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Ensaio Sobre a Cegueira

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Drama, Thriller 111 min 2008 M/16 13/11/2008 BRA, JAP, CAN

Título Original

Sinopse

Uma cidade é devastada por uma misteriosa epidemia de cegueira, uma cegueira branca, leitosa, inexplicável e aparentemente incurável. Devido à rapidez com que a epidemia se propaga, os primeiros indivíduos afectados são colocados em quarentena num hospital abandonado, mas são deixados entregues a si próprios. <br/> Rapidamente, o sentido primitivo da sobrevivência desperta e o grupo entra em colapso, com os mais fortes a sobreporem-se aos mais fracos, numa luta pela comida. São cometidos actos atrozes, vistos apenas pela única testemunha do pesadelo, uma mulher que, estranhamente e sem explicação, não foi tocada pela cegueira. A mulher do médico, que resolveu fingir-se cega para poder acompanhar o marido. São os seus olhos que ainda os podem conduzir ao caminho de regresso à condição humana e escaparem aos instintos mais vis. <br/> Filme de abertura no Festival de Cannes, "Ensaio sobre a Cegueira" é realizado por Fernando Meirelles, o realizador que se distinguiu com "Cidade de Deus" e "O Fiel Jardineiro", a partir de um dos mais aclamados romances de José Saramago (Prémio Nobel, em 1998). O filme é protagonizado por Julianne Moore, Mark Ruffalo, Alice Braga e Gael García Bernal. <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Críticas dos leitores

Aquém das expectativas

NB

A acção está demasiado concentrada no pavilhão de quarentena, o que se torna bastante maçador e não consegue passar nenhuma mensagem subjectiva. O que minimiza tal efeito maçador e cansativo é a última parte do filme (após a saída do pavilhão para a cidade).
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Uma grande experiência visual

Stain Girl

Adorei. Apesar ainda não ter terminado de ler o livro de Saramago e de não poder dizer se o filme é uma boa adaptação ou não, posso afirmar que é um grande filme mesmo ao estilo do seu realizador. Um filme que fala de cegueira mas que joga de forma mestra com as cores e as várias tonalidades das mesmas. Desde o início da cegueira, os tons claros que jogam com o tom de pele da (literalmente) vidente Julianne Moore à falta de cor do verniz de Bernal, passando pelas cores dos cenários. A história é sem dúvida interessante, mas o que mais destaco é a maneira como Meirelles joga com as cores, algo a que já nos habituou nos seus outros filmes. Por hábito só leio as críticas depois de ir ver o filme para não influenciar o seu visionamento. E vi aqui várias críticas às críticas (passo a redundância) dos críticos do Público, mas como se costuma dizer: se todos pensássemos de forma igual o que seria do amarelo.
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Ao jeito de Saramago...

Raúl Reis

Para um português é um prazer ver uma produção de hollywood que tem como argumento um livro de José Saramago, Ainda que livremente adaptada a ideia original do Nobel português está bem patente no filme “Blindness”, que foi dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, O realizador tem no seu currículo a cidade de Deus e the Constant Gardener e teve a honra de abrir o festival de Cannes o de 2008 e não ter sido muito apreciado pela crítica foi pena. O filme inspirado no “Ensaio sobre a Cegueira” começa, começa como no livro, livro onde um homem conduz o seu automóvel e tem um ataque de cegueira, mostra o realizador, mas o que o homem tem é uma cegueira diferente, branca como o leite como se nele nadasse, no leite, Explica o cego, que infecta as pessoas que com ele entram em contacto, e todas ficam doentes cegas, de branco sem Ver. Uma epidemia se declara que não poupa Ninguém que não deixa escolha ao governo que decide fechar os doentes numa prisão, de onde sairemos rapidamente, dizem os doentes, No primeiro grupo de doentes está um médico dos que tratam os olhos; O actor chama-se Mark Ruffalo e leva a mulher com ele, ela que não está doente. O doutor diz, não venhas que apanhas a doença, ela insiste e acaba por ficar, com ele, no campo de concentração onde todos são cegos, todos cegos menos eu, diz ela, a actriz que se chama Julianne Moore, Com o primeiro doente e o médico e a Mulher dele estão outras pessoas que tentam organizar-se, mas como, perguntam-se, e quando cada vez mais pessoas se juntam no campo um homem decide proclamar-se rei e é ele que manda e raciona a comida, ele é Gael Garcia Bernal, ele é o rei dos cegos mas é a mulher do doutor que vê porque, ela não está Cega O realizador decidiu mostrar com imagens brancas e flashes o que se calhar vêem os cegos, a cegueira branca, Mas os momentos assim seguidos acabam por distrair, pelo menos a mim, e a distrair da substância da história, dos verdadeiros assuntos, sobre como é a humanidade nos momentos de crise, como somos eu e tu e nós Todos. Fernando Meirelles também não está preocupado com explicações e ninguém diz como se transmite a doença nem porque é imune uma pessoa, e só uma, é, O filme é sobre como as pessoas reagiriam num caso destes, como é o ser Humano quando está em causa a sua sobrevivência, diz Fernando Meirelles, que em situações de crise o ser humano volta aos seus instintos básicos e quero, diz Ele, lembrar que Nós somos como os animais,
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As opiniões e os críticos

V.F.

Crítico que é crítico gosta de dizer que não gosta do que é esperado, do que é considerado bom. Querem sempre de ter uma opinião diferente da maioria, caso contrário ficariam sem trabalho. Mesmo que gostem de um filme que enche salas, votam com uma ou nenhuma estrela. Depois, atribuem cinco estrelas a filmes tão horríveis como o Capítulo 27, Elizabethtown e outros do género. Odeio pessoas que têm opiniões só por ter, para parecerem inteligentes, diferente e intelectuais.
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Criticos no ridiculo...

Luis Correia

Após finalmente ter visto o filme, não pude deixar de colocar aqui uma mensagem “revoltada”! Não me parece sensato que intitulados "críticos de cinema" digam tamanhos disparates face a um filme bem construído, bem realizado, intenso e com uma fantástica opção estética. Parece-me absurdo que o gosto pessoal possa interferir na avaliação de um trabalho... Dizer que Meireles tem um défice de universo próprio então deixa-me boquiaberto! Como é óbvio, qualquer abordagem é válida para um realizador, e não me parece minimamente aquém de um senhor como Meireles, pelo contrário. Faz-nos mergulhar nas sensações e sentimentos explorados por Saramago. Uma abordagem mais Carpenter então deixa-me em pânico! Parece-me que este Sr. crítico tem de tomar uns copos de humildade e deixar de dizer disparates! Cada vez me irritam mais, criticas completamente infundadas e cretinas que nos deixam na dúvida em ir ver ou não, neste caso um grande filme.
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Críticos vs Realidade

Lucinda Gerhardt

Faço minhas as palavras escritas no comentário em referência. É claro que os críticos têm pleno direito em gostar ou não de determinado filme, trata-se da sua opinião pessoal, mas é sintomático que o público vá ver e goste dos filmes a que eles próprios atribuem classificações inferiores. Falo da minha experiência pessoal, mas também da de vários amigos. Deveriam talvez os críticos procurar ser mais objectivos? Efectivamente, a sua crítica corresponde a uma opinião pessoal mas que neste caso é transmitida...
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Cegueira? Sim, obrigado.

Raquel

Agora que já vi o filme, continuo sem perceber o porquê da implicância dos críticos para com “Blindness”, de Fernando Meirelles. O filme está muito bem feito, do ponto de vista narrativo e do ponto de vista cinematográfico, tem um leque excelente de actores, uma interpretação fortíssima da Juliane Moore e é fiel ao livro, no sentido de provocar no espectador (da mesma maneira que o livro sugeria ao leitor) uma multiplicidade de interrogações acerca da tão complexa desumanidade inerente à natureza humana. É óbvio que o filme é uma das possíveis leituras e perspectivas de um livro riquíssimo, assim como é óbvio que comparar um livro a um filme, dizendo que o primeiro é mais rico e fértil em sentidos e leituras e o segundo mais pobre, é um erro de colegial que não se compreende em críticos que se querem tão “profissionais” e credíveis. Enfim, nada de novo, a mesma cegueira “crítica” e a mesma certeza certeira de que “um filme nulo” para o Sr. Luís Miguel Oliveira ou para o Sr. Vasco Câmara é um filme, obviamente, a não perder!
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Jorge Mourinha

Luís

Jorge, sei que não te conheço pessoalmente, mas ao fim de alguns anos a ler as tuas críticas, sinto-me um pouco desiludido. Sempre te vi como o único crítico do Público que tem uma visão mais objectiva do que é a indústria cinematográfica, que consegue balancear correctamente a parte "indústria" e a parte "arte" do que constitui o cinema actual. Não entendo se te sentiste pressionado pelos teus congéneres a classificar este filme "por baixo", mas hás-de concordar comigo num facto, já deste mais que duas estrelas a filmes bem piores, quer a nível de desempenho de actores, história, fotografia. Se não for uma questão de pressão por parte de terceiros, só posso concluir que analisas este filme com um espírito de pura discriminação, talvez porque estavas à espera de algo mais, não sei. O meu conforto vem da noção que certamente a televisão, e toda a publicidade envolvida, influenciam mais as audiências, do que 100 críticas de todos os caros críticos do excelente jornal "Público" juntas. No caso de outros filmes, talvez não seja um facto assim tão positivo, mas neste não há dúvidas que é.
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Incrível a visáo pseudo-analítica do

RB

Se vivêssemos numa ditadura e os "ACLAMADOS" críticos do Público determinassem o filmes que deveriam passar nas salas de cinema, com certeza as salas não precisariam ter mais que meia dúzia de lugares, porque as indicações recairiam apenas para o cinema dos anos 60 e 70, de preferência francês. Se o objectivo dos críticos é desencorajar o público, acreditem que o efeito é mesmo ao contrário, Quanto ao "défice de universo próprio" referido pelo Sr. Vasco Câmara, ou a pressão que Meireles sofreu para fazer o filme conforme mencionaram, apenas desejo que alguém em Portugal tenha um milésimo da capacidade de Meireles para fazer o que ele fez. Quanto muito poderíamos recorrer a outros ACLAMADOS como Manuel de Oliveira. O problema seria manter a audiência acordada. Fico a aguardar novas críticas dos ACLAMADOS...só para poder ir ao cinema. Cumprimentos a todos os que gostam de cinema e não das pseudo visões da arte. RB
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Obra-prima que nos dignifica

Nazaré

A cegueira pode ser de vários tipos, incluindo esta que (salvo numa personagem) é feita de luz indistinta, tudo branco. A cegueira de não poder discernir, que se pode estender metaforicamente à cegueira espiritual. Principalmente há a cegueira da auto-suficiência egoísta, que neste filme se vai curando, lenta mas seguramente, com a cegueira de só ver em branco. O despojamento primeiro, a entreajuda depois, ajudando a "ver" numa outra dimensão. Uma importante mensagem a passar diante dos nossos olhos, saibamos nós ver como ela nos atinge a todos. Pelo meio, uma parábola política, onde as mulheres resolvem a guerra à sua maneira. No final, uma sensação de gratidão por um filme tão profundo e belo como este. Fernando Meirelles aposta numa estética fotográfica muito poderosa, encena na perfeição, dirige os actores primorosamente. O resultado tem um realismo impressionante no que é (assim esperamos) pura ficção. Julianne Moore protagoniza o filme, intensa no silêncio que guarda. Saí com vontade de comprar o livro, apesar de detestar o estilo de escrita de Saramago. Li umas passagens, reconheci de imediato a sua correspondência (muito fiel) no filme, mas continuo a não gostar da leitura. Felizmente o cinema dá ocasião a que se meta uma nova linguagem sem desvirtuar minimamente a ideia genial de Saramago. Genial também, Fernando Meirelles.
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