Lavagante
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ver sessõesUma história de amor em plena ditadura salazarista, num tempo marcado pela censura, pelas perseguições políticas, pelas prisões arbitrárias e pela revolta estudantil do início da década de 1960.
Produzido por Paulo Branco, este drama realizado por Mário Barroso ("O Milagre Segundo Salomé", "Um Amor de Perdição", "Ordem Moral") tem argumento de António-Pedro Vasconcelos (1939-2024) e inspira-se livremente na obra homónima de José Cardoso Pires (1925-1998). No elenco destacam-se os actores Francisco Froes, Júlia Palha, Nuno Lopes, Leonor Alecrim, Diogo Infante e Rui Morisson. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
O Lavagante de José Cardoso Pires numa adaptação feliz
Depois da morte de António-Pedro Vasconcelos, Mário Barroso assume com sucesso a missão de adaptar o texto do escritor. Cardoso Pires nasceu há 100 anos.
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Críticas dos leitores
Lavagante
Fernando Oliveira
“Lavagante” é uma novela de José Cardoso Pires publicada em 2008, dez anos após a morte do autor. Agora, no centenário do seu nascimento, é um belo filme de Mário Barroso a quem Paulo Branco pediu para pegar no argumento ainda escrito por António-Pedro Vasconcelos.
Neste melodrama que resvala inevitavelmente para o trágico, a história que no livro é contada no pós-guerra é mudada para o início dos anos sessenta, as revoltas estudantis e a sua repressão, o começo da guerra nas colónias, a censura e as perseguições politicas, os ambientes tristes, melancólicos, “envenenados” por tudo isto.
E é muito bela, mesmo na sua tristeza, a forma como o realizador entrelaça a história de amor entre um médico antifascista e uma jovem estudante universitária vinda da burguesia rural do norte e o “caminhar” da história do país. Sabe agarrar o ar do tempo e das gentes que o habitavam. É por isso muito inteligente a escolha de uma fotografia a preto-e-branco que prende os personagens ao cinzento do dia-a-dia, que lhes sublinha o medo e a descrença. E também porque a História desses anos é-nos contada a preto-e-branco: são quase todas assim as imagens que dele temos.
E depois há as rimas entre a história de Daniel e Cecília (os amantes) e os arrebatamentos operáticos da “Tosca” de Puccini ou a melancolia do fado; entre os estremecimentos da sua paixão e a violência das ondas do mar. E há as palavras, tanto nos diálogos em que Daniel e Cecília se enamoram, de sedução, como na forma como a história nos é contada, a narração dentro da narração que nos traz à memória o film noir clássico americano, o balancear entre a verdade e o que a memória recria.
E os actores estão todos muito bem: Francisco Froes e Júlia Palha, ela muito bem como uma mulher suavemente misteriosa e com uma sensualidade “distante” que a põe em perigo pelo desejo dos homens (outra vez o noir); Nuno Lopes e Leonor Alecrim, como os amigos, cúmplices na luta contra o regime, testemunhas desta história; e Diogo Infante, como o inspector da PIDE que deseja Cecília, um homem que sabe sem dúvidas que é ele que detém o poder.
Mário Barroso, que também é o responsável pela fotografia, dá ao filme uma intensidade perturbante, pinta os detalhes da época com inteligência e, acima de tudo, sabe sublimar aquele amor como se contado numa ópera. Como na “Tosca”. Porque no fim os destinos de Tosca e Cecília abraçam-se. É um filme muito triste, mas é também muito bom Cinema. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
Era Tudo Tão Cinzento!
J.F. Vieira Pinto
Verdade para quem viveu aqueles tempos… Com “segurança” e podre harmonia. O vizinho do lado podia espancar a mulher “à vontadinha” que, mesmo que a polícia fosse chamada, diriam com um irritante à vontade: “Entre marido e mulher, não metas a colher”.
Mas não é sobre a classe baixa pobre e analfabeta que este excelente filme nos fala; não sobre o “povão” de chapéu e garrafão de 5 litros - que não podia faltar, nas excursões de “camioneta” à capital, por exemplo. Havia uma classe média “dominante” e, é dessa que o filme nos fala. No fim de contas, ainda haviam pessoas “de bem”. Estas, sufocadas pelo clima cinzento que a todos tocava.
O filme segue um olhar mais cinematográfico - e bem -, transferindo para o espectador uma visão mais “noir”, sem deixar de ser um pouco “formatado”, o que o torna um produto, digamos assim, “Hollywoodesco” beneficiando a narrativa e, provavelmente uma maior projeção mundial.
Estávamos a precisar de um filme com este arcaboiço para “documentar” o pré 25 de Abril. Que dizer da excelente interpretação da Júlia Palha. Do extraordinário Francisco Froes. Não tanto do Nuno Lopes, que (lamento ter de dizer isto) tem algumas “falas” imperceptíveis”!…A personagem deste (bom ator) é um pouco “fake” que, contudo, não afeta o todo, incluindo o “pidesco” Nuno Infante, cuja personagem faz tudo (abuso de poder), para reconquistar a mulher que, secretamente ama. A ver e rever sem desculpas. (****)
O Lavagante
António Gomes
Um filme imperdível. Um drama magnificamente bem contado. Uma montagem fantástica. A música não conseguia ser melhor.
Lavagante
Maria Jose fernandes dos Santos
Filme riquíssimo quer pela caracterização da época Salazarista, quer pela interpretação exímia das personagens. Filme belíssimo. Actores muito bem escolhidos... e de uma excelente fotografia. Veria este filme uma segunda vez pois tem muitos pormenores de realização e de interpretação...
Lavagante
Richard Freuis
Uma bela história contada a preto e branco (que boa opção!), com óptimos actores, belo ritmo e fantásticos close-ups em bom ritmo! Adorei. Parabéns!
Esplendoroso: 4*
Martim Carneiro
Esplendoroso: 4* Um filme que deverá entrar directamente para os clássicos imemoriais do cinema português. Filmado sobretudo pela captação em close-up da alma e interioridade dos personagens. Não poupando nas palavras: Júlia Palha: um assombro! Francisco Frois: portentoso! Diogo Infante: que talento! Nuno Lopes: impressivo! Realização e fotografia de altíssimo nível. Banda sonora grandiosa. Faz jus à memória de António-Pedro Vasconcelos! Cinema de Qualidade.
Lavagante
Helena Costa
Belíssimo filme português. Emocionei-me imenso. Os actores são soberbos, a imagem é soberba, a música (do Laginha) é também ela soberba. Saí com o coração nas mãos. Aconselho fortemente, sobretudo àqueles que tendem a desprezar o cinema português. Irei rever certamente.
Lavagante
Maria Gonçalves
Excelente interpretação. Merecida homenagem a António Pedro Vasconcelos e a José Cardoso Pires.
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