Excelentes interpretações! Adorei o filme!

Em 1937, ainda o Partido Comunista não estava no poder na China, os japoneses ocupantes chacinaram 300 milhões de chineses - para ocupar o país e as suas riquezas e explorar o seu povo. Foram vencidos em 1945 e a China foi, a seguir à URSS, o país que mais pessoas perdeu na II Guerra. Um excelente filme que recorda - ou devia - os horrores da guerra e da ocupação de países soberanos que, infelizmente, ainda hoje sucede...

<p>Filme excelente. Nos traz aos horrores da guerra bem de perto. Claro que o autor, por ser Chinês, demonstra a brutalidade japonesa ao mesmo tempo que humaniza os chineses. Mas isso não torna o filme ruim. Muito pelo contrário. O filme é tenso, emocionante, tem bons diálogos, boas cenas de ação e um final surpreendente.</p>

Estas flores da guerra, assim chamadas por serem tão belas quanto precárias, trazem-nos (e a Christian Bale) de volta ao cenário da invasão japonesa da China. Saibamos fixar-nos no pendor poético do título, para passar adiante dos aspectos menos felizes, mais ou menos relacionados com uma tentativa de "fazer à Hollywood", e aproveitar-se o que realmente há de bom nesta fita. O pior (mas não o único que é mau) está perto do início, da chegada do protagonista ao convento até este ser invadido pela horda de japoneses: evidentemente a imitar o vício americano de dar-nos um "retrato" preliminar das personagens antes de começar a verdadeira história, é um recurso estafado e geralmente desnecessário, de facto muito "à Hollywood", e ainda mais irritante porque, como peixe fora de água, o realizador está tão mal nessas "cedências" que vai ao ponto de Christian Bale tornar-se patético. Muito mau, mesmo.<br /><br />Mas esquecendo-se isso (o que é fácil), vemos um belíssimo retrato das circunstâncias, das emoções, das tragédias daquela guerra. Pelo menos é muito convincente, e tem pormenores sublimes. E não é só pela aprimorada estética que se passeia no écrã, também o argumento atinge grandes alturas: gostei em especial da repetida impossibilidade de contar-se a verdade, e como nos dá para compreender isto!<br /><br />E essas flores, que agraciam o caos com a beleza duma presença, ora sensual, ora inocente (que contraponto!), emergem na história como uma colmeia de profunda humanidade que nos conquista, tal como na ficção conquistam aquele cangalheiro, bêbedo, venal e vergado pela tragédia do seu passado (representado magnificamente por Bale, no final de contas). Ele chega ao ponto de poder oferecer a uma delas a experiência do Amor, num dos momentos mais bonitos a que nos é dado assistir. Emocionante.

Chuchadeira à chinesa, com demasiado heroísmo e drama de plástico.

Confrangedor e patético. Absoluta falta de genuinidade. Meios a mais para resultados indigentes. Classificação: bola negra.

Excelente!! Um filme como há muito não via!

"As Flores da Guerra", um belo filme que merecia uma melhor atenção dos nossos críticos. Um dos melhores filmes do ano, do realizador do inesquecível "Viver", ganhador do prémio BAFTA em 1995 e que também foi o Grande Prémio do Júri do Festival de Cannes em 1994. A meu ver, este filme é uma obra soberba. Absolutamente a não perder.

<p>Um filme que desperta muitos sentimentos ao longo do filme. As histórias visíveis e as escondidas ("Bagagem" de cada um dos personagens). Uma realização soberba, onde existe o cuidado de ocultar algumas imagens deixando ao cinéfilo a criação dessa cena, completando o filme.</p>

<p>...que, no caso de Jorge Mourinha, dá 2 estrelas a um filme que, a meu ver, merecia pelo menos 4. Críticas destas tão negativas não prestam um bom serviço aos cinéfilos porque desencorajam uma ida ao cinema a quem gosta de cinema. E com a falta de espectadores com que os cinemas se debatem, é mau, mesmo muito mau.</p>