<div>Preso pela primeira vez em Julho de 2009, Jafar Panahi teve o passaporte apreendido e foi proibido de sair do Irão. Preso novamente em Março de 2010, ficou encarcerado em Evin, Teerão, até finais de Maio, saindo sob uma fiança de 145 mil euros; em Dezembro desse mesmo ano, foi condenado a seis anos de prisão e vinte anos de proibição de filmar ou de sair do país por, alegadamente, fazer “filmes críticos do regime”. Agora, neste falso documentário que decide fazer apesar das restrições legais que lhe foram impostas, Jafar Panahi instala uma câmara dentro de um táxi e segue pelas ruas de Teerão. À medida que vai encontrando clientes e os conduz ao destino, vai encetando conversa. Os assuntos abordados vão criando uma espécie de mosaico da sociedade iraniana e abrangem vários temas, desde a política nacional, os costumes locais ou mesmo a liberdade de expressão no Cinema.</div><div>Estreado no Festival de Cinema de Berlim em Fevereiro de 2015, “Taxi” recebeu o Urso de Ouro e o prémio Fipresci (atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema). Na ausência do realizador em Berlim, impedido de sair do Irão, foi a sobrinha (que também aparece no filme) quem subiu ao palco, emocionada, perante a distinção oferecida a Jafar Panahi. PÚBLICO</div><div><br /></div>