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O Milagre Segundo Salomé

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Drama 105 min 2004 M/12 13/05/2004 POR

Título Original

O Milagre Segundo Salomé

Sinopse

Portugal, 1917. O país vive uma grande agitação política e social e diz-se que em Fátima a virgem apareceu a três pastorinhos. Salomé, uma jovem vinda da província, é uma das muitas raparigas que animam um dos mais conhecidos bordéis de Lisboa, mas é uma rapariga tão especial que um dia um banqueiro convida-a para viver em sua casa e apresenta-a à alta sociedade de Lisboa. Mas o seu passado não deixará de a perseguir e Salomé, que pensava que este seria para ela o começo de uma nova vida, vai afinal acabar por perder tudo ao tornar-se personagem involuntária desse milagre que então agitou o país... <br/> "O Milagre segundo Salomé" é a primeira longa-metragem do realizador Mário Barroso, a partir da obra homónima de José Rodrigues Miguéis, com diálogos de Carlos Saboga. O filme tem música de Bernardo Sassetti e Ana Bandeira, uma estreante, como protagonista à frente de um elenco de luxo que conta com Nicolau Breyner, Margarida Miranda, Margarida Vilanova, Ricardo Pereira, Paulo Pires, Filipe Duarte e Ana Padrão nos principais papéis.<p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

É proibido perder

Mário Jorge Torres

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Sobriedade e bom senso

Luís Miguel Oliveira

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O Milagre Segundo Salomé

Vasco Câmara

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Na Terra do Meio do cinema português

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

Viva o cinema português!

Maria do Carmo

Num período em que por todo o lado se ouve "Força Portugal!" a propósito das mais variadas coisas, este "grito/apelo" deve estender-se ao cinema português, através deste filme. A continuar assim, de uma forma sistemática, o cinema português contará, certamente, com muito mais espectadores. "O Milagre Segundo Salomé" é um filme bem feito, bonito e agradável de se ver. Os meus aplausos vão para a realização e todas as interpretações, sem excepção. "O Milagre Segundo Salomé" é um filme de que nos podemos orgulhar enquanto portugueses e que pode, e deve, ser levado aos "quatro cantos do mundo", hasteando a nossa bandeira, como quem grita: "(Força Portugal!) Viva o Cinema Português!"
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Brilhante!

FJForte

Foi com emoção que assisti e saí da sala, e é com emoção que escrevo sobre este brilhante filme português, que prova, sem dúvida, que o cinema português pode criar uma indústria (no melhor sentido que indústria pode ter - uma arte de labor, com meios próprios e público próprio) quando se conjugam os factores que contribuem para esse fim, como se conjugam, de forma extraordinária, para criar um dos mais belos filmes portugueses dos últimos tempos. A realização de Barroso é brilhante: transporta-nos para uma brilhante e credível reconstituição de época, que para além das personagens nos apresenta o quadro social, político e religioso, eloquentemente e através de algumas cenas muito bem escritas. <br/>A realização dá-nos uma narrativa escorreita e clara, sem desperdícios de tempo em cenas inúteis e tem toques de um classicismo notável, sem roçar o ultrapassado ou "kitsch", como os brilhantes grandes planos de alguns actores, nomeadamente da protagonista. A fotografia é líndissima, e, pese embora ou apesar da questão do milagre (que me parece que não chega a ser tese, é antes uma hipótese entre tantas outras), o filme resulta como belo, credível e de uma elegância belíssima, mesmo nas cenas mais arriscadas ou que poderiam cair no mau gosto, o que nunca acontece. <br/>Quanto aos actores, comovi-me e comovo-me cada vez que penso neste filme, pois todos eles, sem excepção, são brilhantes, até nas participações secundárias. Aliás, outra arte do filme é ter acertado em cheio no elenco: cada actor dá vida a um personagem de forma absolutamente credível e irrepreensível. Aqui podemos ficar com a renovada certeza de que temos entre nós um dos maiores actores vivos do mundo, Nicolau Breyner; Paulo Pires mostra igualmente que tem um grande talento como actor, indo muito além, para nossa felicidade, da imagem pura dos modelos que, infelizmente, hoje em dia são contratados para fazerem de actores, limitando-se muitos deles, e mal, a fazer de eles próprios; a protagonista é uma belíssima surpresa e surge-nos como uma brilhante intérprete; e pelos olhos e coração dentro entra-nos outra enorme actriz, Margarida Vila-Nova, inesquecível também, e as renovadas confirmações de Ana Padrão, outra grande actriz, e Ricardo Cerqueira, que se confirma aqui como um brilhante actor da mais jovem geração, tudo se conjugando numa história que nos entra pelos olhos e pelo coração dentro, para ficar. E todos os actores, incrivelmente, estão fisicamente certos e adaptados aos seus papéis. Todos os portugueses deviam ver este filme. E espero que esta obra de arte seja vista no estrangeiro. Gostei muito, muito mesmo.
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Uma lufada de ar fresco

Fernando Bento Ribeiro

Três estrelas, sinceramente, parece-me o mínimo que se pode dar a este bom filme. É sem dúvida uma óptima oportunidade para se ficar a gostar deste realizador português e de se poder criar um "mercado" de cinema português (espero que a RTP o passe em horário nobre!). O filme é uma lufada de ar fresco e consegue uma proeza inédita: fornece duas magníficas actrizes - Ana Bandeira e Margarida Vilanova - e apresenta actores de telenovela e/ou teatro sem os tiques de origem e nada afectados. Como diz LMO ou MJT é um filme tecnicamente irrepreensível. E eu acrescento: com uma representação solta e "vera" e o melhor som que ouvi até hoje no cinema português! Parabéns a Mário Barroso e ao Cinema.
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Uma pelicula de referência

Luis Palma Gomes

Confesso que tenho um fraquinho por adaptações cinematográficas de livros. Contudo este filme ultrapassa tudo o que tenho visto no cinema português. Talvez seja o melhor filme português que eu já vi. A adaptação de uma história mítica foi muito bem conseguida, A ficção cruza-se com um facto histórico e provoca uma auréola de magia. A fotografia, a realização, os actores, os costumes, cenários, enfim, é díficil encontrar defeitos nesta obra. Quanto ao Nicolau Breyner, está cada vez melhor. Tomou balanço nos "Imortais" e confirmou aqui toda a sua pujança. Não o deixem parar, é um desperdício.
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Um filme muito bonito

Paula Guedes

Adorei este filme, do melhor que já vi em termos de cinema português. Aconselho a toda a gente!
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Português do bom

Filipe Castro

Cinema português é quase sempre sinónimo de uma enorme sensaboria. Imagens paradas, actores que declamam, fio narrativo desligado, etc. Pois bem, temos neste "Milagre..." um exemplo de como é possivel fazer cinema português com muita qualidade. Os aspectos positivos foram muitos, mas gostaria de destacar apenas a fantáastica interpretação da maioria dos actores (principais e secundários). Exemplos? Paulo Pires, Breyner, Bandeira e toda a panóplia de secundários que deram uma vida fantástica ao filme. Só é pena que os críticos do PÚBLICO, mais uma vez, não pontuem devidamente um filme que cumpre a missão primordial do cinema, só lhe tendo atribuído duas estrelas. Parabéens Mário Barroso.
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Nem muito bom nem mau

A. J.

Se houve partes do filme que achei muito boas - a fotografia, a banda sonora (apesar de poder estar montada de outra maneira), os adereços e algumas algumas partes do filme entusiasmam - continua a haver alguns grãos de areia que tornam este filme um filme português (passe a expressão de mau-gosto). Penso que os actores Ana Bandeira e Ricardo Pereira, mais ela do que ele, não têm estofo para representar a história de amor que é o tema principal do filme. Ou será que foram mal dirigidos? A parte final achei ridícula, parecia mau teatro (ou a típica escola de actores portuguesa). "Cheira a queimado... são as brasas... adoro o cheiro do carvão queimado..." É de rir... De qualquer maneira, gostei da parte de todos os outros actores. Acho que, se calhar, até havia melhores actores no elenco para os papéis principais. Caras larocas não são necessariamente bons actores.
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Que Salomé!

V. Guerra

Um filme feito com bastante cuidado, que encaixaria bem em qualquer cinematografia. Argumento curioso que nãO é certamente aceite pelos sectores mais conservadores. Há muito que não saia tão bem-disposto com um filme português. Mais um milagre da Salomé...
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