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Barbara

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Biografia, Drama 97 min 2017 M/12 28/12/2017 FRA

Título Original

Barbara

Sinopse

<p>A rodagem de um "biopic" sobre Barbara (1930-1997), a icónica cantora francesa, é o foco deste filme realizado por Mathieu Amalric, mais conhecido como actor em filmes de Spielberg, Wes Anderson ou na saga "007". Jeanne Balibar, ex-mulher de Amalric na vida real, faz o duplo papel de Brigitte, uma actriz famosa que faz o papel principal do filme dentro do filme, e de Barbara. Amalric interpreta o realizador desse filme, Yves Zand, que é obcecado pela cantora. Sem seguir uma narrativa tradicional, é um filme que, diz Amalric, é inspirado em Orson Welles (em particular, "A Dama de Xangai") e Ken Russell. PÚBLICO</p>

Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Barbara", a nova película realizada por Mathieu Amalric (na qual, como sempre, surge como actor), é uma biografia com uma narrativa pouco convencional sobre Barbara, intérprete de culto da chanson francaise (de quem nunca ouvira falar), falecida em 1997. <br />A sua estrutura até nem é propriamente original, recorrendo ao estratagema do "filme dentro do filme" (ou seja, pese a redundância, um filme acerca da rodagem de um filme sobre Barbara), num continuo jogo de espelhos entre a realidade (através do recurso a imagens documentais, actuações da própria cantora e testemunhos de pessoas que lhe foram próximas, algumas das quais, inclusive, aparecem também como "personagens") e ficção (graças à prestação da actriz que a interpreta, a magnética e enigmática Jeanne Balibar), fundindo/manipulando ambas com tal mestria que, não poucas vezes, temos uma (agradável) dificuldade em perceber a qual das dimensões estamos a assistir. E fá-lo com uma sublime elegância estética, fragmentando-o (num excelente trabalho de montagem) de um modo poético, o que o transforma num produto quase impressionista. <br />Verdade que, desta forma, acaba por revelar-se pouco informativo e descritivo (e se antes nada sabia sobre a vida e obra da visada, agora pouco mais sei, à excepção de que era uma "grande maluca"), no entanto, para esse efeito existe a internet ... e Almaric opta por dar-nos "apenas" arte (e "o resto são cantigas"!).
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