O Rei do Riso

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Biografia, Drama 133 min 2021 M/12 05/05/2022 ITA, ESP

Título Original

Qui rido io

Sinopse

Itália, inícios do século XX. Eduardo Scarpetta (Toni Servillo) é uma lenda da comédia napolitana. Mas, quando parodia “La Figlia di lorio”, uma tragédia da autoria de Gabriele D’Annunzio, um dos mais importantes poetas italianos da época, as coisas começam a correr mal. Após a estreia ser interrompida por espectadores descontentes, Scarpetta acaba por ser processado por plágio pelo próprio D’Annunzio, entrando numa longa e complexa batalha legal.
Seleccionado para competição no Festival de Cinema de Veneza – onde recebeu os prémios Pasinetti de Melhor Actor (Toni Servillo) e o La Pellicola d’Oro para Melhor Guarda-Roupa (Tirelli Costumi) –, um filme biográfico sobre Eduardo Scarpetta (1853-1925) que, com a sua divertida personagem Felice Sciosciammocca, era visto como um dos mais carismáticos actores e encenadores italianos dos finais do século XIX e princípios do XX. A realização é da responsabilidade de Mario Martone, que escreve o guião em parceria com Ippolita Di Majo. PÚBLICO

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A comédia é a vida

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

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Nazaré

Genial retrato duma encruzilhada famosa por que passou uma figura maior do teatro cómico napolitano. A cena final mostra-nos a que ponto ele estava acima de todos os outros. Mas outra, com os criados, mostra também a solidão de estar no topo. Interessante saber que um dos descendentes de Scarpetta está no elenco. A dinastia continua. Mas a grandeza só acontece uma vez, diria...

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3 estrelas

José Miguel Costa

"O Rei do Riso", do realizador Mario Martone, é um filme de época cómico, de cariz biográfico, que recua até à Nápoles de 1900 para homenagear a Comemedia Deel'Art (teatro de paródia popular) e mais concretamente o seu representante maior, o dramaturgo e actor Eduardo Scarpetta, uma excêntrica estrela (mal amada pela elite intelectual e idolatrada pelo povo) que à data esgotava salas de espectáculo por toda a Itália. <br /> <br />A pelicula, que adopta o registo "brejeiro" que caracteriza tal subgénero teatral (opção que inicialmente até seduz, mas que gradualmente se torna monótona, e quase massacrante, pelo constante tom histriónico), incide sobretudo sobre o período da sua vida em que foi alvo de um processo judicial interposto pelo poeta D'Annunzio, por alegado plágio de uma das suas obras (pelo que, a partir de determinado momento, a obra também se transforma numa espécie de "filme de tribunal" que disserta sobre os limites artisticos/censura da paródia). <br /> <br />Para além da excelente reconstituição de época, a mais valia deste filme advém da prestação de um elenco solidamente homogéneo, o que não impede que Toni Servillo ("o mais que tudo" do realizador Sorrentino) brilhe acima dos restantes colegas (o que lhe valeu o prémio de melhor actor no Festival de Veneza) na soberba encarnação do idiossincrático Scarpetta (um individuo excessivo, narcisico, contraditório e mulherengo - com múltiplos filhos ilegitimos, não reconhecidos, com a irmã e a sobrinha da sua mulher, embora tal fosse pacificamente aceite por todos, inclusive, a "chifruda").
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