo Verde para as Fontaínhas e que, enquanto sujeito e personagem, transita de "Cavalo Dinheiro" (2014) para comandar os fantasmas e as sombras que preenchem o filme do cineasta português.  PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Regresso à casa de lava

Luís Miguel Oliveira

Pedro Costa condensa reminiscências do“ciclo das Fontainhas”. Vitalina Varelatorna-se “museográfico”.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

Há cinco anos escrevi o seguinte sobre o antecessor de Vitalina Valera, o novo filme de Pedro Costa (premiado nos festivais de Locarno e Chicago) : <br /> "Cavalo dinheiro é um produto cinematográfico sui generis inesquecível (para o bem e para o mal), por isso sejam corajosos, e façam o favor de ir vê-lo. Todavia, aconselho-vos a colocarem, logo no inicio do seu visionamento, uns phones nos ouvidos (não os tirem em momento algum) e deixem-se embalar pela vossa música favorita (seleccionem algo de melancólico). <br /> Ahh e não se esqueçam de beber previamente uma café triplo. Isto porque se trata de uma obra dotada de uma beleza plástica quase indiscritível (literalmente de cortar a respiração), mas, em simultâneo, completamente esquizóide, em termos narrativos, e lentaaa." <br /> <br />Grosso modo, reitero os conselhos dados no passado, já que a "história" de Vitalina Varela (a explanação da deambulação zombie, por entre a escuridão da barraca decrépita de um bairro clandestino da Amadora, por parte da caboverdiana que viajou de África com o objectivo de assistir ao funeral do marido, que não via há quarenta anos, mas que chegou apenas três dias após este ter sido sepultado) continua a ser transmitida sem quaisquer pressas. No entanto, a narrativa (algo neorrealista) desta feita apresenta-se-nos mais escorreita (ainda que parca em palavras e abundante em silêncios ensurdecedores) e os seus "quadros em movimento" são (ainda mais) arrebatadores (o Pedro Costa é, em definitivo, um mestre sem igual a captar as várias tonalidades da negritude).
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3 estrelas

José Miguel Costa

Há cinco anos escrevi o seguinte sobre o antecessor de Vitalina Valera, o novo filme de Pedro Costa (premiado nos festivais de Locarno e Chicago) : <br /> "Cavalo dinheiro é um produto cinematográfico sui generis inesquecível (para o bem e para o mal), por isso sejam corajosos, e façam o favor de ir vê-lo. Todavia, aconselho-vos a colocarem, logo no inicio do seu visionamento, uns phones nos ouvidos (não os tirem em momento algum) e deixem-se embalar pela vossa música favorita (seleccionem algo de melancólico). <br /> Ahh e não se esqueçam de beber previamente uma café triplo. Isto porque se trata de uma obra dotada de uma beleza plástica quase indiscritível (literalmente de cortar a respiração), mas, em simultâneo, completamente esquizóide, em termos narrativos, e lentaaa." <br /> <br />Grosso modo, reitero os conselhos dados no passado, já que a "história" de Vitalina Varela (a explanação da deambulação zombie, por entre a escuridão da barraca decrépita de um bairro clandestino da Amadora, por parte da caboverdiana que viajou de África com o objectivo de assistir ao funeral do marido, que não via há quarenta anos, mas que chegou apenas três dias após este ter sido sepultado) continua a ser transmitida sem quaisquer pressas. No entanto, a narrativa (algo neorrealista) desta feita apresenta-se-nos mais escorreita (ainda que parca em palavras e abundante em silêncios ensurdecedores) e os seus "quadros em movimento" são (ainda mais) arrebatadores (o Pedro Costa é, em definitivo, um mestre sem igual a captar as várias tonalidades da negritude).
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