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A Marca do Terror

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Western 78 min 1957 22/11/1998 EUA

Título Original

The Tall T

Sinopse

Um dos mais célebres westerns de Budd Boetticher, contando com o seu fiel argumentista Burt Kennedy para a adaptação de uma história de Elmore Leonard, e com o seu habitual intérprete, Randolph Scott, como pistoleiro que faz parte de um gang que sequestra uma mulher, acabando por se envolver com ela, o que provocará atritos no grupo. Um filme seco e violento à maneira de Boetticher.<p/> Texto: Cinemateca Portuguesa

Críticas dos leitores

A Marca do Terror

Fernando Oliveira

Um pequeno mas belíssimo filme, este “A Marca do Terror” é o segundo dos sete filmes realizados por Budd Boetticher e interpretados por Randolph Scott. Todos produzidos por Harry Joe Brown e quase todos, incluindo este a partir de uma estória de Elmore Leonard, com argumento de Burt Kennedy são extraordinários westerns, realizados entre 1956 e 1960 (“Sete Homens Para Matar”, este, “Entardecer Sangrento”, “Buchanan Rides Alone”, “O homem Que Luta Só”, “Westbound”, e “Comanche Station”), todos eles fascinados muito mais pela forma como o género serviu para fabricar uma mitologia, do que por essa ideia lendária da construção da América.

São filmes esvaziados dessa retórica quase romântica, mas que nessa simplicidade são absolutamente inteligentes e belos (foi mais ou menos assim que Bazin definiu outro destes sete filmes), e formalmente magníficos. Um homem e uma mulher são mantidos como reféns de um grupo de bandidos, enquanto o marido da mulher vai buscar o dinheiro do resgate pago pelo sogro, proprietário da mais rica mina da região.

O homem, interpretado por Randolph Scott, é uma daquelas personagens rudes, mas de uma intensidade cativante, marcados pela solidão com que aprendeu a conviver naturalmente, uma pessoa integra; a mulher (Maureen O`Sullivan) é de uma insegurança tremenda, casou por ter medo de ficar só; quando o marido, um vigarista e um cobarde, a “trai” vai aprender a ultrapassar essa resignação; os bandidos são consequência de vidas dramáticas, cruéis na sua estupidez, embora o seu chefe demonstre alguma sensatez, o que o torna talvez mais maligno.

São personagens que levam a estória, e o filme, a sua ambiguidade moral e exiguidade emocional, para uma ambiência violenta porque já não filma uma ideia, apenas o desconstruir dessa ideia: o western como um tempo mitológico. De um realizador tão essencial quanto esquecido, “A Marca do Terror” é um filme extraordinário. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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