Cinco estrelas. Filme muito bom. Óptima reconstituição da época. Cheio de um humor trágico ao estilo dos irmãos Cohen. Trama bem integrada na realidade social de então.

Que tanga de filme!

Os nossos críticos de cinema dizem, de uma maneira geral, que o Clooney está fraco na realização, blá, blá. Tretas, mas tretas! <br />Este filme é fabuloso e vem em período Trumptiano isto é, acerta na mouche. Apresenta os meninos louros e gordinhos, com suas mamãs louras e elegantemente anafadas e os seus papás, homens de família e de negócios e tudo não passa de um embuste. A maldade no seu esplendor. Que bem representado estava! Tanto em quem representa como em quem quis contar a história. <br />Adorei as meias branquelas do bandido, o tio irremediavelmente estúpido mas com bom fundo, as olheiras do miúdo, o Matt Damon a voltar de bicleta depois de assassinar um homem, as reminiscências às celebres cenas de terror, com facas, miúdos escondidos debaixo da cama, até uma cobra andava por ali a rastejar. <br /> <br />Ao nível do "Este País Não é Para Velhos". <br />Críticos, discordo completamente.

Com um elenco e realização de qualidade, Suburbicon-Bem-vindos ao Paraíso é um conto mórbido ao estilo Hitchcockiano sobre até onde o ser humano vai pelo vil metal. <br />E o inferno é logo ali... <br />Excelente filme!

Grande filme e grande realização. E já agora DªTeresa Costa....o mal é que as pessoas estão muito viciadas nas telenovelas e quando vão ver cinema a sério não gostam!

Um filme especial muito ao jeito dos irmãos Cohen (autores). Há um cuidado extremo nos planos, no acompanhamento musical, no ritmo que nos deixa sempre com uma sensação de quase fábula. O humor é negro, as personagens são maldosamente hilariantes. <br />Que filme!

CLOONEY "transformado em realizador"? Relembro que G.C. realizou uma obra fabulosa, "Boa Noite e Boa Sorte" e outra muito boa "Nos Idos de MArço", para além de "Caçadores de Tesouros". Não estamos na presença de um actor "armado" em realizador! Ainda não vi este filme, mas pelo que fez como realizador, G.C. merece todo o nosso respeito e não ser gozado como "actor transformado em realizador"! Já tem experiência qb e tomariam grandes realizadores terem feito o primeiro dos filmes que realizou! Será que Robert Redford ou Warren Beatty, também se transformaram em realizadores?

Péssimo, não vale nada! Não perca o seu tempo.

Espantoso argumento dos Cohen, com belíssima realização de Clooney. Um Fargo revigorado. Incrível como 37 anos depois de escrito ele nos mostra uma América actual. Está lá tudo, A continuação até aos dias de hoje, de um racismo KKK, a profunda ignorância social, As "Fake News", O culpar os outros, pelos nossos próprios erros. A supremacia branca, detentora das "suas verdades", o egoísmo o despudor pelas vidas humanas, tudo isto é agora revigorado pelo Trump, direccionado a essa América profunda e ignorante. O "muro" tenta condicionar uma aproximação das raças, mas felizmente é subvertido pela imagem final das crianças alheias a todo este ódio, e, que permanecem, não intactas, pois isso é impossível, mas que nos abram todo um melhor horizonte. Bons desempenhos de Julianne Moore, deslumbrante neste duplo papel, de Óscar Isaac, e, Matt Damon,que poderia dar talvez uma maior profundidade e consistência a esta sua dúbia personalidade. A não perder. P.F. não percam este fabuloso filme.

"Suburbicon" marca o regresso de George Clooney atrás das câmaras (e desta vez sem fazer o habitual "pézinho" como actor, deixando todos os créditos para o Matt Damon - um erro de casting -, Julian Moore e o miúdo maravilha, Nick Lodge). Apresenta-se-nos como uma (tentativa de) sátira negra ao American way of life impregnada de humor ácido e violento, que resulta numa quase alegoria à América de Trump (apesar da acção decorrer na década de 50 do século XXI numa utópica urbanização de classe média branca conservadora), tendo por base um argumento dos irmãos Coen (cujo estilo cinéfilo ele tenta - ingloriamente - replicar). <br /> <br />Não é por não chegar aos calcanhares dos Coen que o filme (parcialmente) "falha", mas sim por incorporar dois enredos paralelos heterogêneos que jamais se "colam" (sendo que um deles - relacionado com a temática do racismo - é manifestamente subdesenvolvido e superficial ao nível narrativo, dando a sensação de que foi anexado, como mero adereço, para o Clooney fazer jus à sua faceta de activista político). <br />Independentemente disso, não deixa de ser um filme de entretenimento algo divertido, só que este tinha pretensões de ser muito mais que isso (no entanto, na realidade o grau de incómodo e tensão/suspense que também augurava manifesta-se quase nulo).