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O Preço da Traição

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Drama, Thriller, Romance 95 min 2009 M/16 06/01/2011 EUA, FRA

Título Original

Chloe

Sinopse

Catherine e David Stewart (Julianne Moore e Liam Neeson) parecem ser o casal perfeito. Com uma vida económica estável e um filho adolescente que é o seu orgulho, nada parece pôr em causa a sua felicidade. Nada - excepto os ciúmes de Catherine, uma sombra a pairar sobre o seu casamento. Para testar a veracidade das suas suspeitas ela decide contratar Chloe (Amanda Seyfried), uma prostituta de luxo, para seduzir o seu marido, seguindo à risca as instruções que Catherine lhe dá. Mas depressa a situação escapa ao seu controlo...
Um "thriller" erótico realizado pelo cineasta canadiano Atom Egoyan ("Exotica", "O Futuro Radioso", "A Viagem de Felícia") e escrito por Erin Cressida Wilson ("A Secretária", "Fur - Uma Biografia Imaginária de Diane Arbus"), adaptando o filme francês de Anne Fontaine "Nathalie...". Julianne Moore, Liam Neeson e Amanda Seyfried assumem os papéis que Fanny Ardant, Gérard Depardieu e Emmanuelle Béart interpretaram em 2003 no filme original. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Atracção fatal de luxo

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Chloe

Fernando Oliveira

Catherine é uma ginecologista em perda de confiança com aquilo que até aí lhe balizava a vida: a segurança de uma relação de amor e confiança com o marido e o filho adolescente. Quando esta insegurança a leva a contratar os serviços de uma prostituta de luxo, Chloe, para confirmar a desconfiança que tem em relação à fidelidade do marido, e esta relação deixa de ser uma relação comercial (se alguma vez o foi), a vida de Catherine e Chloe entra numa espiral de desejos e compensações, onde o peso da culpa e o estremecimento que acompanha os sentimentos que normalmente lhe eram estranhos passam a controlá-la.

É esta a história que conta “Chloe”, o filme de 2009 de Atom Egoyan, que depois do magnífico “Where the Truth Lies”, volta a enredar-nos numa teia narrativa sobre personagens que vivem angustiantes solidões (mesmo quando as regras sociais parecem indicar o contrário), que tentam compensar com jogos de sedução muitas vezes inconsequentes, outras vezes com desenlaces cruéis, e onde o poder e o “valor” comercial de cada personagem contribuem sempre para o drama que acompanha a história.

Egoyan parece que divide a história em três partes – a desconfiança de Catherine e o contrato com Chloe; Chloe vai contando a Catherine os encontros com David, o marido, de forma quase literária e com isso vai levar à relação física entre as duas; e o rompimento do contrato pelas duas, por razões diferentes, e que vai levar à tragédia – mas vai “minando” cada parte com pormenores que negam qualquer possibilidade de amor entre as três personagens: quem procura quem? É Catherine que contrata Chloe que vê a trabalhar através da janela do seu consultório, ou é Chloe que “se faz” a Catherine na casa de banho do restaurante? Chloe faz tudo para seduzir Catherine, mas não é porque a ama, nem por dinheiro, mas para preencher o explícito vazio de afectos na sua vida (o vertiginoso momento em que faz sexo com o filho de Catherine, mas desesperadamente procura concentrar-se numa peça de vestuário desta, à procura de um sentir agradável).

O marido nega a infidelidade, mas namorisca com todas as jovens que pode (numa relação de poder: são suas estudantes, ou empregadas dos sítios que frequenta). Catherine nega a o desejo, ou o gosto, que sente por Chloe, mas no fim quando tudo parece composto é o gancho que pertencia à mãe de Chloe, e que esta lhe quis oferecer, que ela usa…

Enfim, é este estremecimento moral que define esta adaptação do filme que Anne Fontaine escreveu e realizou em 2004, que não conheço, e que Atom Egoyan realizou cinco anos depois. E é na espantosa realização de Egoyan que o filme se eleva à condição de um enorme momento de Cinema. Na forma como o realizador filma os actores no espaço da acção, como que preenchendo esses cenários com os fantasmas sentimentais que caracterizam os personagens; a forma como a quantidade de luz, ou a paleta de cores, conjuga com o que acontece na narrativa; uma perfeita mistura de narrativa literária e narrativa cinematográfica.

E depois há o extraordinário desempenho dos actores, de Liam Neeson, mas especialmente de Julianne Moore e da enorme surpresa que é Amanda Seyfried. Então o trabalho de Julianne Moore é sublime a mostrar a arte de “contar” sentimentos, num dos maiores desempenhos interpretativos dos últimos anos. Um filme excepcional de um realizador que continua a interessar-se por histórias perturbantes pela forma como questiona quem as vê. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com)

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A mentira no caminho para a verdade

Nazaré

Chloë é uma personagem fascinante, e a actriz Amanda Seyfried consegue dar-lhe uma presença que, juntando beleza e mistério, se torna incrivelmente cativante. Esta história de ciúme, sedução e desengano, passada na gélida Toronto, foca um elemento que é essencial a qualquer negócio (não só o da prostituição): acredita-se naquilo em que se quer acreditar. A arte de levar a acreditar, a sedução, é importante, mas joga com a vontade de acreditar do seu lado.
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Interessante

MK

O que mais me surpreendeu é só agora o filme estrear nas salas nacionais quando já tem quase um ano de cartaz lá fora. Independentemente do atraso com que chega ao nosso triste país, é um filme interessante e com um desempenho notável (para não variar) de Julianne Moore.
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