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A Vida Invisível
Título Original
A Vida Invisível
Realizado por
Elenco
Sinopse
Rio de Janeiro, década de 1950. Apesar de terem personalidades muito diferentes, as irmãs Eurídice e Guida têm uma relação de grande proximidade. Ambas vivem com os pais, dois portugueses muito tradicionalistas, que pouco ou nada compreendem as suas necessidades. Um dia, farta de se sentir reprimida, Guida foge de casa. Eurídice, apesar de destroçada com a partida da irmã, tenta perseguir o seu grande sonho de se tornar pianista. Com o passar dos anos, sem nunca perderem a esperança num reencontro, cada uma delas vai superando os desafios das suas vidas, sempre acreditando que o destino da outra é mais feliz.
Apresentado no Festival de Cinema de Cannes, onde ganhou o prémio "Un Certain Regard", um "melodrama tropical" realizado e escrito por Karim Aïnouz ("O Céu de Suely", "Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo"), que adapta a obra "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha. Carol Duarte, Julia Stockler, Flávia Gusmão, António Fonseca e Gregório Duvivier assumem as personagens. PÚBLICO
Críticas dos leitores
4 estrelas
José Miguel Costa
O filme "A Vida Invisivel" do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, descrito com um melodrama tropical (com o seu quê de telenovelesco e apimentado por um delicioso humor negro, acrescentaria eu), transporta-nos até ao conservador Rio de Janeiro da década de 1950 (e fá-lo com "tal verdade" que se transforma num - quase - produto cinematográfico de cariz sociológico) para narrar-nos as histórias paralelas de duas jovens irmãs inseparáveis (descendentes de uma conservadora tradicional portuguesa) que, em virtude de uma determinada ocorrência, vêem-se impossibilitadas de comunicar entre si. <br />Ambas lamentam a falta uma da outra, pelo que jamais desistirão de voltar a reencontrar-se. Todavia, e apesar de viverem geograficamente próximas (sem o saberem), tal evento tarda em ocorrer e a tristeza corroe-as lentamente, sendo as cartas que escrevem (e que nunca chegam ao seu destinatário) o único meio que encontraram para (tentar) amenizar a dor/saudade perpétua. <br /> <br />Portanto, um dramalhão de fazer chorar as pedras do calçadão (e confesso que até eu - nada dado a sentimentalismos - verti umas lágrimas no final). No entanto, tal não o esmorece enquanto produto filmico, em virtude de um competente trabalho de montagem e uma subtil/sincera gestão das emoções por parte do cineasta (que sapientemente intercala momentos de "faca e alguidar" com outros de puro "naturalismo sensual" carioca - "ajudado" pela excelente fotografia granulada, impregnada de vermelhos, azuis e verdes saturados) <br /> <br />Em suma, é um filme que se "sente", independentemente de todos os seus defeitos. Ahh e tem o Gregório Duvivier num "papel sério" (hilariante!).
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A Vida Invisivel
Helder Almeida
Belíssimo, estupendamente interpretado e dirigido. <br />Anos 50: um retrato de vidas reprimidas, mas sem perder a esperança. <br />A não perder.
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A Vida Invisivel
Helder Almeida
Belíssimo, estupendamente interpretado e dirigido. <br />Anos 50: um retrato de vidas reprimidas, mas sem perder a esperança. <br />A não perder.
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