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Táxi de Jafar Panahi

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Drama 82 min 2015 M/12 09/07/2015 Irão

Título Original

Taxi

Realizado por

Sinopse

<div>Preso pela primeira vez em Julho de 2009, Jafar Panahi teve o passaporte apreendido e foi proibido de sair do Irão. Preso novamente em Março de 2010, ficou encarcerado em Evin, Teerão, até finais de Maio, saindo sob uma fiança de 145 mil euros; em Dezembro desse mesmo ano, foi condenado a seis anos de prisão e vinte anos de proibição de filmar ou de sair do país por, alegadamente, fazer “filmes críticos do regime”. Agora, neste falso documentário que decide fazer apesar das restrições legais que lhe foram impostas, Jafar Panahi instala uma câmara dentro de um táxi e segue pelas ruas de Teerão. À medida que vai encontrando clientes e os conduz ao destino, vai encetando conversa. Os assuntos abordados vão criando uma espécie de mosaico da sociedade iraniana e abrangem vários temas, desde a política nacional, os costumes locais ou mesmo a liberdade de expressão no Cinema.</div><div>Estreado no Festival de Cinema de Berlim em Fevereiro de 2015, “Taxi” recebeu o Urso de Ouro e o prémio Fipresci (atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema). Na ausência do realizador em Berlim, impedido de sair do Irão, foi a sobrinha (que também aparece no filme) quem subiu ao palco, emocionada, perante a distinção oferecida a Jafar Panahi. PÚBLICO</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

O condutor clandestino

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Taxi

João Wemans

Jafar Panahi filma de forma fluida a "normalidade" do dia a dia enclausurado e tóxico da vida sob um regime fundamentalista. Com enorme economia de meios, consegue, de forma extraordinariamente eficiente e eficaz, dar-nos em meros 82 minutos uma visão caleidoscópica de como vários dos estratos da sociedade iraniana vivem/sobrevivem na actualidade. Filme de enorme sensibilidade humana e bom gosto. A não perder.
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Taxi

Maria Fátima Nunes

Mais um desafio e uma prova de coragem de Jafar Panahi num país onde o cinema não pode representar o «real sórdido»... <br />Um filme sobre o cinema, as condições de produção de um filme, sobre a sociedade iraniana ...
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5 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Jafar Panahi está proibido de sair do Irão, bem como de filmar durante um período de 20 anos, isto após já ter cumprido pena de prisão por realizar filmes que o regime dos ayatolas considera subversivos. Todavia, os amantes da liberdade de expressão não se deixam intimidar e, como tal, mais uma vez, lá "arregaçou as mangas" (nem sei se tal é permitido no país), pegou num táxi (que o próprio conduz, assumindo, deste modo, o estatuto de "protagonista" - quer dizer ... no fundo, quem aqui representa esse papel é o povo, ele é "apenas" o cicerone) e numa micro-câmara, que "simplesmente" instalou no tablier e presenteou-nos com CINEMA (e nem foi necessário sair do veiculo, mostrando-nos um retrato sócio político da sociedade contemporânea através das suas janelas e das histórias dos passageiros que vai transportando ao longo do seus trajectos por Teerão). <br /> <br />Num estilo quase documental pouco convencional (que brinca constantemente com as fronteiras entre a realidade e ficção, num autêntico "jogo de espelhos"), intimista, simples/"leve", irónico e divertido (sem nunca deixar de colocar o dedo nas muitas feridas que corroem o sistema - nomeadamente, a asfixia cinematográfica) Jafar dá-nos uma lição de vida com o seu constante sorriso e, não menos importante, leva-nos a reflectir sobre os queixumes pelos probleminhas que nos apoquentam. <br /> <br />Isto é verdadeiro activismo cinematográfico, mesmo sem o ser verdadeiramente.
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