Um filme que é uma viagem de um só fôlego pela história do Hermitage. Hora e meia de filmagem sem um único corte e com milhares de figurantes fizeram deste filme um verdadeiro evento no Festival de Cannes deste ano.

Seguimos o diplomata Marquis de Custine, que, em diálogo com um realizador invisível vagueia de sala em sala, de acontecimento em acontecimento, de época em época. Aqui vamos encontrar desde Catarina, a grande até à actual directora do museu do Hermitage, num filme que, tal como outros filmes do realizador de "Mãe e filho" brilha com uma luz transparente e fantasmagórica.

O Hermitage deve ser visto de forma nova e totalmente reveladora neste filme, uma panorâmica única de noventa minutos, no palácio mais famoso da Rússia, um dos maiores museus do mundo. E mais do que um museu. Na imaginação popular, o Hermitage é uma identidade viva, uma fábrica que respira história e cultura russas.

Além da infindável procissão de pessoas que vêm para admirar os seus vários tesouros artísticos, gerações da família Romanov realmente viveram, amaram e, em alguns casos, morreram, neste local a que chamavam “casa”, em todo o seu raro esplendor.

Este filme tenta recriar, com a maior precisão possível, os eventos históricos que aconteceram dentro do palácio e nos seus arredores. Actualmente, este efeito pode ser melhor conseguido pela utilização das potencialidades e da escala de um espectacular meio moderno, de forma a converter toda a sua extensão histórica numa sequência de verdadeiras salas majestosas.

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