<div>Carlos Manuel Moutinho Paiva dos Santos nasceu em Oeiras, em 1967. Doze anos depois, vencia a Grande Noite do Fado. Ao longo da carreira, passaria pelos palcos de Filipe La Féria, recriaria António Variações no projecto Humanos, daria voz a música para cinema e, acima de tudo, tornar-se-ia um dos maiores nomes do fado da sua geração.</div><div>Versatilidade. Emoção. Tradição enriquecida com a dose certa de risco. Tudo isto faz parte da personalidade artística de Camané. E tudo isto se conjuga num filme que oferece uma luz sobre o seu processo criativo. Duas pessoas ocupam lugares determinantes: José Mário Branco, produtor e director musical, e Manuela de Freitas, poetisa. Porque é nesta trindade de música, poesia e interpretação que Camané se destaca e define a sua essência. E é sobre ela que o filme se detém. Em jeito de "fadocumentário", o realizador entra em estúdio e acompanha as gravações do álbum "Sempre de Mim" (2008), registando as cumplicidades, subtilezas e intensidades do trabalho. O resultado é "Fado Camané", que chega às salas de cinema um ano depois da compilação "O Melhor | 1995-2013", disco duplo que reúne os momentos mais marcantes do percurso do fadista, desde a estreia discográfica com "Uma Noite de Fados" (1995).</div><div>Realizado por Bruno de Almeida – que assinou "Amália, Estranha Forma de Vida" (a propósito do qual conheceu Camané), "The Lovebirds" (em que o seu contributo teve um papel essencial) e também o vídeo de "Sei de um rio" –, "Fado Camané" estreou-se na abertura da secção Heart Beat do DocLisboa 2014. PÚBLICO</div>