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O Odor do Sangue
Título Original
L' Odore del Sangue
Realizado por
Elenco
Sinopse
Carlo (Michele Placido) está dividido entre a mulher, Sílvia (Fanny Ardant), com quem vive em Roma, e Lu, a jovem amante, com quem se encontra na província. Carlo aceita que Silvia seja cortejada por outros homens, mas quando ela lhe conta que um jovem rapaz a seduziu com a sua virilidade e juventude, ele fica obcecado. Sílvia parece estar cada vez mais prisioneira deste amante misterioso, o que aumenta a obsessão de Carlo e transtorna a sua relação com Lu. <p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
O perigoso jogo das emoções
Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
Carlo (Michele Placido) é um escritor na casa dos 50 que divide a sua vida entre um apartamento em Roma, partilhado com a sua mulher Silvia (Fanny Ardant), directora de uma galeria, e uma casa no campo, partilhada com Lù (Giovanna Giuliani), a sua jovem amante. Carlo e Silvia vivem, de comum acordo, uma relação sem exclusividade onde a sinceridade impera. Mas o aparente equilíbrio desta cumplicidade agrava-se quando Silvia anuncia a Carlo que também ela arranjou um amante mais jovem. A curiosidade de Carlo sobre esta personagem, que assume um papel cada vez mais importante na vida de Silvia, acaba por ocultar um ciúme que ele próprio não consegue controlar. A adaptação do livro de Goffredo Parise por Mario Martone é marcada por uma tensão contínua entre personagens cuja crueza verbal e física oculta um profundo medo de perder, e cuja cumplicidade se vai gradualmente transformando num jogo de massacre. De uma forma possessiva e masoquista, Carlo tenta esmiuçar os detalhes da relação de Silvia, num caminho que se adivinha destrutivo.<BR/><BR/>"L’Odore del Sangue" poderia ter sido um resultado interessante se Martone tivesse conseguido fazer com que nos interessássemos verdadeiramente por estas almas torturadas. Apesar dos fortes actores, somos mantidos demasiado longe das angústias e ansiedades deste casal. O ritmo lento da narrativa também não ajuda.<BR/><BR/>Nem sempre o racional e o emocional convivem pacificamente no seio de uma relação. E é preciso especial cuidado quando se mudam as regras do jogo. Mas a pior das ilusões é quando nos mentimos a nós próprios sobre os nossos desejos e sobre os nossos medos. Valerá a pena destruirmo-nos a nós mesmos para preservar o amor? Nota: 4/10.
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