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A Ilha dos Silvos

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Crime, Comédia 97 min 2019 M/12 09/01/2020 ROM, FRA, SUE, ALE

Título Original

La Gomera

Sinopse

<div>Cristi, inspector da polícia de Bucareste (Roménia), trabalha simultaneamente a favor da lei e contra ela. E é como representante da máfia do seu país que faz uma viagem até La Gomera, a mais antiga das sete ilhas Canárias, para aprender uma "língua assobiada", onde cada silvo corresponde a uma letra, permitindo uma comunicação secreta. O objectivo é libertar Zsolt, um mafioso romeno apanhado pelas autoridades espanholas, que é também o único a conhecer o local onde estão escondidos 30 milhões de euros. </div><div>Apresentada no Festival de Cinema de Cannes, uma comédia policial sobre mentira, corrupção e várias formas de manipulação, realizada pelo aclamado realizador romeno Corneliu Porumboiu ("12:08 A Este de Bucareste", "Quando a Noite Cai em Bucareste ou Metabolismo", "Tesouro"). Vlad Ivanov, Catrinel Marlon, Rodica Lazar, Agustí Villaronga e Cristóbal Pinto assumem os papéis principais. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Anatomia de um assobio

Luís Miguel Oliveira

Uma frieza quase “metálica” e uma auto-indulgência perante a construção narrativa que não têm o mesmo poder de interpelação dos melhores filmes de Porumboi

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

<p>Corneliu Porumboiu, um dos representantes máximos do Novo Cinema Romeno (que já me encantou - e muito - com "12:08 a Este de Bucareste, e não tanto com os posteriores "Quando a Noite Cai em Bucareste ou Metabolismo" e "Tesouro"), na sua nova obra, "A Ilha dos Silvos" (uma coprodução franco-alemã com o título original de "Whistlers"), decidiu enveredar no domínio (que não lhe é habitual) da comédia policial noir. </p><p> Apesar de contemplar todas as convenções deste género clássico (não lhe faltando sequer a femme fatale), tenta desconstruí-lo através do recurso a um humor (demasiado) seco/formal (que resulta, não poucas vezes, algo absurdo) e a uma estrutura narrativa dividida por capítulos não lineares em termos temporais (pelo que apenas vamos apreendendo o enredo - explanado em "modo puzzle" e apostando numa teia de "engodos" ao espectador - à medida que a acção - lenta e pouco tensa - evolui). <br /> <br />A película é prejudicada pela nula afabilidade carismática que o cineasta decidiu impor ao seu protagonista (Cristi, um policia corrupto de Bucareste que viaja para uma ilha das Canárias, com o objectivo de aí aprender uma lingua ancestral assobiada, que irá servir como código entre os membros de uma quadrilha criminosa - com a qual está envolvido - aquando da tentativa de extração da prisão de um dos seus lideres); bem como pela excessiva ausência de "espalhafato estilistico" (a circunspecção em demasia acaba por retirar-lhe "vida"). <br /> <br />Verdade que Porumboiu "não se leva a sério" propositadamente, tal como também é de inteira justiça valorizarmos o cinismo das mensagens que "esconde nas entrelinhas" e a inserção de cenas (hilariantes) que recriam clássicos policiais (por ex., o "Psico"), mas ... </p>
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Bom filme

Jorge Nunes

Uma ideia algo surpreendente, bem conseguida e com bom elenco. A utilização de vários idiomas é um espelho da Europa atual pelo que encaixa bem no filme.
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