O Assassino
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
O método deste assassino profissional (interpretado por Michael Fassbender) é simples e preciso: nunca improvisa, não confia em ninguém, rejeita qualquer sinal de empatia e compromete-se apenas com as missões para as quais foi pago. Enquanto cumpre estas regras à risca, tudo lhe corre de feição. Até ao dia em que comete um erro que o transforma de predador em presa.
Seleccionado para competir na 80.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, um thriller assinado por David Fincher (Clube de Combate, Seven - 7 Pecados Mortais, A Rede Social, Em Parte Incerta), que segue um argumento de Andrew Kevin Walker, Alexis Nolent e Luc Jacamon, inspirado na novela gráfica homónima escrita por Alexis "Matz" Nolent e ilustrada por Luc Jacamon. Para além de Fassbender como protagonista, o elenco inclui ainda Tilda Swinton, Charles Parnell e Sophie Charlotte. PÚBLICO
Críticas dos leitores
3 estrelas
José Miguel Costa
O filme "Assassino", do big realizador David Fincher, é um elegante thriller psicológico, com muita Palavra e "pirotécnia" contida, sobre a vida solitária de um ciínico/paradigmático/metódico matador de elite a soldo que, antes de apertar o gatilho, descontrai-se, invariavelmente, com "The Smiths" em altos berros (portanto, um estiloso bad guy com gosto musical apurado).
Trata-se de um quase monólogo a tempo inteiro, narrado em voz off pelo protagonista (o lisboeta Michael Fassbender), através do qual desconstruímos a sua psique e temos conhecimento dos níveis de exigência inerentes à condição de profissional de excelência, que se manifestam num minucioso planeamento das tarefas, ausência de consciência moral e auto-controlo.
De igual modo, tomamos consciência das consequências que acarreta para o próprio, e para aqueles que lhe são próximos, quando falha na sua missão. E se é um facto que bastar-nos-ia a presença e voz do carismático Fassbender para "conquistar-nos", em boa verdade, e apesar da (habitual) magnífica montagem efectuada por David Fincher (que imprime tensão constante à obra) e do seu tão idiossincrático modo de filmar, com o decorrer do tempo a acção vai perdendo fôlego (não apenas pela insistência num modo expositivo que não privilegia os diálogos entre personagens - excepção feita, à deliciosa interacção verbal com a enigmática Tilda Swinton -, mas também pela "história batida" e algo previsível).
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