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Cidade de Deus

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Thriller, Drama 130 min 2002 28/03/2003 BRA

Título Original

Cidade de Deus

Sinopse

A protagonista de "Cidade de Deus" é a favela com o mesmo nome, situada na zona Oeste do Rio de Janeiro, que surgiu nos anos 60 e se tornou um dos locais mais perigosos da cidade. O filme, de Fernando Meirelles, a partir do romance homónimo de Paulo Lins, divide-se em três partes que, do final dos anos 60 ao início dos anos 80, seguem a vida de vários miúdos, a partir do olhar do narrador, Buscapé. Buscapé é um menino de onze anos, pobre, negro, aterrorizado com o futuro predestinado de se tornar bandido imposto pelo ambiente violento, revoltado pela escravatura dos trabalhos que são impostos aos negros. Buscapé tem um sonho, o de se tornar fotógrafo profissional, apesar de tudo estar contra ele. Dadinho é um garoto da mesma idade que se muda para a Cidade de Deus e sonha ser o bandido mais perigoso do Rio de Janeiro. Admira Cabeleira e a sua "turma" e vai ser Cabeleira que lhe dá a oportunidade de matar pela primeira vez. Dadinho cresce a matar e também cumpre o seu sonho, tornando-se um pequeno líder de um gang com grandes ambições. Torna-se traficante e recebe um novo apelido: Zé Pequeno.
Zé vai acabar por se tornar num dos traficantes mais poderosos do Rio de Janeiro, protegido por um exército de crianças e adolescentes. Ninguém se atreve a contestá-lo, até Mané Galinha ver a namorada violentada e decidir vingar-se. A guerra rebenta na Cidade de Deus. Registar essa guerra em fotografias, é a chance da vida de Buscapé, que acabou de conseguir a sua primeira máquina profissional.
"Cidade de Deus", retrato poderoso da vida nas favelas brasileiras, vai mais além e é uma autêntica crónica mundial do que é viver nas margens. "Eu acreditava", conta Fernando Meirelles "que conhecia o apartheid social que existe no Brasil até ler o livro. Percebi que nós, da classe média, não somos capazes de enxergar o que está na nossa cara. Não temos a dimensão do abismo que separa estes dois países: o Brasil e o Brasil. Decidi fazer um filme que fosse fiel ao partido do livro: filmado de dentro para fora da favela. Um filme sem actores profissionais, mas com garotos que vivem aquela realidade, e que nos podem trazer ao mesmo a sensação do que é viver à margem. Mas ''Cidade de Deus'' não fala apenas de uma questão brasileira e sim de uma questão global. Das sociedades que se desenvolvem na periferia do mundo civilizado". PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Não há análise, só efeitos

Mário Jorge Torres

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Olhar as personagens olhos nos olhos

Vasco Câmara

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Good f(av)ellas

Luís Miguel Oliveira

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O "Amor Cão" deste ano

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

Brilhante

F. J. Forte

Um dos melhores filmes dos últimos tempos, sendo que é certo que se vê com prazer redobrado e com orgulho por ser falado em português. O argumento é fabuloso, muito bem construido, equilibrado e desenvolvido, com a trama com um fio condutor que confere, no final, uma brilhante unidade ao filme. Os actores são credíveis e a realização excelente, conferindo ao conjunto um ar de documento histórico e de época com um pendor de análise social e um olhar crítico sobre a sociedade brasileira. O trabalho de montagem é brilhante e inesquecível. Um grande filme que só enobrece a cinematografia brasileira, justamente reconhecido com as nomeações para os Óscares.
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Os Estados Unidos e Portugal em sintonia

Luis Coelho

Pois é, os grandes filmes ainda podem medir-se pela quantidade de Óscares que ganham. A prová-lo está "Cidade de Deus". Estes filmes apenas são nomeados para não parecer mal e depois nada... Tanto os Óscares como a crítica do PÚBLICO são os melhores indicadores antes de ir ver um filme. Claro que há excepções: não só por vezes bons filmes recebem críticas positivas do PÚBLICO, como também ganham Óscares!
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Parabéns

afg

Parabéns ao realizador e toda a sua equipa, principalmente a estas personagens reais que merecem de todos nós o maior respeito. Um zero de classificação a todos os críticos que tão pouca importância têm dado a este filme, mostrando fazerem parte de uma classe que pouco se importa com o que a sociedade civil tem desenvolvido nas periferias. Também eu, vivendo na Ásia e num país onde o abismo entre classes é uma coisa aterrorizadora, sinto que só não vê quem nao quer ver. Este filme e mais um filme de alerta a toda a sociedade civil para que abra bem os olhos e lute contra esta desigualdade humana que continua a existir em pleno século XXI, e onde existem milhões de criancas ainda aterrorizadas que se tornam bandidos e violentos. Outros morrem a fome, são violentados, crescem cheios de traumas interiores,etc. Não deixando de lembrar que somos todos nós, sociedade civil, que impomos este ambiente violento... e para o qual contribuimos no dia-a-dia com notícias, reportagens, guerras, fome... É preciso acordar. E quem não concorda com o filme ou lhe dá pouca importância, tire uns dias da boa vida e passe alguns dias nesses bairros. Pode ser que acorde de um sonho e passe a viver a realidade... Sim, porque infelizmente a realidade é esta mesmo.
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O melhor filme de 2003

Rui Oliveira

É simplesmente o melhor filme de 2003. Se seguisse atentamente as dicas dos críticos, iria acabar por detestar cinema. Meus caros, viagens fazem bem, conheçam outras culturas, outras gentes e já agora experimentem entrar na Cidade de Deus. Eu já lá fui. E vocês, será que se arriscam para poderem comentar sobre algo que não lhes vai na alma? Não devem de certeza ter visto a mesma obra-prima do Fernando Meirelles que eu vi...
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Quatro estrelas para cima

Miguel Duarte

Quando tinha menos dez anos do que tenho agora, ia todas as semanas ao cinema e quando tinha dúvidas no filme a ver pegava num jornal e via as críticas. E aquele que tinha a pior crítica era aquele que era sem dúvida o melhor filme a ver. O mesmo se passa com os criticos do PÚBLICO, que comparam este filme aos "Gangs de Nova Iorque" ou "Tudo Bons Rapazes" ou outros filmes hollywoodescos. Não se pode fazer comparações entre este tipo de filmes e um filme como a "Cidade de Deus", este é um filme que mostra a realidade pura e crua das favelas brasileiras, é muito violento, mas não como a violência gratuita de alguns filmes "made in USA". "Cidade de Deus" espantou-me pela positiva. Tem uma qualidade de planos de imagem muito bons e principalmente bem geridos - e não nos podemos esquecer que estes actores não são profissionais. Só se pode dar uma pontuação de quatro estrelas para cima. Aconselhável talvez a maiores de 16 anos.
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Muito bom

Joana

Muito bom, mesmo muito bom.
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Por amor a Deus

Miguel Oliveira Santos

Há críticos que escrevem com um único objectivo: dizer mal. Posso tolerar que não gostem do estilo, da montagem, da imagem (genial, Óscar!), mas criticar o argumento do filme desta maneira? Só existe uma explicação: não leram o livro (fundamental para entrar no filme,muito mais ligeiro), não conhecem a realidade da "Cidade de Deus" e da "Cidade Maravilhosa", nem a obra de Fernando Meirelles. Já agora, que tal procurarem ver mais filmes do muito profícuo "novo" cinema novo Brasileiro? Há muito para ver.
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Realidade nua e crua

A. Monteiro

Realmente , não compreendo com que olhos viram este filme. Ou tinham uma avaliação préconcebida ou o viram mal. Trata-se da realidade nua e crua do que se passa nas favelas do Rio, da sua vivência entre ruelas sombrias, guerras de bandos, das aspirações jamais realizadas de pessoas que por lá nascem. Não se trata da violência gratuita como os "american movies" nos mostram. E isto tudo relatado por alguém de dentro da favela. Seguindo a ideia de um leitor, sugiro que os críticos profissionais, se entretanto tiverem oportunidade de o fazer, visitem uma qualquer favela do Rio.
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Um dos melhores

Paulo Garcia

Simplemente um dos melhores filmes que eu alguma vez vi e um dos melhores que já passaram pelas salas de cinema em Portugal.
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O público recomenda

Ricardo Tomás

Ora vejamos: Kathleen Gomes - "Tudo com 'freezes', montagem acelerada e virtuosismo q.b. Antes o filme falhado do mestre de 'Gangs of New York'"; Luís Miguel Oliveira - "Felizmente os temores não se confirmam, e 'Cidade de Deus' é mesmo um bom filme."; Mário Jorge Torres - "Não há análise, só efeitos" (será que ele viu mesmo o filme "Cidade de Deus"?); Vasco Câmara - "Olhar as personagens nos olhos". Felizmente para nós que o "público" recomenda!
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