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Viúvas

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Drama, Thriller 128 min 2018 15/11/2018 GB, EUA

Título Original

Widows

Sinopse

<div>Veronica, Alice, Linda e Belle são diferentes em tudo, excepto numa coisa fundamental: herdaram dos falecidos maridos uma enorme dívida deixada pelas actividades criminosas deles. Quando percebem que as suas vidas estão em perigo e que a única forma de se salvarem é pagarem o que devem a um "testa de ferro", decidem fazer o inimaginável: unem forças e seguem escrupulosamente um plano de assalto elaborado pelo marido de Veronica antes de ter sido assassinado.</div> <div>"Viúvas" é a quarta longa-metragem de Steve McQueen – depois dos multipremiados "Fome"(2008), "Vergonha" (2011) e "12 Anos Escravo" (2013) –, que assina o argumento em parceria com a escritora Gillian Flynn (autora de "Em Parte Incerta" e "Lugares Escuros", ambos adaptados ao cinema). A base desta história é a série televisiva com o mesmo nome escrita por Lynda La Plante. Para além de Viola Davis, Elizabeth Debicki, Michelle Rodriguez e Cynthia Erivo como protagonistas, o elenco inclui Colin Farrell, Brian Tyree Henry, Daniel Kaluuya, Jacki Weaver, Carrie Coon, Robert Duvall e Liam Neeson. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

O mais decepcionante McQueen

Luís Miguel Oliveira

Um filme calculado ao milímetro para ser “importante” — e por aí, “prestigiante” — no seu tratamento das questões mais centrais na discussão da vida pública americana contemporânea.

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Críticas dos leitores

Viuvas a ver...

Francisco Zuzarte

...com atenção. O filme está muito bem concebido, tem um ritmo que no obriga a estar atentos, uma fotografia excelente e uma banda sonora certa no momento certo. Depois há uma frase (não querendo fazer de spoiler) que retrata, entre outros momentos, a situação agora tantas vezes falada da venda de armas. No leilão a que uma das personagens vai, há a menina que diz "Mãe não foste tu que disseste que uma arma é a melhor amiga de uma mulher?"
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Entre o suficiente mais e o bom pequeno

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque gosto deste género de filmes de assaltos e também devido ao bom naipe de actores, que só por si, seriam uma garantia de qualidade. <br />Gostei do filme. É um filme que se vê mais ou menos bem, já que o argumento do filme não é lá muito escorreito, o que impõe ao espectador alguma concentração. A realização fica-se pela mediania, já que o filme demora um pouco a arrancar, acabando por ter uma parte final muito interessante e de final algo surpreendente. As interpretações de todos os actores primam pela competência, mas as de Viola Davis e Robert Duvall, sobressaem pela sua superior qualidade. <br />Estamos perante um filme de acção/drama que está entre o suficiente mais e o bom pequeno. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 14 valores a este filme.
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As viúvas de McQueen (spoiler)

Marcelo Alves

Steve McQueen ainda tem poucos filmes na carreira, mas está entre os diretores que fazem alguns dos trabalhos mais interessantes destes tempos. Seus dois filmes anteriores, “12 anos de Escravidão” (2013) e “Shame” (2011) são dois ótimos trabalhos. O primeiro conta a história de um homem livre que morava em Nova York, mas é sequestrado, levado para o sul, onde torna-se escravo e leva 12 anos para ser libertado. O segundo conta a história de um homem que não cultiva qualquer tipo de relacionamento e apenas alimenta seu vício desvairado por sexo, o que o faz mergulhar nas profundezas em busca de cada vez mais prazer. <br /> <br />Em “Viúvas”, o diretor troca o protagonismo masculino pelo feminino. O filme, porém, não é o melhor que McQueen, vencedor de um Oscar em 2014 por “12 anos de escravidão”, já produziu. Mas ainda assim é um McQueen que tenta inverter o tradicional protagonismo masculino dos “filmes de assalto” para as mulheres. E transforma o que seria um golpe numa tragédia que marca todos os envolvidos. Em especial sua protagonista, Verônica, vivida por Viola Davis, talvez a figura mais marcante do filme. <br /> <br />Na trama de McQueen, as mulheres são fortes, lidam com as dores da perda dos seus maridos assaltantes enquanto se equilibram para cuidar do que restou, dos filhos ou refazerem as suas vidas da melhor forma possível. Os homens, por outro lado, são o retrato da decadência do patriarcado masculino. <br /> <br />Harry Rawlings (Liam Neeson) não passa de um covarde que falha no seu suposto plano perfeito e sofre as consequências dos seus atos. Tom Mulligan (Robert Duvall) é o retrato do decadente homem racista senhor de engenho ex-dono de fazendas de escravos americano, cuja família tradicional tem um naco de poder há três gerações em um lado decadente de Chicago e deseja manter o poder como sempre foi, ou seja, passando de pai para filho. Duvall aparece em poucas cenas, mas suas entradas são brilhantes e vivazes em expor até mesmo na natural decadência física do ator de 87 anos o quanto seu personagem representa o passado decrépito que precisa ser superado. <br /> <br />É onde entra o seu filho, a nova geração que tenta impedir que o comando do 18º distrito passe pela primeira vez para um afro-americano. Jack Mullingan (Colin Farrell), é o velho pensamento apenas envernizado para as novas gerações. Ele pode achar o comportamento do pai odioso, mas embrenha-se nas teias de corrupção da política como qualquer homem branco que se envolve nos podres daquela região. É pragmático em analisar cenários e joga para ganhar, custe o que custar. <br /> <br />Ele concorre ao cargo político com Jamal Manning (Bryan Tyrree Henry), um notório bandido e traficante da região que tenta se esgueirar na política cujo irmão, Jatemme Manning, brilhantemente interpretado por Daniel Kaluuya, é um psicopata que toca os negócios da família com uma mão de ferro e crueldade própria dos assassinos feios. <br /> <br />Em meio a eles há o trio formado por Veronica, Alice (Elizabeth Debicki) e Linda (Michelle Rodriguez). Elas são as três viúvas do título e protagonistas dessa história que precisam dar o golpe final traçado por Harry para conseguir US$ 5 milhões que garantiriam a Veronica o pagamento de US$ 2 milhões que o marido devia a Jamal e ainda uma boa grana para elas recomeçarem as suas vidas. <br /> <br />Traçando o perfil dos personagens e combinando com o cenário decadente, escuro e o clima pesado armado por McQueen, “Viúvas” tinha tudo para ser um grande filme. E de fato tem seus bons momentos. Mas a história tem alguns buracos que complicam a sua compreensão. Não fica clara a questão do dinheiro roubado no início e para que ele serviria aos propósitos que são revelados no decorrer do filme. Também não está bem esclarecido o que levou Harry a tomar algumas atitudes no decorrer da história. <br /> <br />Além disso, a cena do cachorro que sente o cheiro é tão, mas tão clichê, que nem parece um filme do cinema que McQueen tem por hábito realizar. São mais a sua cara e o estilo dele as boas cenas iniciais que contrastavam o assalto, o último assalto realizado pelo grupo de Harry com as vidas caseiras, problemáticas, terríveis ou não, que eles tinham com suas esposas. <br /> <br />O saldo final, porém, é o de um filme que não supera “12 anos de Escravidão” e “Shame”, mas ainda assim é uma história interessante para quem curte o cinema do diretor.
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4 estrelas

José Miguel Costa

Steve McQueen, depois de arrebatar a crítica especializada com duas pérolas cinematográficas indie ("Fome" e "Vergonha", em 2008 e 2011, respectivamente), torna-se conhecido do grande público, em 2013, com o multi-oscarizado "12 Anos Escravo". <br /> De regresso aos grandes ecrãs com "Viúvas" (e desta vez sem o seu actor fetiche, Michael Fassbender), reforça a ideia de que a anterior cedência ao mainstream não foi um mero "acidente de percurso" (e demonstra, em simultâneo, que a opção de um cineasta por esta via não implica necessariamente perda de exigência e/ou qualidade). <br /> <br />Steve McQueen, que também parece não querer restringir-se a um determinado género cinematográfico, com este "Viúvas" (a adaptação - efectuada pelo próprio em conjunto com Gillian Flynn - de uma série policial britânica da década de 1980) brinda-nos com um (aparente) triller de acção feminino (mesclado de drama e - um requintado - humor) algo "autoral" (com múltiplas camadas escondidas nas entre-linhas). <br /> <br />A acção, que decorre numa Chicago com um "je ne sais quoi de Spike Lee", tem por base a história de quatro viúvas que, após a morte dos maridos (um grupo de ladrões), se vêem na contingência de praticar um grande assalto para liquidar as dividas deixadas por estes a um perigoso criminoso (candidato a mayor da cidade contra um corrupto republicano cuja família se encontra no poder há várias décadas). <br /> Este argumento (dotado de magníficos diálogos rápidos, incisivos e ácidos), que nas mãos erradas poderia descambar num produto (ultra) piroso, sob a égide do mestre (que nele vai inserindo cirurgicamente subtemas que são autênticas "feridas em carne viva" no seio da polarizada sociedade americana - o racismo, a violência do Estado, o lobby politico, as desigualdades de género e classes) torna-se numa experiência electrizante para o espectador. <br /> E consegue atingir tal objectivo graças à sua perícia em manobrar, sem pressas (num ritmo quase "anti-filme de acção", que deixa tempo para a reflexão e/ou contemplação dos sempre belos planos-sequência à lá McQueen), uma narrativa fragmentada (habilmente intercalada, apesar da vasta gama de ambíguas personagens - encarnadas por uma constelação de estrelas que dão o melhor de si - que tem para nos ir apresentando). <br /> Pena que na recta final opte por "acelerar o passo", encerrando de um modo precipitado/abrupto e algo "fácil".
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3* - Entretém mas...

Luis

...não chega a entusiasmar - falta-lhe "qualquer coisa"... O tema não foge "à regra" e as interpretações não me convenceram... (defeito meu, se calhar, pelo que tenho lido).
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Viúvas e Viola imbatíveis

Raul Gomes

Qual o melhor, é impossível de dizer. De uma realização de "Alta Costura", com enquadramentos e imagens fabulosas, um filme bem construído, melhor montagem e ritmo certo, com Viola Davis num papel marcante, e que serve de suporte a todo um elenco extraordinário, coeso, e consistente. Não considero que seja um filme de acção/thriler, mas um drama/tragédia, que elas tem de superar, a todas as coações a que estão sujeitas, mas que superam com enormíssimo profissionalismo e competência. E, foi um prazer rever Robert Duvalm mas o mesmo não posso dizer do inenarrável Liam Neeson.
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Branco e Negro

JR

Um bom filme, inteligente, em linha com aquilo que Steve McQueen já nos habituou. Há em todo ele uma dicotomia, habilmente explorada pelo realizador, envolvendo opostos, sejam eles de raça, sejam de estatuto ou de valores. Viola Davis está excelente e muito bem secundada pelo restante trio de viúvas. Só Liam Neeson, para não fugir ao habitual, se revela o canastrão de sempre. Um filme que merece ser visto.
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