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Sinal de Alerta
Título Original
Red Road
Realizado por
Elenco
Sinopse
Jackie trabalha como operadora de um circuito interno de televisão. Todos os dias observa uma pequena parcela do mundo, protegendo a vida das pessoas que estão sob o seu olhar. Até ao dia em que surge no monitor um homem que Jackie pensava não ver mais na vida, um homem que não queria ver mais. Agora, será obrigada a confrontá-lo.
Realizado por Andrea Arnold, "Sinal de Alerta" ganhou o Prémio do Júri no Festival de Cannes 2006 e foi ainda premiado com cinco prémios BAFTA, os "óscares" britânicos: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Actor e Melhor Actriz.<p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Reconstrução
Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
RED ROAD<BR/>de Andrea Arnold<BR/><BR/><BR/>Na segurança do seu local de trabalho, Jackie (Kate Dickie) controla as câmaras de vigilância que estão espalhadas pelas ruas de Glasgow, atenta a possíveis distúrbios e prontamente avisar a polícia. Mais do que simples dever, Jackie já conhece as personagens daquelas ruas, estranhos que quotidianamente ela acompanha à distância. Mas um daqueles muitos ecrãs devolve um dia a Jackie uma imagem que ela pensa reconhecer, a de um homem, Clyde (Tony Curran), cuja ligação a Jackie só muito mais tarde viremos a perceber. Jackie tem uma existência anestesiada, particularmente visível na frieza das (poucas) relações pessoais que mantém - como se a protecção do ecrã fosse o seu estado natural. A perseguição que ela começa a fazer a Clyde, até aos edifícios de habitação social de Red Road onde ele vive, é o caminho que ela precisa de fazer, também através da sua dor, para conseguir seguir em frente com a sua vida. <BR/><BR/>Com “Red Road”, Andrea Arnold, cuja curta “Wasp” lhe valeu um Oscar em 2005, constrói um filme honesto, forte e sensível, onde as acções valem mais do que as palavras. Durante a maior parte do filme não sabemos para onde estamos a ser conduzidos, e é num ambiente de tensão que, de uma forma perturbante, nos é revelada o objectivo de Jackie e do que ela disposta a fazer para o conseguir. <BR/><BR/>Kate Dickie e Tony Curran (“The Good German”) estão longe de quaisquer estereótipos, e, num ambiente soturno onde as palavras são duras e o sexo explícito, eles produzem duas interpretações intensas, absorventes, versáteis e quimicamente eficientes. <BR/><BR/>No mundo de hoje, a vigilância tende a assustar mais do que tranquilizar – e o 1984 de Aldous Huxley parece estar sempre perto demais. Em “Red Road” ela é protecção e invasão, com o elemento humano (não é sempre esse?) a determinar o seu peso moral. Esta é mais uma das relatividades que marca todo o filme. <BR/><BR/>No final, a versão de ‘Love Will Tear Us Apart’ pelos Honeyroot parece querer dizer exactamente o contrário: “love will make us whole again”. We hope... <BR/><BR/><BR/>8/10<BR/>
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