Nayola
Título Original
Nayola
Realizado por
Sinopse
O realizador José Miguel Ribeiro e o argumentista Virgílio Almeida conceberam este filme de animação a partir da peça “A Caixa Preta”, da autoria de José Eduardo Agualusa e Mia Couto. A história, ambientada em Angola entre os anos 1995 e 2011, abrange a fase final da Guerra Civil angolana e os primeiros anos de paz no país. Através do tempo, as histórias da jovem Yara, da sua avó Lelena e de Nayola, a mãe, vão-se entrelaçando. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Se a animação bastasse, Nayola seria uma obra-prima
Se a animação bastasse, seria uma obra-prima. Mas esta adaptação de uma criação de Agualusa e Mia Couto está suspensa entre um presente e um passado que nem sempre se articulam como deviam.
Ler maisCríticas dos leitores
Fantasia e esplendor
Nazaré
Que sensação a de ver esta fita, uma obra-prima visual! Sensação de transporte para um céu de encantamento, para a esfera do fantástico, de cariz angolano, e porque não, sensação de orgulho pelo feito deste realizador português! Fiquei muito interessado em conhecer da obra dele, que são ao todo mais 3 filmes desde 2000: A suspeita, Viagem a Cabo Verde, e Estilhaços. Um grande artista é consistente na sua grandeza. Nayola esteve na guerra e, literalmente, atravessou o deserto. A mãe dela, a volumosa Lelena, mantém a esperança de reencontrá-la. A filha dela, a jovem rapper Yara com corpo de top model e olho verde, tem a vida pela frente e quer justiça no seu país. Se alguma vez se encontrarem, há-de ser em casa de Lelena. São 3 gerações, 3 perspectivas num mesmo país que se vai transformando. E o que está representado é tão forte, tão certeiro, tão belo... A grandiosidade da concepção desta fita é algo a que não estamos acostumados neste país. Claro que se pode sempre encontrar alguma coisa que devia ter ficado melhor, mas isso é tão pequeno dentro do todo! Não é para ver em casa, é para ver no grande écrã do cinema.
Excelente animação, narrativa livre
J. Vasconcelos
Um filme para ver de mente aberta, esperem uma animação de excelente qualidade, uma história que se vai seguindo e desfrutando. Não há princípio, meio e fim, há uma história que se volteia sobre si como a serpente que nela está presente. Um filme fora de série, um orgulho que seja feito por um português.
A sublime demanda de Nayola
António Gomes
Que extraordinário filme este!... De uma beleza ímpar, em que a animação pelo desenho, técnica e esteticamente perfeita, se nos impõe de forma impercetível como possibilidade única de ir além da narrativa, de a tecer de múltiplos fios no tear real e surreal - mítico, até; brutal, embora - da guerra de Angola, para a sublimar numa demanda de uma humanidade essencial. Seguimos, ou antes, somos levados por Nayola a superar o Absurdo que a guerra potencia, para conferir um sentido à Vida e unidade ao Tempo: do de Lelena (a mãe) ao de Yara (a filha). E que intérpretes as destas três personagens, senhores! Pela sua autenticidade se faz real a... animação? Saímos do cinema já sem a certeza de que o seja apenas (animação, digo), certos, sim, de que assistimos a e participámos de uma exaltante realização artística. Uma obra-prima, sim. De José Miguel Ribeiro, pois.
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