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A Ilha de Bergman

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Drama 112 min 2021 M/14 21/10/2021 ALE, MEX, FRA, BEL, SUE

Título Original

Bergman Island

Sinopse

Durante os meses de Verão, Chris e Tony, um casal de realizadores norte-americanos, arrendam uma casa na pequena ilha de Faro, no Mar Báltico, famosa por ter servido de cenário a algumas das mais importantes obras de Ingmar Bergman, o aclamado cineasta sueco, que ali viveu e morreu. A ideia é encontrar a inspiração de que precisam para trabalhar nos argumentos que têm em mãos. Com a passagem dos dias, influenciados pela paisagem natural e, quem sabe, pelo génio de Bergman, as suas vidas vão-se misturando com as das personagens por eles inventadas, esbatendo lentamente a linha do que é real e ficcional. 
Um filme dramático com realização da francesa Mia Hansen-Løve ("O Pai dos Meus Filhos", "Um Amor de Juventude", "Éden", “Maya”), com actuações de Vicky Krieps, Tim Roth, Mia Wasikowska e Anders Danielsen Lie. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Um filme fal(h)ado

Jorge Mourinha

Mia Hansen-Løve deixou-se perder pelas brumas da presença esmagadora de Bergman, e o resultado é um filme inacabado, inconvicto.

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Críticas dos leitores

A ilha de Bergman

Fernando Oliveira

Os últimos filmes de Mia Hansen-Løve são filmes à deriva, com personagens também elas à deriva numa narrativa que se prende aos pequenos nadas para melhor contar as alegrias e os dramas que os definem. São personagens olhados com suavidade, com ternura, mesmo quando quase sempre são definidos por uma instabilidade emocional e sentimental. E eu gosto muito desta deriva, desta melancolia que se instala na história. <br />É a Fårö, a ilha onde Ingmar Bergman viveu, que chega um casal de realizadores, Chris e Tony (Vicky Krieps e Tim Roth), para trabalharem nos argumentos dos seus próximos filmes. A ilha “vive” a memória do realizador e o filme fica imerso nessa ambiência de reverência. Enquanto os dois vão deambulando pela ilha e pelos “lugares” de Bergman, percebemos que para Chris é difícil escrever, a mente divaga, a saudade da filha que deixou com a avó; é uma estória sobre o acto de criar, talvez a sombra de Bergman a iniba. Um dia, num passeio com Tony, ela começa a contar-lhe sobre a estória que pretende contar no seu filme; e Hansen-Løve encena o que ela vai contando, um filme dentro do filme: uma mulher e um homem, Amy e Joseph (Mia Wasikowska e Anders Danielsen Lie), reencontram-se na ilha para o casamento de uma amiga comum, tiveram uma relação mas voltam a envolver-se, ela está disposta a abandonar a família, ele não, escolhe partir; é uma estória triste que espelhará o sentir de Chris, angustiante até. Quando o marido de Chris se ausenta por uns dias, Hansen-Løve volta a rodopiar e mostra-nos o último dia de filmagens do filme de Chris, filmou a estória que contava, é a altura das despedidas; a sombra de Bergman continua presente. E, depois, o estória volta ao casal, Tony regressa e traz a filha de ambos… . Os filmes de Mia Hansen-Løve são muitas vezes sobre o quanto cruel pode ser o tempo a passar, a impossibilidade de prendermos um momento, de voltarmos atrás – como na estória contada no filme de Chris; é preciso saber viver cada momento – como o abraço entre a mãe a filha. <br />Mia Hansen-Løve parece tocar ao de leve no seu filme, a realização é discreta, parece haver, lá está, uma deriva formal que sublinha a fragilidade dos seus personagens. Eu gosto muito disso. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Remix Bergmaniano

Raul Gomes

Um filme, dentro de outro filme, coabitando com um círculo de admiradores/seguidores de Bergman. <br />Matrioska de personagens, que são, eles mesmos, elementos do mesmo filme.
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