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The Apprentice - A História de Trump

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Biografia, Drama 120 min 2024 M/14 17/10/2024 IRL, CAN, DIN

Título Original

Nova Iorque, década de 1970. Um jovem chamado Donald J. Trump – filho mais novo de Fred Trump, um self-made man que fez fortuna no ramo da construção civil – tenta de todas as formas provar o seu valor criando os seus negócios na área do mercado imobiliário.

Nesse percurso, vai cruzar-se com Roy Cohn, um advogado e facilitador político que fez carreira ao colaborar com o senador Joseph McCarthy (1908-1957) durante a Caça às Bruxas. Cohn, conhecido pela sua ambição, manipulação e código de honra duvidoso, vai revelar-se crucial no trajecto e nas formas de actuação de Trump nas várias dimensões da sua vida.

Apresentada no Festival de Cinema de Cannes, esta biografia estreou-se nos cinemas norte-americanos a 11 de Outubro de 2024, a menos de um mês das eleições em que Trump concorre pela segunda vez ao cargo de Presidente dos EUA.

Realizado por Ali Abbasi – também responsável por Na Fronteira (2018) e por Holy Spider (2022) –, e escrito por Gabriel Sherman, conta com o actor Sebastian Stan como Donald Trump, Jeremy Strong como Cohn (1927-1986) e Maria Bakalova como Ivana Zelníčková (1949-2022), a mulher com quem Trump esteve casado entre os anos de 1977 e 1990.

The Apprentice referido no título, é uma referência ao reality show criado por Mark Burnett, de que Trump foi produtor e apresentador entre 2004 e 2015. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

The Apprentice – A História de Trump: conto moral

Vasco Câmara

Perseguido pelos trumpistas, acusado de humanizar pelos haters de Trump, eis um filme de bolso de tom justo: um conto (i)moral, iniciação à corrupção. Estreia-se quinta-feira em Portugal.

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Sessões

Críticas dos leitores

O mestre e o aprendiz

Nazaré

O verdadeiro Roy Cohn haveria de gostar de ver Trump quando ele concorreu à Casa Branca em 2016. Nesse momento estava o culminar duma carreira que foi ele que lançou. É que saber ver — num playboy com a doença dos escrúpulos — o potencial duma figura de topo nos Estados Unidos, e depois torná-la realidade, só poderia ser motivo de orgulho.

O momento histórico do encontro dos dois, em 1971, acontece quando a actual fractura na sociedade dos States, entre uma esquerda conivente com o capitalismo e uma direita conivente com o nazismo, teve as suas origens. Anos mais tarde a dinastia Reagan-Bush (pai) impôs essa fractura pela primeira vez, e desde então tem sido o vaivém das políticas e discursos que a vieram acentuar e escancarar uma dilacerante e insanável polarização na sociedade.

Ao traçar as origens da persona Donald J. Trump, que encabeça nas presidenciais de 2024 um dos lados dessa fractura, esta fita constitui de certa maneira um documento histórico. Tudo o mais (a Ivana, os outros Trump, os inimigos) é o guião que vai servindo para construir essa persona.

Ao contrário do que é sugerido pelo título em Português, a história de Trump continua para além desta fita. Ela centra-se totalmente na relação entre Trump e Cohn, o mestre e o aprendiz, e dura até ao momento em que Cohn (como personagem nesta fita e provavelmente na pessoa real) se viu perante um mestre.

Desencantado, mas secretamente feliz com o sentimento de missão cumprida, só lhe resta (na vida real) deixar uma dívida monstruosa em sede de IRS. Jeremy Strong quase que "rouba o filme", nesta magnífica interpretação de Roy Cohn.

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3 estrelas

José Miguel Costa

O realizador iraniano-dinamarquês Ali Abbassi tem um curriculo "curto", mas invejável (ou não fosse ele o "pai" de "Na Fronteira" - um dos filmes da minha vida - e ""Holly Spider", bem como das séries "Chernobyl " e "The Last Of Us").

Deste modo, não é de estranhar que estivesse com a expectativa nos píncaros em relação ao seu biopic sobre o narcisista e vigarista líder do partido republicano, Donald Trump (ainda mais atendendo ao timming da estreia, a poucos dias das eleições nos USA).

No entanto, ao contrário das obras supracitadas, "The Apprentice - A História de Trump" revela-se algo anémica e simplista, sem qualquer rasgo de originalidade, tanto ao nível da realização como do argumento (tudo demasiado "direitinho" e linear).

Acresce o facto de a história (que enumera os principais episódios da vertiginosa ascensão económica do magnata do mercado imobiliário - durante as décadas 1970/80 - e demonstra o germinar das sementes da sua característica insensibilidade e megalomania) confrontar-nos com um vilão (interpretado Sebastian Stan) excessivamente humanizado e "descaricaturado".

O grande interesse deste filme acaba por deslocar-se para o seu personagem secundário, o advogado sem escrúpulos Roy Cohn (diabolicamente encarnado por Jeremy Stong), que criou (quase por carolice) o monstro ao injectar no seu ADN os alicerces da futura ideologia trumpista: a verdade não existe; as regras (quaisquer que sejam) não se aplicam aos vencedores; a derrota jamais deverá ser assumida (por mais evidente que esta seja); e a necessidade constante de convencer os "pobres de espírito"/desiludidos do Sistema de que todos os males do mundo decorrem dos comportamentos das minorias desfavorecidas (e dos comunistas, claro!).

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Com muito interesse! (mesmo para quem não aprecia o personagem)

Martim Carneiro

A duas semanas da crucial eleição presidencial dos EUA, eis uma oportunidade de conhecer em cinema uma versão sobre o seu percurso de vida. Apesar de romanceada, afigura-se ser uma aproximação muito credível à personagem real, porventura expurgada do mais recente desbragamento, insolência, e verborreica desmedida. Acompanhamos Trampo desde jovem adulto, contido e educado, num crescendo desabrido de ambição, desdenhando qualquer tipo de ética ou moral.

Excepcionais interpretações e caracterizações de Sebastian Stan e de Jeremy Strong, nos papéis de Trump e do seu advogado, respectivamente.

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Um bom filme

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque achei o argumento potencialmente interessante dada a personalidade polémica de Trump, ainda para mais estando nós nas vésperas das eleições presidenciais americanas.

Gostei do filme, é um filme que se vê bem, tem uma boa realização, tem boas interpretações, sobretudo de Jeremy Strong e de Sebastian Stan. Apenas lamento que o filme se tenha centrado apenas no final dos anos 70 e da década de 80 do século passado. Estamos perante um bom filme. Numa escala de 0 a 20 valores, dou 15 valores a este filme.

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