The Spirit

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Acção, Drama 103 min 2008 M/12 19/03/2009 EUA

Título Original

The Spirit

Sinopse

Denny Colt é um polícia assassinado que, misteriosamente, regressa do mundo dos mortos como The Spirit, um vigilante mascarado determinado a combater o crime organizado nas ruas obscuras de Central City, a sua querida cidade. O seu maior inimigo é o psicótico Octopus que, na sua busca pela imortalidade, destrói tudo por onde passa. No caminho de Spirit cruzam-se várias mulheres sublimes, que procuram seduzi-lo, amá-lo ou matá-lo. Só o seu amor de sempre não o trairá: Central City, a cidade que o viu nascer duas vezes. Uma adaptação das tiras de Will Eisne, realizada por Frank Miller, profícuo autor de BD que co-realizou "Sin City" (2005).<p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Jorge Mourinha

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Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Decepção

Paulo Simões

O filme fica muito aquém da banda desenhada que o inspirou e das outras realizações de Frank Milller, nomeadamente “300” e “Sin City”. Quem for à espera de algo vagamente parecido ficará decerto muito decepcionado. Há muito tempo que não me passava pela cabeça abandonar a sala e só não o fiz porque estava acompanhado. Verdadeiramente frustrante e penoso de ver até ao final.
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The Spirit

Carlos Natálio /c7nema.net

O facto mais relevante sobre a adaptação do comic de Will Eisner, “The Spirit”, é que coincidiu e foi totalmente ofuscada pela estreia de “Watchmen”, de Zack Snyder. Ou seja, o que salta à vista é o estrondoso fracasso que o filme de Frank Miller tem representado, quer entre a comunidade cinéfila, quer mesmo entre admiradores do herói. E longe de contrariarmos tal corrente, percebe-se facilmente o ódio. Enquanto Snyder é um ilustrador competente que submeteu a sua obra ao espírito e atmosfera da novela de Moore, Miller é um recente fã das “avarias” do cinema, “avarias” essas que experimentou com algum sucesso em “Sin City”. Ora, é esse olhar admirador, pelo cinema em si, e não pelo universo de Eisner, que acaba por subjugar qualquer arremedo de história e suas personagens. Miller transporta “outra vez” tudo para a sua “Sin City”, só que aqui, no entanto, nada encaixa. Desta feita, as cores originais que acompanham o calvário de Denny Colt, um homem condenado à imortalidade, dão lugar ao monocromatismo de Central City. A representação real é mais uma vez entrecortada com inúmeros detalhes de CGI (Computer-Generated Imagery). Mas se Miller trabalhava o estilo de “Sin City” conjuntamente com os pontos fortes da sua história (e ele conhecia-os como ninguém), em “The Spirit” assistimos a um exercício de estilo sobre o vazio. Porque as personagens são caricaturas cujos dilemas são pouco explorados e/ou mal resolvidos. Um exemplo: o filme abre e fecha com a caracterização de um dos problemas de “The Spirit”; a sua condição de limbo existencial traz-lhe uma relação conflituosa de amor/ódio, de instinto de sobrevivência e vigilância sobre a sua cidade. No entanto, pouco ou nada desta relação fica à vista. Como em “The Dark Knight”, o universo do antagonista acaba por sobressair como centro atractivo do filme. Mas se na obra de Nolan, era a poderosa interpretação de Hedge Ledger que situava muito desse nosso sentimento, aqui é o overacting de Samuel Jackson e o seu Octopus que triunfam. Mas porque diabo haveríamos nós de qualificar um excesso como um ponto positivo? Por algumas razões. Primeiro, porque o carisma de Gabriel Macht, com tiradas e posturas brejeironas, é nulo, deixando-nos a milhas de acreditar que este “The Spirit” possa ser um sex symbol para o universo feminino, por exemplo. Assim, de repente só nos vem à memória outro concorrente: o “Daredevil” de Ben Affleck. Depois, porque se a história é pouco atractiva, a sua, mise en place no mundo CGI de Miller, deixa o espectador a gritar por alguma presença humana, mesmo que em boas doses de histrionismo bem disposto, como o de Samuel Jackson. Esse histrionismo acaba por indiciar um dos raros pontos interessantes de “The Spirit”. Há momentos em que a debilidade de tudo isto assume alguma postura, um certo sentimento de “perdido por cem, perdido por mil” que aporta um inteligente sentido de auto-ironia. Um dos bons exemplos é o número da “dentista e o nazi”, momento em que Octopus captura Spirit e planeia esquartejá-lo e mandar as suas partes por correio para que não possa voltar à vida. Aqui, a paródia ao universo nazi com Samuel Jackson de monóculo e fato condizente, o telefone que surge do nada, a dentista francesa, antiga paixão de Spirit, que vem ajudar à festa, são tudo detalhes que dão alguma sentimento de desordem assumida. Pronto, estamos a ver uma comédia, não nos chateemos mais, pensamos nós. Obviamente que esse caos saudável é esporádico e logo nos apercebemos que murros, cores berrantes, efeitos ou outras one liners débeis compõem uma amálgama de aborrecimento no qual o filme se desenrola. Uma palavrinha ainda para Scarlet Johanssen, ou antes Silken Floss, como ajudante de Octopus, que não se sai mal: o seu pouco protagonismo e o seu ar travesso de menina a fazer um frete, de quem "não está lá" de corpo e alma, serve na perfeição um mundo de pessoas que na realidade não estão mesmo lá. Para não aborrecer ninguém, não acabamos sem uma simpática sinopse que dá muito jeito e se dá numa linha. Querem ver? Spirit persegue Octopus que persegue a imortalidade. Mulheres belas ajudam ambos. 3/10
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The Spirit

Carlos Natálio /c7nema.net

O facto mais relevante sobre a adaptação do comic de Will Eisner, “The Spirit”, é que coincidiu e foi totalmente ofuscada pela estreia de “Watchmen”, de Zack Snyder. Ou seja, o que salta à vista é o estrondoso fracasso que o filme de Frank Miller tem representado, quer entre a comunidade cinéfila, quer mesmo entre admiradores do herói. E longe de contrariarmos tal corrente, percebe-se facilmente o ódio. Enquanto Snyder é um ilustrador competente que submeteu a sua obra ao espírito e atmosfera da novela de Moore, Miller é um recente fã das “avarias” do cinema, “avarias” essas que experimentou com algum sucesso em “Sin City”. Ora, é esse olhar admirador, pelo cinema em si, e não pelo universo de Eisner, que acaba por subjugar qualquer arremedo de história e suas personagens. Miller transporta “outra vez” tudo para a sua “Sin City”, só que aqui, no entanto, nada encaixa. Desta feita, as cores originais que acompanham o calvário de Denny Colt, um homem condenado à imortalidade, dão lugar ao monocromatismo de Central City. A representação real é mais uma vez entrecortada com inúmeros detalhes de CGI (Computer-Generated Imagery). Mas se Miller trabalhava o estilo de “Sin City” conjuntamente com os pontos fortes da sua história (e ele conhecia-os como ninguém), em “The Spirit” assistimos a um exercício de estilo sobre o vazio. Porque as personagens são caricaturas cujos dilemas são pouco explorados e/ou mal resolvidos. Um exemplo: o filme abre e fecha com a caracterização de um dos problemas de “The Spirit”; a sua condição de limbo existencial traz-lhe uma relação conflituosa de amor/ódio, de instinto de sobrevivência e vigilância sobre a sua cidade. No entanto, pouco ou nada desta relação fica à vista. Como em “The Dark Knight”, o universo do antagonista acaba por sobressair como centro atractivo do filme. Mas se na obra de Nolan, era a poderosa interpretação de Hedge Ledger que situava muito desse nosso sentimento, aqui é o overacting de Samuel Jackson e o seu Octopus que triunfam. Mas porque diabo haveríamos nós de qualificar um excesso como um ponto positivo? Por algumas razões. Primeiro, porque o carisma de Gabriel Macht, com tiradas e posturas brejeironas, é nulo, deixando-nos a milhas de acreditar que este “The Spirit” possa ser um sex symbol para o universo feminino, por exemplo. Assim, de repente só nos vem à memória outro concorrente: o “Daredevil” de Ben Affleck. Depois, porque se a história é pouco atractiva, a sua, mise en place no mundo CGI de Miller, deixa o espectador a gritar por alguma presença humana, mesmo que em boas doses de histrionismo bem disposto, como o de Samuel Jackson. Esse histrionismo acaba por indiciar um dos raros pontos interessantes de “The Spirit”. Há momentos em que a debilidade de tudo isto assume alguma postura, um certo sentimento de “perdido por cem, perdido por mil” que aporta um inteligente sentido de auto-ironia. Um dos bons exemplos é o número da “dentista e o nazi”, momento em que Octopus captura Spirit e planeia esquartejá-lo e mandar as suas partes por correio para que não possa voltar à vida. Aqui, a paródia ao universo nazi com Samuel Jackson de monóculo e fato condizente, o telefone que surge do nada, a dentista francesa, antiga paixão de Spirit, que vem ajudar à festa, são tudo detalhes que dão alguma sentimento de desordem assumida. Pronto, estamos a ver uma comédia, não nos chateemos mais, pensamos nós. Obviamente que esse caos saudável é esporádico e logo nos apercebemos que murros, cores berrantes, efeitos ou outras one liners débeis compõem uma amálgama de aborrecimento no qual o filme se desenrola. Uma palavrinha ainda para Scarlet Johanssen, ou antes Silken Floss, como ajudante de Octopus, que não se sai mal: o seu pouco protagonismo e o seu ar travesso de menina a fazer um frete, de quem "não está lá" de corpo e alma, serve na perfeição um mundo de pessoas que na realidade não estão mesmo lá. Para não aborrecer ninguém, não acabamos sem uma simpática sinopse que dá muito jeito e se dá numa linha. Querem ver? Spirit persegue Octopus que persegue a imortalidade. Mulheres belas ajudam ambos. 3/10
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