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O Novo Mundo

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Aventura, Histórico, Drama 135 min 2005 M/12 04/05/2006 EUA

Título Original

Sinopse

<p>Aventura sobre o encontro entre nativos americanos e os europeus que partiram à conquista do novo mundo, é também a história da índia Pocahontas, do aventureiro John Smith e do aristocrata John Rolfe. No início do século XVII, três pequenos navios ingleses partem à conquista do novo mundo, na esperança de encontrarem lendários tesouros e ouro. Ao desembarcar em James River, na Virgínia, estabelecem a colónia de Jamestown. Mas a maioria dos 103 colonos do grupo original eram aristocratas mal preparados e consequentemente as condições de vida na colónia degradam-se rapidamente. O Capitão John Smith é então encarregado de liderar uma expedição ao longo do rio Chickahominy. Durante a expedição, os nativos da tribo Powhatan matam todo o grupo à excepção de Smith, que é levado para a aldeia. Aí conhece a filha do chefe da tribo Powhatan, Pocahontas. Ela é um espírito livre e entre os dois nasce uma relação que se tornará numa das mais famosas lendas americanas. Um filme do aclamado realizador Terrence Malick. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

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A beleza, como fim em si

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Críticas dos leitores

Grande filme Sr Malick

Fernando Fernandes

Como se diz na minha terra, grande filme, vale a pena sair de casa e apreciar a beleza contida deste filme mas principalmente o silêncio nele contido. Quando falo de beleza refiro-me à excelente fotografia, pois algumas paisagens são de cortar a respiração, mas também à representacão do Sr Bale. Malick no seu melhor.
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Tudo ou nada

Paula Oliveira

Vi o "Novo Mundo" no dia da estreia e novamente na semana seguinte. Que posso dizer? O mesmo que disse quando o vi: nada. O silêncio contém, por vezes, tudo. A ausência de palavras traduz a forma como vivi o filme de Malick. Malick não se vê. Sente-se. Poucas obras há que nos deixem mudos. Talvez por isso só hoje, passado bastante tempo, consigo escrever estas parcas palavras. Como alguém disse: 5 em 5 ! Ou 10 em 10 ou 100 em 100, pouco importa...
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Magnífico

Miguel Rebelo

Faltam-me as palavras. Continuo de boca aberta. Este é um filme magnífico.
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Um nada chato

Sónia Oliveira

Vi mas confesso que o horário não foi o melhor - saí do cinema às três da manhã no final de uma semana de trabalho... Contudo, apesar de admitir que a fotografia é maravilhosa e que o filme tem cenas profundamente tocantes, achei-o um pouco chato, porque tem imensos momentos de monotonia que entediam, e ainda por cima é muito longo e a história já é conhecida. Em relação à nova vedeta, é interessante, sim Senhor, mas é mais corpo que outra coisa.
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Um poema épico

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

1607. Três navios ingleses chegam às costas da Virgínia. Liderados pelo Capitão Newport (Christopher Plummer), um grupo de colonizadores prepara-se para se estabelecer no Novo Mundo e fundar a cidade de Jamestown. Com eles está o Capitão John Smith (um doce e sujo Colin Farrell), libertado das acusações que o traziam preso no convés do barco, que é enviado à aldeia dos nativos para trocas comerciais. Capturado pelos índios e arrastado para a casa de Powhatan (August Schellenberg), o chefe da tribo, John Smith é salvo de uma nova morte por Pocahontas (Q'Orianka Kilcher), a filha preferida do chefe. Pocahontas é uma adolescente movida pela curiosidade, que se apaixona por John Smith como se ele fosse uma representação do divino.<BR/><BR/>Por sua vez, John Smith, um explorador romântico, sonhador e idealista, apaixona-se pela ideia que ela representa: a esperança de uma nova vida, uma liberdade selvagem, e a possibilidade utópica de construir uma sociedade iluminada, baseada na justiça, na igualdade e na prosperidade.<BR/><BR/>Eu não conhecia a história da Pocahontas (suponho que facilita o facto de não me dar com crianças) e acho que isso acabou por ser uma vantagem neste caso. Aliás, o facto de o seu nome nunca ser referido ao longo do filme insinua que Malick também se quis afastar das versões existentes.<BR/><BR/>Filmar com bom gosto um romance entre um homem de 27 anos e uma rapariga de 11 (neste caso Farrell tem 30 e Kilcher 15), por muito fictício que seja, requer algum talento. E aqui "talento" é mesmo a palavra-chave, a todos os níveis.<BR/><BR/>A relação de descoberta mútua de John Smith e Pocahontas é filmada como se de um sonho se tratasse, como um encontro de espíritos, sensual e apaixonado. Malick mostra o espanto da descoberta como se o experimentasse ele mesmo, e o primeiro encontro de ambos tem mais encantamento e receio do que qualquer filme sobre invasões de extraterrestres.<BR/><BR/>Com o crescimento da colónia surge o fiável, gentil e moderado John Rolfe (Christian Bale). Como contraponto a Smith, ele constrói com Pocahontas uma relação totalmente nova, mais madura. Enquanto Smith queria conquistar e ser conquistado, Rolfe ama a pessoa que Pocahontas é. A tragédia de Smith é só tarde de mais se dar conta disso. Um e outro simbolizam a oposição entre sonho e realidade.<BR/><BR/>Na parcialidade do "nobre selvagem", que parece desconhecer a violência antes da chegada do branco, Pocahontas representa uma ponte entre as duas culturas, mas que ainda assim acaba por ter o sabor amargo da cedência ao mundo branco. Quando se entra na corte do Rei James I (um "cameo" de Jonathan Pryce), encontra-se um mundo geométrico e simétrico, onde a natureza é confinada entre linhas rectas, como Pocahontas dentro de um corpete.<BR/><BR/>Malick traduz os pensamentos das personagens em "voice over", hipnotizando-nos como ondas que, aliados à fotografia dolorosamente bela de Emmanuel Lubezki, à sublime banda sonora de James Horner e a uma montagem quase lírica nos transportam através de uma deliciosa poesia épica.<BR/><BR/>O empenho de Malick neste projecto vai mais além do tecnicamente soberbo, é uma obra emocional (o seu quarto filme em 32 anos). Com a sua singular visão, Malick usa som e imagem para criar um universo sensorial. Mais do que recriar ele tenta experimentar, e através de personagens de dimensões humanas cria uma série de perspectivas pessoais onde se misturam a verosimilhança e o espectáculo de gloriosas e inebriantes paisagens. Numa abordagem filosófica, Malick faz uma observação atenta de como os seres humanos lidam com o amor, a morte, a guerra e a natureza.<BR/><BR/>Ao seu serviço estão os magnéticos Colin Farrell e Christian Bale, fabulosos numa expressividade quase mímica. Christopher Plummer saiu claramente prejudicado da sala de montagem mas as faladas três horas de DVD prometem compensá-lo. Quanto à quase estreante Q'Orianka Kilcher (prima da cantora Jewel), só há elogios a fazer (tirando a audácia de ter nascido em 1990 numa combinação letal de pai peruano e mãe suiça). A beleza pouco convencional e o ar grave dão à sua Pocahontas a medida certa de deslumbramento e sabedoria. No seu rosto espelham-se todas as emoções e a câmara não tem outra alternativa senão segui-la.<BR/><BR/>Malick dá-se ainda ao luxo de ter grandes actores em pequeno papéis, como é o caso de Noah Taylor, John Savage, David Thewlis e Ben Chaplin. No fim deste impressionante drama sobre os primeiros passos de uma nação, sentimo-nos subjugados pela sua dimensão, cogitando sobre aquilo que foi ganho e perdido num suposto processo de civilização. Nota: 5/5.
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Um filme fascinante

Tio Óscar

Adorei a forma como o filme foi feito. As imagens da natureza, quase paradas, apenas com o vento a soprar, fascinante! Em relação à história, talvez seja algo cínico, mas parece-me que o John Smith nunca terá verdadeiramente se apaixonado por ela, mas tal como muitos colonos europeus que se envolveram com as indígenas, apenas se tratava de um sonho, uma aventura, ou até mesmo de um aproveitamento. Em relação a Pocahontas, fez-me pensar que pior do que perder uma pessoa através da separação, é descobrir que ela nunca existiu.
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Profundo...

ARita

Que Supresa! Um filme com um olhar fotográfico arrepiante, com tempos de contemplação e de reflexão. Só para quem não sabe "olhar" é que acha parado observar a Natureza, a nossa mãe Natureza. Muito bonita essa ligação muitas vezes esquecida no meio de "florestas" de cimento. Excelente!
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Publicidade

brancaleone

A publicidade de um perfume... durante duas horas.
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O belo em cinema

António Cunha

Embora não considere o novo filme de Malick uma obra–prima, acho-o de uma sensibilidade desarmante – a história e as suas personagens conjugam-se brilhantemente. A volúpia das imagens e sequências perfeitas traduzem–se em filme – Terrence Malick consegue–o, uma vez mais, com uma realização pacífica mas objectiva. Fabulosa fotografia e melhor montagem. Nesta grande realização – não pode existir ninguém, que goste verdadeiramente de cinema, a desmenti–lo –, como pode um grande realizador como este ter escolhido James Horner para aplicar as suas habituais primárias fórmulas de música? Não que esteja má mas seria muitíssimo melhor se o compositor fosse outro. Salvam–se, obviamente, as composições de Wagner e Mozart. Collin Farrel não foi o melhor actor para corporizar a personagem principal; já o mesmo, felizmente, não se aplica à jovem que interpreta Pocahontas e a Christian Bale. Ver para apreciar. Nota: 3,5/5.
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Qualidade rara

MadWallace

Este filme deveria ter o nome de "1607: Odisseia na Terra". Tem uma qualidade que raramente se vê. A filmagem, fotografia, montagem, sequências de planos e o grande argumento (e o grande Cristian Bale). Há muito que os meus sentimentos não se exaltavam tanto.
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