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Maya

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Drama 107 min 2018 M/12 10/10/2019 FRA, ALE

Título Original

Maya

Sinopse

Gabriel Dahan (Roman Kolinka) é um fotojornalista francês habituado a cobrir cenários de guerra. Depois de quatro meses como refém na Síria, ele e um colega seu são postos em liberdade. De regresso a França, incapaz de esquecer o que se passou e de aceitar o facto de um outro jornalista permanecer ainda em cativeiro, Gabriel não consegue regressar à normalidade. É então que resolve fazer uma viagem à Índia, onde passou a infância, para se reencontrar com a mãe. Lá, vai conhecer Maya (Aarshi Banerjee), uma jovem local que o ajudará a reencontrar-se.
Estreado no Festival de Cinema de Toronto (Canadá), um filme dramático com realização da francesa Mia Hansen-Løve ("O Pai dos Meus Filhos", "Um Amor de Juventude", "Éden"). PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Outro amor de juventude

Jorge Mourinha

Mia Hansen-Løve dá um passo ao lado: Maya tem todas as suas marcas registadas, mas não resiste ao erro de casting.

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Críticas dos leitores

Maya

Fernando Oliveira

Gosto muito destes filmes, filmes que apenas querem contar um pedaço da vida dos seus personagens, que agarram neles e depois os abandonam em momentos das suas histórias, muitas vezes parece que apenas lhes toca levemente. Filmes que parecem ser documentários sobre uma ficção. Ou o ficcionar de um documentário. <br />“Maya” de Mia Hansen-Løve toca a vida de Gabriel, um repórter de guerra refém do Daesh na Síria, quando é libertado. Depois da euforia mediática em França, não sabe o que fazer da vida e decide viajar até à Índia coma ideia vaga de reencontrar o seu passado e ver a sua mãe… . Procura o seu padrinho de baptizado e torna-se amigo da filha dele, Maya, uma adolescente também sem saber o que fazer com o seu futuro. Pouco a pouco a amizade evolui para uma atracção que sendo também física será muitos mais de emoções. E o filme é pouco mais do que isto, Gabriel a “reviver” a sua infância, e o casal a deambular por uma Índia que a realizadora recusa olhar tanto como um postal turístico, como um retrato da miséria social. <br />Esta narrativa dispersa, contada quase em surdina, poderá para muitos deixar um enorme espaço entre eles e os personagens, mas a mim conseguiu cativar com a sua simplicidade tocante, com a doçura que também há na monotonia que vida quase sempre contém. E Mia Hansen-Løve gosta das zonas de sombra que habitam todos os seres humanos, porque lá por detrás desta leveza, nesta contenção emocional, está sempre presente a questão sobre o que é que move aqueles personagens, a angústia sempre presente sobre o que fazemos com as nossas vidas. Se Gabriel (Roman Kolinka, actor nos últimos três filmes da realizadora) parece ser a personagem principal, é Maya (Aarshi Banerjee) que nomeia o filme. É ela o ponto de interrogação do filme… <br />Um filme muito bonito. <br />(em “oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt”)
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2 estrelas

José Miguel Costa

Os filmes da realizadora Mia Hanse-Love, por norma, incidem, em simultâneo, numa série de temáticas, sem que esmiuce nenhuma delas por aí além (ficando-se pela rama). Apesar disso, estes possuem (quase) sempre quelque chose de idiossincrático que nos "agarra" (quiçá, a sua delicada/subtil abordagem/análise ou o modo sedutor como vai "despindo" gradualmente as várias camadas dos seus personagens enigmáticos/ambíguos). <br /> No entanto, no seu novo filme, "Maya" (no qual seguimos as pisadas de um trintão fotojornalista de guerra francês que, após a libertação do cativeiro jihadista na Síria, não consegue respirar em Paris, pelo que decide efectuar uma pausa de vários meses na India, onde conhece uma local de 17 anos), a cineasta não consegue "agarrar-nos". <br /> Como costumeiro, pega num emaranhado assuntos (conflitos no médio oriente, desenraizamento cultural e pressão imobiliária provocada por fluxos turisticos), andando aos ziguezagues sem os entrelaçar devidamente e/ou "pegar neles" convictamente, só que, desta vez, para seu/nosso azar os personagens não têm força/carisma (em momento algum conseguem convencer-nos, devido à sua estranha apatia e à completa falta de quimica entre si). <br /> <br />Mesmo possuindo estes (incontornáveis) handicaps, "Maya" vê-se bastante bem, muito graças às imagens dos longos "passeios" - em que nada de relevante acontece - por entre as vistosas paisagens naturais e as exóticas cidades (que se tornam - ainda - mais apelativas visualmente por mérito de uma fotografia de excepção). Grosso modo, trata-se de um "filme postal" simpaticozinho.
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2 estrelas

José Miguel Costa

Os filmes da realizadora Mia Hanse-Love, por norma, incidem, em simultâneo, numa série de temáticas, sem que esmiuce nenhuma delas por aí além (ficando-se pela rama). Apesar disso, estes possuem (quase) sempre quelque chose de idiossincrático que nos "agarra" (quiçá, a sua delicada/subtil abordagem/análise ou o modo sedutor como vai "despindo" gradualmente as várias camadas dos seus personagens enigmáticos/ambíguos). <br /> No entanto, no seu novo filme, "Maya" (no qual seguimos as pisadas de um trintão fotojornalista de guerra francês que, após a libertação do cativeiro jihadista na Síria, não consegue respirar em Paris, pelo que decide efectuar uma pausa de vários meses na India, onde conhece uma local de 17 anos), a cineasta não consegue "agarrar-nos". <br /> Como costumeiro, pega num emaranhado assuntos (conflitos no médio oriente, desenraizamento cultural e pressão imobiliária provocada por fluxos turisticos), andando aos ziguezagues sem os entrelaçar devidamente e/ou "pegar neles" convictamente, só que, desta vez, para seu/nosso azar os personagens não têm força/carisma (em momento algum conseguem convencer-nos, devido à sua estranha apatia e à completa falta de quimica entre si). <br /> <br />Mesmo possuindo estes (incontornáveis) handicaps, "Maya" vê-se bastante bem, muito graças às imagens dos longos "passeios" - em que nada de relevante acontece - por entre as vistosas paisagens naturais e as exóticas cidades (que se tornam - ainda - mais apelativas visualmente por mérito de uma fotografia de excepção). Grosso modo, trata-se de um "filme postal" simpaticozinho.
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