<p>“As caraterísticas que admiramos nos cães, como a lealdade, a inteligência ou a coragem, são as qualidades que o lobo necessita para sobreviver. No entanto, enquanto o cão se tornou no melhor amigo do homem, o lobo tornou-se um dos seus inimigos mais temidos. Raquel e o lobo colaboram para a continuação desta herança cultural. Se a pastora em relação ao lobo, manifesta o seu amor com firme indiferença, o lobo manifesta o seu amor com a sua presença e confronto. Ambas são manifestações desajeitadas e que não correspondem ao verdadeiro sentimento de que sentem um pelo outro”. Tal é a sinopse de Raquel Silvestre, A Pastora, que se apresenta em ante-estreia numa sessão que prossegue com um conjunto de outros títulos do catálogo de produções de Luís da Matta Almeida selecionados pela aproximação temática da sua abordagem da afetividade. À exceção de Abraço do Vento, os filmes apresentados são primeiras exibições na Cinemateca. </p><p>Texto: Cinemateca Portuguesa </p>