A Mãe e a Puta

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Drama 192 min 1973 M/16 07/07/2022 ITA

Título Original

Sinopse

A obra mais conhecida de Jean Eustache é um filme de uma época e de uma geração, um manifesto estético que põe no seu centro a palavra.“A ternura, o prazer, a angústia, a loucura, a liberdade sexual, o sofrimento no limite do suportável. Há de tudo isto neste filme”, escreveu o crítico Jean Collet sobre "A Mãe e a Puta", uma das obras mais importantes e influentes do moderno cinema francês. Ou, como notou Alain Philippon, um filme que é simultaneamente “um grande plano sobre três indivíduos, um plano médio sobre uma micro-sociedade e um plano de conjunto sobre a sociedade francesa dos inícios dos anos setenta”. Texto: Cinemateca Portuguesa

Críticas Ípsilon

Imitação da vida

Luís Miguel Oliveira

O essencial das coisas. Ou o essencial do cinema, que vai dar ao mesmo.

Ler mais

Críticas dos leitores

A mãe e a puta

Fernando Oliveira

É uma crónica de um tempo que veio depois de um outro tempo em que uma geração sonhou e desejou uma impossibilidade: uma sociedade em que a felicidade partia da inexistência do espartilho das regras sociais e políticas, a geração que em França viveu o Maio de 68. É, assim, uma crónica de uma época de desencanto de uma geração que se descobre presa por essas regras e que, zangada, tenta preencher o vazio e confrontar as contradições das suas vidas com uma intelectualidade às vezes a roçar o absurdo, com o amor e sexo em relações que lhes fogem, instáveis.

Jean Eustache narra-a num filme longo, minimalista, planos longos e quietos, fotografia a preto-e-branco, onde o peso das palavras e a confusão afectiva e sentimental de Alexandre (Jean-Pierre Léaud), Veronika (Françoise Lebrun) e Marie (Bernadette Lafont) são o testemunho desse desconforto.

O que é estranho, mas muito estimulante, em “A mãe e a puta” é a desordem causada pelo conflito entre a ambiência quase literária das palavras e a procura de sentir o fluir da vida; parecem e são personagens romanescas, mas que o Cinema de Eustache puxa para a realidade, ou que o real “exige” para si. Uma troca entre o Cinema e o que é a vida.
Um filme triste mas muito belo, um testemunho marcante, um filme para “ver” e “ler” como um poema.

Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!