Esta adaptação do conto de Charles Dickens para o mundo moderno é muito fraca, rodeando os contornos das comédias românticas, previsível, pouco engraçado e com uma ridícula actuação pelo protagonista Matthew McConaughey, que podia ter sido um filme original mas limitou-se a ser uma barafunda de clichés.

Num filme aparentemente superficial, surge uma adaptação moderna ao conto de Charles Dickens. As semelhanças são muitas, adaptadas a um tema mais rentabilizado por Hollywood nas comédias românticas. Enquanto o Christmas Carol de Dickens foca a questão da ambição desmedida e avareza, numa personagem que fruto da sua ambição, conquista um fortuna imensa mas acaba por perder a mulher que ama e os seus amigos pelo caminho. O mesmo se passa no filme, simplesmente temos a personagem principal, só que em vez do dinheiro a ambição é o amor, ou melhor, a falta dele, numa personagem que se recusa a amar ou a ser feliz, para que não mais voltasse a sair magoado. Num filme muito mais profundo que a sua aparência faz sugerir, não tendo piadas excepcionalmente bem conseguidas ou originais, é bem interpretado pelos actores que compõem o elenco e um Michael Douglas numa personagens no mínimo hilariante, num desempenho não habitual, vale a pena ser visto só por isso. Um bom entretenimento, com momentos engraçados, mas sempre intercalados por momentos mais intensos e profundos. Uma surpresa... 6 em 10.