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Duplo Amor

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Drama, Romance 110 min 2009 M/12 30/07/2009 POR

Título Original

Two Lovers

Sinopse

Depois de um historial de distúrbio bipolar que culmina numa tentativa de suicídio, Leonard (Joaquin Phoenix) regressa ao apartamento dos pais, em Brooklyn, Nova Iorque, onde espera fazer uma longa pausa para recuperar. Os pais (Isabella Rossellini e Moni Monoshov), nos seus esforços para o apoiar e tentando arranjar uma solução para os seus problemas, acabam por criar uma enorme pressão para que ele invista numa relação afectiva com Sandra (Vinessa Shaw), uma mulher sensível que parece ter tudo para ser a esposa perfeita. Quase em simultâneo, Leonard conhece Michelle (Gwyneth Paltrow), a neurótica e sensual vizinha, também ela com um passado emocional complicado, que exerce um enorme fascínio sobre ele. Agora, no meio de um triângulo amoroso e cheio de pequenos pecados, Leonard terá de se decidir entre a razão, que lhe pede o equilíbrio de um casamento confortável com Sandra, e o instinto, que o empurra para Michelle, numa relação profunda mas que possivelmente o arrastará para o passado. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Duplo Amor

Jorge Mourinha

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Vasco Câmara

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Do ridículo ao sublime

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

O peso certo

Raúl Reis

Seja com “Little Odessa”, “The Yards” ou “We Own the Night”, James Gray habituou os seus espectadores – e diga-se que tem muitos e fiéis – a filmes violentos e com tensão permanente. Surpreendentemente, para este seu quarto trabalho, o realizador decidiu-se por uma abordagem romântica, por vezes ingénua, para contar a história de Leonard, Sandra e Michelle. Leonard Kraditor (Joaquin Phoenix) é um homem depressivo que regressa a casa dos pais na sequência de uma história de amor que quase o levou à morte. O seu desejo é tornar-se fotógrafo profissional, mas trabalha a meio tempo na lavandaria do seu pai. Os pais, vendo-o triste e desamparado, tentam aproximá-lo de Sandra (Vinessa Shaw), a filha de uns amigos. Entretanto, Leonard vai avistar por acaso uma bela loira (Gwyneth Paltrow) que tem uma relação com um homem casado. Leonard apaixona-se. O realizador explora as duas relações com excessos de todos os tipos, mas a sua forma de nos conduzir ao longo do filme e as imagens... diferentes são uma boa razão para ficarmos cativos. Ao chegar ao final do filme pode dizer-se que Gray é um rapaz conservador e romântico no que toca às coisas do coração, mas não nos obriga a um final tradicional. A última cena pode ser interpretada como cada espectador quiser. Uma mistura de felicidade com uma imensa dose de incerteza; e cabe a cada um de nós decidir qual é o peso que damos a cada uma.
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A magia da reciprocidade

Nazaré

Sandra tem muitos pretendentes mas quer Leonard, enquanto Leonard só pensa em Michelle, que por sua vez quer a atenção de Ronald, um homem casado. E este desencontro em cadeia só se resolverá quando finalmente houver reciprocidades. Dito assim, o argumento parece algo trivial, e de facto é, não escapando de ser previsível em muitos passos; mas transfigura-se pela magnífica arte de contar (James Gray é um graaande cineasta) e pelo magnífico elenco de actores, para chegar até nós uma obra de arte de grande nível, e que sabe tocar. Neste filme há muita coisa que é dita sem dizer-se: as duas cenas de sexo, cheias de vazio apesar das aparências; ou a expressão de Isabella Rossellini no patamar da escada, mais eloquente que qualquer discurso. Mas é preciosamente arquitectado para que se possa sentir. Da "estanha forma de vida", que quase todos temos, à simples felicidade, vai um caminho que exige coragem, perseverança, amor, e alguns silêncios. O percurso do "cachucho" simboliza isso tudo.
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Rapaz conservador e romântico

Raúl Reis

Seja com “Little Odessa”, “The Yards” ou “We Own the Night”, James Gray habituou os seus espectadores – e diga-se que tem muitos e fiéis – a filmes violentos e com uma imensa tensão permanente. Surpreendentemente, para este seu quarto trabalho, o realizador decidiu-se por por uma abordagem romântica, por vezes ingénua para nos contar a história de Leonard, Sandra e Michelle. Leonard Kraditor (Joaquin Phoenix) é um homem depressivo que regressa a casa dos pais na sequência de uma história de amor que quase o levou à morte. O seu desejo é tornar-se fotógrafo profissional, mas trabalha a meio tempo na lavandaria do seu pai. Os pais, vendo-o triste e desamparado, tentam aproximá-lo de Sandra (Vinessa Shaw), a filha de uns amigos. Entretanto, Leonard vai avistar por acaso uma bela loira (Gwyneth Paltrow) que tem uma relação com um homem casado. Leonard apaixona-se. O realizador explora as duas relações com excessos de todos os tipos, mas a forma que escolhe para nos conduzir ao longo do filme e das imagens (tão diferentes) é uma boa razão para ficarmos cativos. Ao chegar ao final do filme pode dizer-se que Gray é um rapaz conservador e romântico no que toca às coisas do coração, mas, apesar disso, não nos obriga a um final tradicional. A última cena pode ser interpretada como cada espectador quiser. Uma mistura de felicidade com uma imensa dose de incerteza; e cabe a cada um de nós decidir qual é o peso que damos a cada uma.
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Estranha forma de vida

L Cardoso

Estranha forma de vida seria, porventura também, um bom título para este filme. Terá sido por acaso que ouvimos, em fundo, e em pleno terreno amoroso de Leonard, Amália a cantar? Estranhamente, não me apercebi de qualquer referência ao facto nos habituais e longos textos dos nossos críticos...
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