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Karate Kid
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Dre Parker (Jaden Smith) é um adolescente americano que se vê subitamente deparado com a decisão da mãe de ir morar para Pequim, na China. Apesar de todas as dificuldades iniciais de adaptação ao país e à língua, ele rapidamente descobre, através de Mei Ying (Wenwen Han), que a China é um lugar onde pode ser feliz. Mas a sua vida complica-se quando Cheng (Zhenwei Wang), o brutamontes da escola que também está apaixonado por Mei, decide persegui-lo. Será com a ajuda do mestre Han (Jackie Chan), que secretamente lhe ensinará a arte do Kung Fu, que Dre vai conseguir vencer o preconceito e ganhar o respeito dos colegas de escola...<br /> Realizado por Harald Zwart ("A Pantera Cor-de-Rosa 2", "Cody Banks - Agente de Palmo e Meio") é a aventura mais recente da saga "Karate Kid", agora com Jaden Smith e Jackie Chan a substituir a famosa dupla Ralph Macchio e Pat Morita. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Karate Kid, versão mais jovem
Fernando Costa
“Karate Kid” é o “remake” do filme com o mesmo nome de 1984. A personagem principal (no filme original interpretada por Ralph Macchio) é agora interpretada por um actor afro-americano Jaden Smith (que é filho de Will Smith), a personagem de Pat Morita é agora de Jackie Chan e Los Angeles é agora Pequim. Dre Parker, um pré-adolescente de 12 anos, muda-se com a sua mãe para a China por motivos de profissionais da mesma e vê-se envolvido em confrontos com crianças locais que são conhecedores do “Wushu” (“artes marciais” em língua chinesa). Para se defender pede ajuda ao homem da manutenção do seu prédio que o treina (a personagem de Chan). Vê-se desde o inicio quais são os objectivos deste novo “Karate Kid” – é um filme que pretende fazer os espectadores “passar um tempo agradável” na sala de cinema. Esta versão, onde a personagem principal é tornada mais jovem, é sem dúvida mais familiar que a versão original e é dirigida a um público-alvo mais vasto (não principalmente dirigida aos adolescentes, o público-alvo do filme original). O “remake” espera trazer ao cinema, para além dos que viram o filme na época (a maioria dos quais são agora pais), um público jovem com um espectro de idades mais alargado. A partir daí tudo está condicionado ao “politicamente correcto”. “Karate Kid” não ofende (anda longe disso) e se segue de perto o argumento do primeiro filme a película opta por não fazer uma "cópia conforme" das cenas mais famosas do filme original e usa essa escolha como fonte adicional de humor provocando o espectador conhecedor do filme original. É claro que a proximidade ao argumento original traz perplexidades – p.e. se a ideia de um “sensei” americano que distorce a ideologia do karaté até é aceitável parece mais improvável que isso possa acontecer em plena Pequim onde o “Kung Fu” tem as suas raízes. Além disso e de não sermos apreciadores do tom mais infantil do filme o que de facto não conseguimos entender é porque precisa esta película de ter 140 minutos de duração para contar algo que se poderia contar em muito menos tempo (já foi feito aliás, o original tinha 13‘ a menos). Esta nova versão de “Karate Kid” é uma espécie de versão “Disney” do original e se é inegável que contém algumas cenas interessantes (é hilariante um grupo de crianças a tentar dar uma “tareia” a Chan…) e um tom que não é desprovido de charme humorístico a verdade é que é tudo mais “polido” e longo que o original e isso aborrece… O filme não tem evidentemente o apelo dramático do filme de 84 por muito que o original não fosse uma obra-prima cinematográfica. Relativamente aos actores, Jaden Smith cumpre o papel interpretando uma criança ao mesmo tempo “sweet”, combativa e “cool” como convém e acaba por passar, pela sua presença e espírito, o seu primeiro grande teste no grande ecrã; Taraji P. Henson no papel da mãe de Dre (aqui infinitamente abaixo das suas possibilidades) quase faz de figura decorativa interpretando uma figura materna agradável (mesmo tendo mais tempo no ecrã do que a mãe do filme original arriscamos a dizer que a sua relevância pode quase resumir-se ao mote inicial com a decisão de mudança de país); Chan, quem apreciamos mais que Morita, acaba neste contexto por se enquadrar perfeitamente no tom mais humorístico e menos dramático desta nova versão conseguindo adequar a personagem (muito menos “séria” que a personagem original) e prova ter sido uma boa decisão de "casting". “Karate Kid” é um filme que vai agradar a quem não procura mais no cinema do que passar algumas horas de “entretenimento bem-disposto” (e nesse sentido o filme cumpre o seu propósito). Se pelo contrário o que o distraí é ver bom cinema existem melhores escolhas...* 1,5/5
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