Call Girl

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Drama, Thriller 145 min 2007 M/16 27/12/2007 POR

Título Original

Call Girl

Sinopse

Soraia Chaves é Maria, uma "call girl" de luxo, ambiciosa, irresistível, sedutora. É contratada por Mouros para seduzir Meireles (Nicolau Breyner), presidente da Câmara de Vilanova. A missão de Maria é conseguir convencer Meireles a autorizar uma multinacional a construir um empreendimento turístico. <br/> Entretanto, Madeira e Neves, agentes da Polícia Judiciária, seguem os indícios de corrupção e começam a investigar Meireles. <br/> Tudo se tornará ainda mais complexo quando Madeira descobre que Maria, por quem está apaixonado, é o isco para obrigar o político a ceder... <br/> "Call Girl" é realizado por António-Pedro Vasconcelos ("Os Imortais", "Jaime"). <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Call Girl

Mário Jorge Torres

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O símbolo

Pedro Mexia

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A novela do Call Girl

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Call Girl

Anónimo

Preminger? Hitchcock? Buñuel? Qual quê! “Duarte & Companhia” e anúncios de sexo após a 1 da manhã. É aí que APV se foi inspirar, ainda que talvez não o saiba. Não é por se ver bom cinema que se faz bom cinema.
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Cr�nica de Costumes

Ant�nio Merc�s

"Call Girl" constitui-se, em parte, como um retrato quotidiano de Portugal, procurando exibir e denunciar as assimetrias entre o litoral urbanizado e o interior rural e progressivamente mais diversificado e envelhecido.<BR/><BR/>Soraia Chaves desempenha bem o seu papel, muito para al�m daquilo que a opini�o p�blica generalizada j� de si esperaria - os seus atributos f�sicos conjugados com o estatuto de "femme fatale". Encarna bem a personagem de prostituta, no sentido literal e metaf�rico do termo. Particularmente ao n�vel metaf�rico � not�vel o modo como, plenamente consciente da sua situa��o e discurso empregue, esmaga todas as expectativas de um "pobre-diabo" (Nicolau Breyner) que cometeu o erro de a si se afei�oar - atirando-lhe � cara as suas limita��es f�sicas, est�ticas, et�rias e financeiras. F�-lo de forma simultaneamente cruel e sedutora, sem no entanto deixar de ser realista e racional. O modo insinuante como se comporta, bem como a seguran�a da sua postura perante a c�mara acabam por contribuir para uma boa constru��o da personagem que lhe foi destinada.<BR/><BR/>Nicolau Breyner � soberbo como o ing�nuo e bem intencionado pol�tico de prov�ncia. A um primeiro n�vel inabal�vel nas suas convic��es e perante os ideais e obriga��es que considera ter perante as suas gentes, acaba por cair na teia que Soraia maquinalmente lhe monta, sucumbindo aos seus atributos. � quase comovente o modo como a figura do autarca caia - ao fim e ao cabo, aparentemente o seu �nico crime, e fraqueza, foi o de ter-se inapelavelmente apaixonado por uma predadora profissional.<BR/><BR/>Joaquim de Almeida � o vil�o de servi�o, sendo o c�rebro por detr�s de toda a intriga montada de modo a que o autarca ceda �s pretens�es do grupo imobili�rio que ele pr�prio representa. A secura e agudeza do seu discurso, acompanhada pelos sarcasmos cirurgicamente colocados, contribuem para a feliz constru��o deste "sacana implac�vel", que sabe muito bem como se movimentar nos meandros na chantagem e/ou suborno de terceiros em prol dos interesses que lhe s�o confiados.<BR/><BR/>Ivo Canelas surge como o intr�pido jovem pol�cia que tem a necessidade de, para al�m da afirma��o pessoal, fazer algo de significativo dentro da profiss�o que exerce - qual "cavaleiro andante", que tenta fazer justi�a a todo o custo, independentemente dos meios a que recorre. A sua personagem � iconicamente recortada do filme "Reservoir Dogs", de Quentin Tarantino. N�o s� pela �bvia presen�a do cartaz alusivo ao filme, pr�ximo da sua mesa de trabalho, mas tamb�m pelo seu vestu�rio, postura e n�vel de linguagem empregue - com frequente recurso ao registo comummente denominado de "vulgata". Neste campo, creio que peca por excesso de, digamos, "zelo".<BR/><BR/>Jos� Raposo revela-se como uma bela surpresa. Seguro na constru��o da sua personagem, o pol�cia de meia-idade e experiente, funcionando como contraponto ao irrequieto jovem que consigo forma equipa. Oportuno e incisivo no modo como pronuncia os di�logos, bem como atrav�s da sua postura diante da c�mara, cumpre praticamente na perfei��o aquilo que de si era esperado.<BR/><BR/>Maria Jo�o Abreu e Ana Padr�o t�m a seu cabo duas personagens minimamente interessantes, respectivamente como a despeitada (e posteriormente) rejeitada amante do autarca, e a mulher de um vereador assassinado, que tem um problema de toxicodepend�ncia. Contudo, o tempo �til que lhes � destinado no produto final apresentado n�o � suficiente para se tecer coment�rios. Cumprem profissionalmente o que lhes foi exigido. Destaco o beijo (for�ado) que a primeira partilha com Soraia Chaves, t�o inesperado como sensual a uma primeira visualiza��o.<BR/><BR/>Raul Solnado como o t�pico comunista alentejano que, vendo chegar-se ao final da vida, v� igualmente todos os seus ideais, pol�ticos e de vida, desmoronarem-se todos diante de si - quer pela crescente desertifica��o e envelhecimento progressivo do interior alentejano, quer pela morte que se aproxima a passos largos, antevista pela ida (pressup�e-se compulsiva) para um lar - ironicamente baptizado de "Catarina Euf�mia". O seu papel � igualmente demasiado pequeno, no entanto protagoniza dois momentos de humor - particularmente atrav�s do discurso, revelando a sua faceta de "velhote teimoso".<BR/><BR/>No entanto, n�o h� bela sem sen�o. � claramente vis�vel a presen�a dos microfones sobre a cabe�a dos actores em, pelo menos, tr�s cenas (aquelas em que eu me apercebi). Tratam-se de falhas t�cnicas grav�ssimas e que, supostamente, deveriam ter sido detectadas e corrigidas durante o processo de produ��o e montagem. Igualmente incompreens�vel e sem raz�o aparente � a desfocagem de imagem quando Maria (Soraia Chaves) se encontra no elevador do hotel. Outra falha grave, desta feita ao n�vel da contextualiza��o da realidade quotidiana, consiste na coloca��o do funeral de �lvaro Cunhal em 2007, quando o mesmo ocorreu dois anos antes... Ainda acreditei que a narrativa apresentada n�o estaria necessariamente datada de forma precisa, contudo quando vemos um calend�rio de 2007 pregado numa parade durante uma das cenas, n�o � preciso comentarmos mais...<BR/><BR/>Apesar destes percal�os, o resultado salda-se como positivo para Ant�nio-Pedro Vasconcelos, o qual arriscou bastante com esta produ��o. Mas f�-lo bem e de forma oportuna, sem recorrer � f�cil op��o de colocar cenas demasiado expl�citas em termos de nudez da protagonista - tal como j� havia sido anteriormente feito. Defendeu-se assim a si pr�prio e ao seu trabalho, privilegiando antes o poder da sugest�o entrevisto atrav�s de um generoso decote, formas voluptuosas espremidas contra o vestu�rio ou algumas fotos comprometedoras (no caso das cenas de sexo propriamente dito).
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surpresa em todos os aspectos

francisco ferreira

Antes demais, queria dizer que vou comentar este filme como um cr�tico, e n�o como um homem.<BR/>Entrei no cinema para ver o filme � espera de ver mais um t�pico filme portugu�s com a base do filme ser sexo e asneiras. Mas, ao contr�rio do que algumas pessoas podem pensar, o filme tem muito mais que o belo corpo da soraia chaves. Tem grandes interpreta��es, tem uma boa realiza��o e tem um bom enredo, al�m de fazer uma cr�tica � justi�a do nosso pa�s.<BR/>Num filme h� dois elementos fundamentai para ser bom: a equipa e a sequencia logica do filme. E este filme esta de parabens em rela��o a estes elementos. S�o cerca de duas horas e meia que passam muito depressa, que � mais uma prova da boa sequencia deste filme que n�o o deixa cair na monotomia.<BR/>Parabens a toda a equipa.<BR/><BR/>
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Um filme agrad�vel

Pedro

N�o � um filme do outro mundo, mas � um filme agrad�vel de ver.<BR/>� partida nunca teria ido ver este filme, depois da promessa que fiz � alguns quando sai traumatizado da sala do Monumental no fim do filme "A falha".<BR/>A verdade � que acabei por ir ver este filme e gostei do que vi!<BR/>Est�ria f�cil digna de um filme comercial, filme optimo para ser visto num dia de semana. <BR/>Muitos tiques de filme americano, nomeadamente o realizador aparece numa das cenas quem nem Shyamalan na sua filmografia. A publicidade escondida, em particular ao jornal onde o realizador assina uma coluna, j� para n�o falar da quantidade escandalosa de cigarros que s�o acessos, quanto � que a tabaqueira ter� investido neste filme? Finalmente os carros muito decentes completam o ramalhete.<BR/><BR/>Um filme que � BOM DE SE VER.
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call girl

andre

lindo
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Tempo bem empregue

Johnny B. Good

Call Girl,e Soraia Chaves, s�o s� op��es de marketing para melhor vender o filme. E eficazes.<BR/> Mas na verdade h� v�rias hist�rias paralelas, desde o policia que leva o trabalho para casa e deixa a fam�lia de fora, ao Sr corrupto mas n�o tanto que � enganado porque est� a jogar num campeonato que n�o � o seu, � prostituta de luxo, � hist�ria de amores antigos que nunca voltam mas sempre amea�am, etc...<BR/> Penso que todas as interpreta��es s�o bastante eficazes, e o casting foi feito com mestria.<BR/> Aos cr�ticos que n�o o consideram um bom filme, proponho que o avaliem com os mesmo crit�rios pelos quais avaliam os filmes Made in Hollywood, e n�o pelos art�sticos/intelectuais e pseudo-intelectuais de que o cinema portugu�s sempre se orgulhou, mas nem sempre soube representar/apresentar. A� penso que este n�o fica a perder em nada.<BR/>
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NP

Joana

Reparei que a idade se refere a menores de 16 anos, enquanto qu e supostamente o filme ser� para maiores.<BR/> Obrigada
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Argumentos precisam-se

Manuel Moreira

Não haverá quem saiba escrever uma história para cinema em Portugal? Call Girl dura mais de duas horas e a história contar-se-ia em metade do tempo. Os diálogos são confrangedoramente pobres, com o recurso ao palavrão em cada fala de cada personagem, independentemente da situação - no caso da amante do autarca os palavrões são tão despropositados que retiram credibilidade à personagem e fizeram com que, na sessão a que assisti, parte do público se risse, quando à partida a cena a tal não deveria levar. E que dizer dos idosos do lar a assistir na televisão ao funeral de Álvaro Cunhal em... 2007, ano em que se passa a história? E a imagem desfocada, sem qualquer razão aparente, do namorado de um dos maus da fita (que tinha de ser gay...)? Receio do actor por desempenhar aquele (brevíssimo) papel? Os actores são excelentes, devendo juntar-se aos protagonistas o nome de José Raposo. Que pena estarem ao serviço dum enredo tão débil! Se pensarmos em filmes espanhóis, franceses ou italianos de êxito internacional, forçoso é admitir que os argumentos são criativos e os diálogos interessantes, eventualmente com palavrões, mas no momento certo como elemento de composição de personagens, nunca para "encher". Ao ver Call Girl lembrei-me de Kiss Me, um filme pouco conseguido (embora, reconheça-se, com um argumento mais cativante) em que se poderia esperar que as falhas recaissem na modelo-tornada -actriz Mariza Cruz, que, afinal, fez um trabalho irrepreensível. Também Soraia Chaves é absolutamente competente e mostra merecer oportunidades de revelar o seu empenho em películas menos frouxas do que este Call Girl, que duvido muito venha a ser o tal "filme português mais visto de sempre".
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Call Girl- O Noir Português

Pedro Guilherme G. D. Ramalhete

Fico feliz por voltar a ver um bom filme português no cinema, coisa que não acontecia desde 2003, quando curiosamente assisti ao filme Os Imortais de António-Pedro Vasconcelos (sem contar com o intenso Alice, mas esse assiste em Dvd). É bom saber que ainda se faz cinema puro e duro em Portugal, e Vasconcelos melhor do que nenhum português sabe fazer cinema, é o único realizador a saber faze-lo a sério, sem contar com Marco Martins (com um forte e sombrio Alice), Joaquim Leitão (com a surpresa razoável 20,13) e Fernando Fragata (com o ritmo frenético de Pulsação Zero). <BR/>Call Girl evoca o melhor do cinema contemporâneo, um ambiente tenebroso, onde a sensualidade e charme se fazem sentir, neste caso pela grande revelação de Soraia Chaves que ainda tem entranhado em si o cheiro nauseabundo de O Crime Do Padre Amaro. Vasconcelos vai buscar o Tarantinismo para construir diálogos e situações e fá-lo muito bem, o método criado pelo mestre Tarantino é muito frequente aparecer neste Call Girl, principalmente nos diálogos, no uso frequente do calão, a personagem de Ivo Canelas (que tem um fetiche pela expressão: "Estas Fudido. Estas tão Fudido") e no escritório do mesmo onde na parede esta afixado o poster da segunda obra maior do mestre Cães Danados. Uma obra de detectives, corrupção (talvez tenha sido o filme que o Corrupção não conseguiu ser) e é um filme que roça o noir, onde Soraia Chaves é a Femme Fatale e Ivo Canelas é um Humphrey Bogart transformado em detective. É só de salientar que o nível de calão é muito superior em Call Girl do que no Crime Do Padre Amaro ou no Corrupção, só faço este destaque porque estes dois últimos para alem de estarem a anos luz de Call Girl são também dois filmes bastante chungas o que proporcionaria uma linguagem menos cuidada. <BR/>O elenco foi a bem escolhido com excepções é claro, Ivo Canelas esteve bem, mas as vezes deu a sensação que parecia um esquizofrénico por causa da sua histeria; José Raposo foi uma grande revelação (junto de Soraia Chaves), construiu uma personagem madura e inteligente; Virgílio Castelo esteve muito bem adoptando o sotaque de Marques Mendes (genial); Ana Padrão num papel igual a muitos outros, só que a única coisa que muda é o facto de ser agarrada, ate a cara e as expressões ficam as mesmas; Nicolau Breyner genial como sempre, mas desta feita em vez de fazer de mauzão, faz de um homem mais ou menos honesto que cede aos encantos de Soraia Chaves, arcando depois com as consequências, parece ao longo do filme um adolescente de bigode com as hormonas aos pulos; e o grande ícone do cinema português (talvez por ter actuado ao lado de Harrison Ford e Gene Hackman) Joaquim De Almeida, um empresário/mercenário que faz tudo para conseguir a fortuna, é genial nesta personagem o facto de conter a homossexualidade ate ao fim do filme, se bem que dê indícios disso ao longo do filme. Depois chegam os nomes que vou referir a parte por serem muito maus e por eu nunca ter gostado nem nunca terei intenções de gostar, são eles: Custodia Galego (que é a cabeça de cartaz dos piores actores portugueses), Maria João Abreu (uma histérica que estava tão bem nas telenovelas e na revista) e José Eduardo (que não tem estofo para aguentar uma personagem seria). Call Girl é um filme hollywoodesco sim senhor, e é também um misto de géneros e na minha opinião acho que os autores (realizador e argumentista) do filme basearam-se e foram buscar elementos a alguns nomes sonantes do cinema como, o Tarantino (mas esse é evidente), Humphrey Bogart (pelo menos na personagem de Dixon Steele do filme In a Lonely Place) e no grande sabedor de cinema contemporâneo, P.T Anderson (pela excelente exploração do sentimento humano), é obvio que não estou a comparar um Magnolia ou um Boogie Nigths a este Call Girl, mas nota-se algo semelhante. <BR/>Call Girl, é a história de Maria uma prostituta de luxo que é contratada, através de Mouros (Joaquim de Almeida), para incentivar Meireles (o presidente da Câmara de Vilanova) a abater a plantação de sobreiros e a construir um hotel cinco estrelas com golfe e todos os luxos possíveis e imaginários incluídos. No meio disto aparecem os detectives Madeira (Ivo Canelas) e Neves (José Raposo), que estão a averiguar o assassinato de um vereador da câmara de Vilanova, descobrindo no meio deste caso a corrupção que circula nesta pequena vila. No meio da trama descobre-se que Madeira fora namorado e (ainda é) o ponto fraco de Maria, o que fará deles instantaneamente amantes. A partir daqui surge um enorme chorrilho de sensualidade, drama, violência (que não é muita) e um vasto de leques de asneiras (que por acaso serviu como pulmão do filme). Um ultimo aviso, para quem pensa que vai ver um filme de sexo do principio ao fim engane-se, é um filme carregadinho de sensualidade sim senhor, mas não tem sexo explicito, e é um filme que vive bastante do argumento como os filmes de Tarantino. <BR/>Em suma o melhor filme português dos últimos, realizado pelo melhor realizador de sempre português (talvez esteja a exagerar mas o homem percebe de cinema e ate é fanático do Benfica), protagonizado por bons actores e pela grande revelação, Soraia Chaves. A ver para esquecer O Crime do Padre Amaro, Corrupção e Filme da Treta (as três aberrações do cinema português). Dêem dinheiro a este filme é sempre mais honesto do que terem dinheiro aos filmes atrás referidos. <BR/><BR/>Nota final: a minha nota desta vez vai para as 4 estrelas se bem que as três estrelas não fossem justas, mas algo me diz que este filme merece mesmo as 4 estrelas, e eu ate gostei bastante do filme, por isso é esta a minha nota final. Um 3.5 que só esta em 4 porque tem sangue português e o que é nacional é bom (neste caso). <BR/>
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Um filme

Alvaro Allen

Call Girl é um filme "normal" - coisa raríssima no cinema português. Tem uma história forte, com princípio meio e fim. Tem intriga, voltas e peripécias que mantém o espectador interessado. Tem personagens bem definidas, com ambiguidades que os enriquecem. Tem actores excelentes que representam num estilo certo para cinema, convincentes na maneira como falam e se mexem. Tem um excelente diálogo, ágil e naturalista - que até surpreende os ouvidos mais sensíveis, não habituados a ouvir palavrões na tela (porque são suavemente legendados nos filmes estrangeiros ou censurados da televisão). Call Girl também surpreende pela qualidade técnica - boa fotografia (nem demasiado "artística", nem demasiado fria), montagem (rápida) e som (percebe-se tudo!).<BR/><BR/>Um óptimo filme, onde António-Pedro Vasconcelos prova o excelente realizador que é, formado a ver muito cinema clássico e inspirando-se em temas actuais para contar as suas histórias. APV pinta um retrato frio de uma parte deste país, mas fá-lo com uma ironia fina que fez a plateia rir a bom rir em muitos momentos - porque se revêm no écran! <BR/><BR/>Uma prova que em Portugal se podem fazer filmes de qualidade que podem ser populares. <BR/><BR/>Curiosamente incómodo!
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