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O Solista

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Biografia, Musical, Drama 117 min 2009 M/12 15/10/2009 EUA, FRA, GB

Título Original

The Soloist

Sinopse

O encontro entre o jornalista Steve Lopez (Robert Downey Jr.) e o sem-abrigo Nathaniel Ayers (Jamie Foxx) nas ruas de Los Angeles ficará marcado para sempre nas suas vidas. Steve fica seduzido com a forma como Nathaniel expõe os seus sentimentos através das notas do seu violino de duas cordas, pensando imediatamente cobrir o assunto num dos seus artigos no "Los Angeles Times". Ainda mais, quando descobre que o homem foi, há 30 anos, um aluno exemplar da famosíssima Juilliard School. Steve quer então compreender toda a história do músico e o que poderá ter levado um jovem de talentoso a uma vida miserável e de abandono. Uma história que começa quando Ayers deixa a escola após um esgotamento nervoso.<br />O retrato biográfico, a partir do livro de Steve Lopez baseado em factos reais, de uma amizade entre dois homens, em que a música é a protagonista. PÚBLICO

Críticas dos leitores

Arranhou alguma coisa

Maria Lobo

Gostei muito da interpretação de Jamie Fox, da de Robert Downey Jr., nem por isso. Na generalidade gostei bastante do filme, mesmo na negridão da loucura a fé que nos depositem, pode trazer a diferença a uma vida (aparentemente) desprovida de sentido. Apenas acrescento que isso é válido mesmo quando não existe nenhum talento ou génio particular. Estranhamente, provavelmente por falta de ouvido meu, não gostei particularmente do som do violoncelo a solo, arranhou mais do que deslumbrou.
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Todos somos solistas

Virgínia Barros

É um extraordinário retrato da América de hoje em dia, lugar onde a miséria e os milagres acontecem simultaneamente. Steve Lopez anda a procura duma história para contar na sua crónica do LA Times e encontra-a por acaso numa auto-estrada suja da cidade, na pessoa dum "sem abrigo", que toca Beethoven num violino com apenas duas cordas. Nele descobre um ex-músico promissor, aquele que foi um estudante brilhante da Juilliard School of Music um dia e que se tornou num sem-abrigo, doente mental - esquizofrénico - no outro. Parece incrível, mas não é. As doenças mentais surgem sorrateiramente, sem que ninguém se aperceba e surpreendem-nos totalmente porque estamos habituados a olhar para nós como "aqueles" a quem nunca nada disso poderá acontecer; as desgraças vêm nos jornais e na TV, somos curiosos, mas não os intervenientes e muito menos os protagonistas desse "filme". “The Soloist” é um filme estupendo porque não tenta dulcificar a realidade. E o que é mais interessante é que a história real na qual o filme se baseia é mais optimista e reconfortante do que a que vemos no celulóide. Fiz pesquisas e encontrei vídeos na net sobre o verdadeiro Nathaniel Anthony Ayers Jr. - No Youtube e no programa "60 minutes" - e, depois de os ver, acreditei que há milagres e que os homens podem efectivamente transformar a sociedade com a sua solidariedade e comprometimento pessoal.
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Beethoven deve estar contente

Fátima Dinis

Reinventar a dignidade onde aparentemente ela não existe, no caos da doença, no refúgio dos abandonados, tendo como fio condutor a música, esse estado de espírito sonoro e transversal que nos provoca a todos, é a grande ousadia do filme “o Solista”. A descoberta que o ser digno está para lá das vicissitudes da vida e das circunstâncias do quotidiano, abre um mundo de novas possibilidades para a existência daqueles que não participam no dia-a-dia de acordo com o modelo “standard”. Um obra digna de ser vista e ouvida.
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they don't make them like you anymore

joe strong

“O Solista”, de Joe Wright. Num texto (“Qual é o problema da teoria do cinema?”) em que “dispara” para todos os lados (filósofos, críticos, espectadores), I. C. Jarvie fala de manchas de cor: “Já há muito tempo que se argumentou decisivamente que nunca vemos manchas de cor, que vemos sempre pessoas e coisas”, numa declaração voltada para a apreciação / crítica fílmica, como espelha a conclusão do parágrafo, “O modo como o espectador compreende o filme é sem dúvida algo em que os estudiosos do cinema devem pensar, mas não ignorando a psicologia empírica.” As manchas são aqui “usadas” como um valor empírico, análogas aos borrões de tinta usados nos testes psicotécnicos. Da inversão desta “proposição” – ou pelo menos do seu [manchas de cor] reposicionamento dentro do esquema – há-de ter nascido “O Solista”, de Joe Wright. O que acontece no filme é a mudança do espaço subjectivo, provocado pelas manchas de cor, do exterior para o interior do ecrã. Entendendo as ditas manchas como o material do qual se tece um comentário, o material de que se “constrói” a percepção fílmica, aqui é invertido o esquema, pois Wright tenta captar exactamente de Nathaniel Ayers (Jamie Foxx), músico sem-abrigo padecente de esquizofrenia, essa percepção adulterada / ambígua da realidade, a sua “versão” das manchas. E é nessa transmissão (e não só), do que seria o alheamento de Nathaniel da realidade, que peca a realização de Wright; o excesso de grandes planos é duplamente pernicioso – retira consistência à interacção entre Ayers e o jornalista que conta a sua história, Steve Lopez (Robert Downey Jr.), em que o “envolvente” seria fundamental para enfatizar os laços criados, e impede a exploração da sensibilidade ambígua da personagem de Foxx: na única tentativa (ignorando a voz off, parente pobre da exploração cognitiva das personagens e usado excessivamente) de tentar emprestar uma dimensão relevante à percepção do músico, numa analogia entre cor e som (num concerto), Wright não consegue mais do que adereçar a cena com uma “espécie” de animação dos programas de música, com feixes de luz em crescendo pelo ecrã, prolongando-se pelo espaço e desaparecendo – resquícios de um Kandinsky, numa simplificação demasiado evidente para ser louvável. De resto, a montagem é péssima; além do já referido exagero dos grandes planos (tendo como consequência a exaustão da estética campo – contra campo), o ritmo (na cena atrás apresentada é notório) imprimido é deficiente, descontínuo, seja por inabilidade na montagem (que é) como pelo argumento inconsistente sobre o qual se edifica a película – dispensável todo o envolvimento familiar de Nathaliel (desde o flashback ao aparecimento final da irmã – ainda que a história seja real, há que atentar ao que se inclui na narrativa fílmica), dispersivo e nefasto para o filme. Catheline Keener é sempre boa de se ver, e a dupla protagonista não peca por culpa própria.
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Filme muito interessante

LM

Filme muito interessante e desalinhado dos temas chavão que habitualmente nos impingem do outro lado do Atlântico, relata de forma emocionante e por vezes cruel, uma história de amizade, quase ao extremo, entre dois homens de mundos tão distintos. Não fora a nossa indiferença de hoje para quase tudo que de 'menos belo' nos rodeia, e a história poderia repetir-se, numa qualquer esquina das nossas vidas apressadas. Apreciemos também, com Beethoven em fundo, como Joe Wright, cruelmente, nos passeia por L. A., não a da estrelas nem da alta finança...
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Filme

Peter

Muito bom filme!!! Eu que normalmente não gosto de filmes muito parados e dedicados à musica calma...
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