//

A Besta

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Drama 146 min 2024 M/14 27/06/2024 FRA

Título Original

Sinopse

Um drama de ficção científica que decorre em três períodos distintos: nos anos 1910, 2014 e 2044. Em 2044, Gabrielle (Léa Seydoux) vive num mundo gerido pela inteligência artificial, onde existe uma tecnologia que permite aos seres humanos purificarem o seu ADN.

Regressando às suas vidas anteriores, as pessoas tornam-se capazes de curar traumas herdados ao longo dos séculos e purgar as suas emoções, de modo a que interfiram o mínimo possível nas suas acções actuais. Ao aceder passar por essa experiência, Gabrielle mergulha em duas existências passadas, cruzando-se com Louis (George MacKay), um homem que ela amou intensamente.

Estreado na 80.º edição do Festival de Cinema de Veneza e apresentado no IndieLisboa, tem realização de Bertrand Bonello (Apollonide - Memórias de Um BordelSaint LaurentA Criança Zombie), que co-escreve o argumento com Guillaume Bréaud e Benjamin Charbit. PÚBLICO

Críticas dos leitores

Just do it!

Maria

Que filme extraordinário! Descrevem-no como uma adaptação muito livre da novela de Henry James, "A fera na Selva", mas a essência está toda lá: um homem atormentado pela sensação de que algo horrível lhe irá acontecer, a ele e à pessoa que estiver com ele, acaba por nunca se entregar, quando, na verdade, a catástrofe que tentava evitar era justamente a que cometeu: desperdiçar o amor de uma pessoa boa e a própria vida, com receio do que poderia acontecer.

Um ar de tragédia grega num setting (não assim tão) futurista. Claro que há outras complexidades e níveis de profundidade (além da excelência e originalidade da realização, a impecável actuação, etc.) que tornam este filme imperdível, mas esta questão filosófica foi o que me tocou mais.

Continuar a ler

4 estrelas

José Miguel Costa

Num elegante e asséptico futuro (não tão longínquo) pós-apocalíptico, gerido integralmente pela inteligência artificial, 60 % da população encontra-se desempregada (não, não se trata de um filme cariz social!).

Um requisito básico para ingressar no mercado de trabalho, sobretudo nos cargos ligados ao Estado, é a total ausência de emoções (que são percepcionadas como uma ameaça).

Desta forma, as pessoas para atingirem o estado ideal de apatia, e consequentemente serem consideradas aptas para laborar, submetem-se a um procedimento cirúrgico que tem por objectivo "limpar o ADN" de qualquer vestígio de "maleita emocional".

No decorrer deste processo, os pacientes, por norma, recordam-se das memórias das suas vidas passadas. É desse modo que a protagonista (uma transcendente Léa Seydoux) descobre que os seus anteriores "eus" tiveram uma paixão assolapada (que, todavia, nunca chegou a "vias de facto") pelo alegado desconhecido (George Mackay) que encontrou casualmente sala de recepção do "edificio hospitalar".

Grosso modo, é este o mote do filme "A Besta" (realizado e co-escrito pelo francês Bertrand Bonello), uma surrealista distopia futurista (com um agradável cheirinho a David Lynch), cuja inteligente estrutura narrativa tripartida em fragmentos temporais (anos de 1910, 2014 e 2044) não lineares navega por diversos registos cinematográficos (drama romântico de época - filmado em formato 35 mm-, ficção científica e thriller).

Continuar a ler

Obra prima

Lucas

Que maravilha de filme. Tudo o que é belo no cinema clássico e tudo o que é fresco no contemporâneo. 5 estrelas.

Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!