O Presidente

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min 2014 10/09/2015 Geórgia, FRA, ALE, GB

Título Original

The President

Sinopse

<div>Durante décadas, o Presidente (Mikheil Gomiashvili) governou o país sob um regime despótico. Ao mesmo tempo que o povo lutava contra a miséria, o ditador e a sua família desfrutavam de todo o luxo que o dinheiro podia oferecer. Um dia, sem aviso, o governante é deposto por um golpe de Estado. Todos os membros da família fogem de avião para o estrangeiro, à excepção do próprio Presidente e do seu neto (Dachi Orvelashvili). Agora, com uma nação inteira em revolução e ansiosa pela sua captura, os dois iniciam uma perigosa jornada de fuga sob anonimato, cruzando o país para chegar à costa. Vivendo à custa de esmolas e da generosidade alheia, e misturando-se com gente que toda a vida se vergou sob o jugo de ditadura, o velho e o pequeno reparam, pela primeira vez, no que deu origem ao ódio...</div> <div>Uma história trágica sobre a violência, a corrupção e a necessidade de vingança gerada pela ditadura, com assinatura do realizador iraniano Mohsen Makhmalbaf ("Gabbeh", "Kandahar"), segundo um argumento seu em parceria com Marziyeh Meshkiny, sua mulher. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

O ditador no seu labirinto

Jorge Mourinha

O iraniano Mohsen Makhmalbaf perde a sua alegoria política num tratamento funcional indigno dos subtis pergaminhos do cinema iraniano.

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A solidão do ditador deposto

Luís Miguel Oliveira

Olhar poético sobre a figura de um ditador contemporâneo que é, ao mesmo tempo, a encarnação de todos os ditadores.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

“VOCÊS DEPÔEM AS DITADURAS E DEPOIS DESATAM A LUTAR UNS CONTRA OS OUTROS.” <br /> <br />Um filme de um iraniano exilado (o "pai" do fabuloso "Kandahar"), filmado na Geórgia com recurso a actores georgianos, que é uma parábola ("realista") sobre a queda de um ditador num país imaginário (mas, como diz o próprio realizador em entrevista ao Guardian, "nesta história podemos ver o Iraque, a Líbia, a Síria, a Ásia Central e até Cuba") e a fuga que este enceta com o objectivo de salvar-se do povo em fúria e juntar-se à restante família que, entretanto, já conseguiu sair do território. Nesta longa travessia, que efectua de modo incógnito e acompanhado pelo pequeno neto, vai tomando conhecimento directo das consequências das atrocidades políticas/económicas/sociais cometidas durante o seu "reinado" (bem como do caos que surgiu, à posteriori, resultante das disputas entre os próprios "ex-oprimidos"). <br /> <br />Mais que não fosse, o filme merece a pena ser visionado pela potente cena de abertura, durante a qual o neto do ainda presidente se diverte a ligar e desligar as luzes de toda a cidade, esquecendo, deste modo, a birra provocada pelo facto de não poder comer um gelado. Verdade que o realizador não consegue manter o nível inicial (senão teríamos obra-prima), recorrendo, inclusive, a alguns "lugares comuns" (embora ainda seja detentor de mais alguns momentos de qualidade superior, nomeadamente, no final), todavia, nunca deixa de ser um produto interessante (com um "registo nada iraniano", uma vez que este envereda por algo que pode ser "definido" como UM MISTO DE "A VIDA É BELA" DO ROBERTO BENIGNI COM UM "KUSTURICA SOFT").
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O Presidente

Marcela Monte

Tal como em "Tangerinas", também vindo da Geórgia, vemos neste filme uma preocupação em mostrar o reverso da moeda "guerra/revolução". O inimigo é um ser humano com qualidades com que nos podemos identificar; os revoltosos são tão selvagens como o ditador acabado de depor ou o poder das armas é tão mau como o poder político mal entregue (ex: violação da noiva, entre outros). Vemos uma voz minoritária referir que a vingança (ou o castigo dos maus) só leva a outras vinganças. Além do mais, a interpretação daquele lindo miúdo é uma preciosidade! É de lamentar que este filme, em exibição numa única sala com um único horário, vá passar despercebido.
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