Amor Louco
Título Original
Amour Fou
Realizado por
Elenco
Sinopse
Berlim, 1811. Pouco depois de completar 34 anos, o poeta e escritor Heinrich von Kleist (Christian Friedel) enfrenta sérias dificuldades financeiras. Profundamente triste e amargurado, planeia pôr fim à própria vida e fazer da sua morte um momento de elevação e entrega ao amor eterno. Com isso em mente, convence Henriette Vogel (Birte Schnoeink), a esposa de um empresário seu conhecido, a juntar-se a ele naquele momento solene. Henrich leva o seu plano até ao fim e, no dia 21 de Novembro desse mesmo ano, junto às margens de um lago, dá um tiro em Henriette e depois em si próprio…
Com assinatura da realizadora austríaca Jessica Hausner ("Lovely Rita", "Lourdes"), um filme sobre as ambivalências do amor, livremente inspirado na verdadeira história do poeta e escritor alemão Heinrich von Kleist (1777-1811). Apresentado na secção "Un Certain Regard" do Festival de Cinema de Cannes, "Amor Louco" venceu o Prémio de Melhor Filme no Lisbon & Estoril Film Festival. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A mulher invisível
Uma comédia negra e seca, quase desacelerada, filmada em sumptuosos dioramas formais.
Ler maisCríticas dos leitores
4 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
Homem procura dama para ... (não, não é para aquilo que estão a pensar) suicidar-se consigo. Sim leram bem, o romantismo do inicio do século XIX tinha destas coisas (o morrer literalmente dos "males do coração" - e não estou a referir-me a ataques cardíacos). <br />Não pensem tratar-se de uma história de amor de "lágrima fácil", pelo contrário, poucas vezes vi filme dotado de tão escassa/estilizada emoção (também tendo em conta que a "acção" decorre no seio da frigida nobreza - ainda por cima austríaca - outra coisa não seria de esperar) - facto que é "agravado" por a narrativa adoptada ser ultra-poética. No entanto, por este mesmo motivo acaba por tornar-se de tal modo burlesco que, por vezes, roça a comédia. <br />Mas esta característica que o diferencia dos demais produtos do género, aliada à sua beleza estética (a plasticidade/rigidez dos cenários e a frieza da fotografia dão origem a magníficos "quadros vivos" - e não fossem eles dotados de movimento poder-se-ia imaginá-los expostos num qualquer museu de arte antiga), dão origem a uma obra impar (que, por certo, será idolatrada por poucos e odiada por muitos).
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