A Vida Secreta das Palavras

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Drama 115 min 2005 M/12 29/06/2006 ESP

Título Original

The Secret Life of Words

Sinopse

Numa plataforma petrolífera onde só trabalham homens, num lugar isolado no meio do mar, houve um acidente. Hanna, uma mulher misteriosa e solitária, que tenta esquecer o seu passado, é enviada para a plataforma para cuidar de um homem que ficou temporariamente cego. Entre eles cria-se uma estranha intimidade que se vai aprofundando, laços cheios de segredos, verdades, mentiras, humor e dor que mudarão as suas vidas para sempre. É um filme, segundo a realizadora, "sobre o silêncio repentino que antecede uma tempestade, e acima de tudo, sobre o poder do amor, mesmo nas mais terríveis circunstâncias". "A Vida Secreta das Palavras" conquistou os Goyas (os mais importantes galardões de cinema espanhóis) de Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Torturado mundo interior

Mário Jorge Torres

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A Vida Secreta das Palavras

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

As cores do silêncio

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/9

Depois de ter representado uma doente em fase terminal em “A Minha Vida Sem Mim”, a actriz Sarah Polley volta a juntar-se a Isabel Coixet para o segundo filme em inglês da realizadora catalã, “La Vida Secreta de las Palabras”. Polley é Hanna, uma mulher introvertida e solitária. Obrigada pelo seu chefe a tirar um mês de férias, Hanna vai trabalhar para uma plataforma petrolífera no Mar do Norte como enfermeira de Josef (Tim Robbins), que sofreu um acidente num incêndio no poço e está acamado. O encontro destas duas pessoas será um ponto de inflexão nas suas vidas, marcadas por segredos que tentam esconder: Hanna procura esquecer o passado através do silêncio, enquanto Josef usa as palavras como forma de sobrepor-se a ele.<BR/><BR/>As palavras são o tema deste filme. E, quem diz palavras, diz silêncio. E muitas vezes um esconde o outro. Mas há um momento em que os diques se rompem, as palavras jorram e diz-se tudo o que se tem guardado. E em que se compreende que umas palavras, as ditas, não substituem as outras, as guardadas.<BR/><BR/>“La Vida Secreta de las Palabras” fala de duas pessoas feridas. Hanna é surda e usa um aparelho auditivo, que muitas vezes lhe serve de arma para se defender dos outros; Josef está temporariamente cego por causa dos ferimentos. Mas as suas incapacidades de comunicação são apenas a ponta do "iceberg" das feridas que guardam no seu interior, e o limite físico (da cama para Josef, da plataforma para Hanna) acaba por ser metáfora do limite que eles próprios se impuseram pelo cinismo.<BR/><BR/>A relação que se desenvolve entre Hanna e Josef, a empatia que se cria entre o seu sofrimento, a sua mútua necessidade de afecto, fará com que aprendam a compreender-se e a aceitar-se, ou seja, a amar-se. A plataforma é um não-lugar, representa um sítio de fuga, mas também um sítio do qual não se pode fugir, e é do confronto com os seus próprios demónios, desse passado que não permite a entrada nem a saída, que surgirá a sua cura.<BR/><BR/>No meio de todos os ruídos (da fábrica, da rua, da plataforma petrolífera), é a palavra, através dos diálogos, que faz mover este filme, ajudada por uma banda sonora onde se destaca a música “Hope There’s Someone” de Antony and the Johnsons. A interpretação de Polley é de uma força desconcertante, metamorfoseando-se entre a doçura e a agressividade, entre a antipatia e a sedução. Ao seu lado, está um irrepreensível Robbins, sustentado quase apenas na sua voz, incutindo à sua personagem a ternura e sentido de humor nas doses certas. O restante elenco é completado com a presença marcante de Julie Christie e Javier Cámara.<BR/><BR/>À excepção do elemento de "voice-over", cuja opção é de um gosto consideravelmente dúbio, Coixet constrói uma atmosfera íntima, triste, poética, angustiante, bela e melancólica, e enche de conteúdo duas personagens misteriosas, intrigantes e comovedoras. Tudo isto sem abusar de sentimentalismos, equilibrando-se entre a emoção e o sorriso, entre a crueldade e a esperança.<BR/><BR/>Através de uma abordagem madura, sincera e profunda das misérias (e algumas virtudes) do ser humano, Isabel Coixet mostra-nos, de novo, as imensas cores das palavras. E, quem diz palavras, diz silêncio.
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Beleza que dói

Sérgio

Um filme onde a beleza dói e a dor é bela, e onde o amor, como nos clássicos, cura as feridas e lava os pecados.
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Nunca é tarde

Maria Odete Coelho

Este é um filme que recomendo vivamente, pela temática abordada que nos faz reflectir sobre a vida, o seu lado mais negro, mas também o seu lado positivo. Apesar de todas as vivências traumáticas do passado, de todo o sofrimento físico e psíquico que muitas vezes o ser humano tem que suportar, fica uma mensagem de esperança. Se se quiser, a vida pode recomeçar em qualquer momento; a vida merece sempre que lhe seja dada uma segunda oportunidade. Excelente a interpretação dos actores principais.
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