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Marie Antoinette

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Drama 123 min 2006 M/12 19/10/2006 EUA

Título Original

Sinopse

Versão pop de Maria Antonieta, a rainha francesa que subiu ao trono adolescente e acabou odiada pelos franceses e condenada à guilhotina. Com Kirsten Dunst como protagonista, Sofia Coppola, que se inspirou na biografia da historiadora britânica Antonia Fraser, pinta o retrato da jovem rainha de origem austríaca que encontra em França um universo frívolo e hostil. Mal-amada, ultrapassada pelos deveres reais, Maria Antonieta reinventa o seu próprio mundo, longe da realidade do país, o que a torna ainda mais impopular junto do povo. Condenada à morte, morreu na guilhotina a 16 de Outubro de 1793. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

Sexo, champagne e rock and roll

NHB!

Doze horas depois e em plena ressaca sinto-me mais preparado para falar sobre o filme de S. Coppola. Confesso que me incomodou, e muito, a lentidão e falta de ritmo do filme. Acabei mesmo por sair da sala a perguntar-me o que é que este filme trouxe de novo? Ao fim ao cabo nada, o filme é simplesmente genial na forma inovadora como mistura por exemplo música "fora de época" com música barroca. E neste capitulo Sofia Coppola é imparável, tenho a certeza que ela escolhe previamente as músicas que quer colocar no filme e depois faz um esquema de pos-produção onde escolhe as cenas e as partes exactas onde colar as músicas. Isto, juntando a qualidade da fotografia, dá no minimo um teledisco de duas horas fantástico. O que ontem me parecia um filme aborrecido afaga hoje a minha memória com um sentimento de puro prazer visual, conseguindo-me lembrar pormenorizadamente dos vestidos, dos sapatos, da música, da fotografia e dos jardins de Versalhes. Aguardo assim pelo próximo de S. Coppola!
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Sofia Antonieta

JMG

Parece-me um retrato do alheamento ou de como no coração da grandeza - Versalhes neste caso - se vivem as fantasias até ao esgotamento. O amor, a maternidade, a infidelidade revestem-se do mais alto protocolo. Há um pressuposto que tende todo o filme e que a meu ver o torna belo e doloroso: é o de que Maria Antonieta será decapitada pela revolução e pela história, o que felizmente não se vê. Vislumbra-se: na cena da varanda em que a rainha depõe a cabeça sobre a balustrada ou naquela despedida matinal de Versalhes, com o sol a nascer sobre a alameda dos limoeiros, num desmaio de cores. "Estou apenas a dizer adeus", diz a Rainha.
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Uma adolescente tonta

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

"Marie Antoinette" é um filme que já há muito tem vindo a fazer barulho. Sobretudo pela banda sonora moderna sobre um filme de época. Por estranho que possa parecer, a música dos Bow Wow Wow, The Radio Dept. ou The Cure não soa desajustada a um filme sobre uma adolescente que é obrigada a desempenhar um papel que não é o seu num mundo estranho e cuja ignorância e superficialidade são, sobretudo, produto do seu ambiente. Baseado na biografia "Marie Antoinette: The Journey" de Antonia Fraser, "Marie Antoinette" é Maria Antonia (Kirsten Dunst), filha do imperador austríaco Francisco I, nascida em 1755 e dada em casamento aos 14 anos a Luís XVI (Jason Schwartzman, "I Heart Huckabees"), o herdeiro do trono francês, para preservar a frágil aliança entre os dois países. Tendo de enfrentar um marido com pouca vontade/capacidade de a engravidar (uma questão que nunca é completamente explicada) e com o qual não consegue comunicar, e sujeita a fortes expectativas e pressões, Marie Antoinette refugia-se em roupas e doces.<BR/><BR/>Sofia Coppola não quis fazer uma reconstituição histórica. Aliás, ao optar por se centrar nos anos precedentes à Revolução Francesa, Sofia Coppola fez a escolha menos óbvia e menos fácil, pois, como heroína, Marie-Antoinette teria sido mais eficaz na fase final da sua vida, na coragem que demonstrou perante a prisão da família real e na defesa dos ideais da monarquia. Mas o difícil nem sempre é garantia de êxito (lembro-me automaticamente do bom resultado de "Romeu + Juliet" de Baz Luhrmann).<BR/><BR/>A história dá de Marie-Antoinette uma imagem de uma rainha extravagante numa época em que o seu povo passava fome, e com uma completa ignorância pelas questões políticas da sua época. Assumindo o ponto de vista de Marie-Antoinette, também Sofia Coppola ignora as questões políticas e sociais, que se mantêm apenas como um leve rumor, e que no final, quase inesperadamente, surgem para cobrar a sua dívida. Ainda que esta perspectiva possa ter algo de válido, e possivelmente bastante verdadeiro, isso não é o suficiente para fazer de "Marie Antoinette" uma boa história. Principalmente, porque, em nenhum momento, esta personagem se torna objecto da nossa empatia, apesar da forte dose de sensibilidade de Kirsten Dunst. Jason Schwartzman é um Luís XVI caricatural, cobarde e aborrecidíssimo, a quem apetece dar um forte abanão. Apenas Rip Torn e Asia Argento, como Luís XV e a sua amante Madame du Barry, parecem conferir alguma veracidade a esta história.<BR/><BR/>Vivendo isolada com a sua corte numa Versalhes cheia de hábitos ridículos (numa subtil crítica às monarquias), Sofia Coppola procura explicar a ingenuidade de Marie-Antoinette num certo paralelismo com as celebridades dos dias de hoje, mas acaba por reduzi-la a um mostruário de espartilhos e perucas empoadas (e até de pormenores artísticos como os tão falados All-Star azuis claros). Cada cena parece ser a justificação para um sem-número de figurantes envoltos no luxo resplandecente do guarda-roupa de Milena Canonero, ou para sobremesas maravilhosamente filmadas. Enquanto isso, o enredo e os diálogos são simplesmente relegados para segundo plano. Sem acrescentar em nada o nosso conhecimento acerca desta personagem histórica, o título "Marie Antoinette" acaba por se limitar a um golpe de marketing.<BR/><BR/>Em "Lost In Translation", Sofia Coppola traçava um forte contraste entre uma Tóquio imensa, esmagadora e impessoal com um hotel de quartos e corredores fechados. Entre o público e o privado. Em "Marie Antoinette" Sofia Coppola filma os exteriores de Versalhes com uma austeridade que lembra "Barry Lyndon" de Kubrick, mas, quando se volta para o interior, este é exactamente tão vazio.<BR/><BR/>Sofia Coppola parece ter-se esforçado por usar este grande orçamento até ao último tostão. Como a própria Marie-Antoinette o teria feito. Mas os recursos limitados costumam ser bastante estimulantes para a imaginação, e quero acreditar que um regresso ao minimal e intimista possa trazer frutos muito mais interessantes que este (admito que esta dura apreciação está directamente relacionada com as minhas elevadas expectativas).<BR/><BR/>"Marie Antoinette" é um olhar pouco preciso e indiferente a um pedaço da história de França. Na comparação, a história de França sai a ganhar. Esqueçamos essa carga, e temos um filme com uma fotografia invejável, um guarda-roupa de tirar a respiração e uma banda sonora fabulosa. Tiremos toda a roupagem estilística, e de "Marie Antoinette" resta apenas um simples filme, bonito mas sem consequências, sobre uma adolescente bastante tonta. Nota: 6/10.
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Crespúsculo sobre Versalhes

Nazaré

Versalhes começou por ser a extravagância de Luís XIV, e durou como tal pouco mais de cem anos, esplendorosos anos. Contar a história de Maria Antonieta é introduzir-nos nessa redoma de sonho, da qual só tínhamos no cinema, recentemente, uns relances do início com o próprio Luís XIV ("O Rei Dança") e os pontos de vista duma certa aristocracia ("Ridículo") e outra aristocracia ("O Caso do Colar"), perto do fim. A fita de Sofia Coppola faz-lhe jus: os trajos, os repastos, os cerimoniais, tudo o que contribuiu para esse esplendor, está lá. Um colar de brilhantes a mais ou a menos, o que era isso, de facto? Visto dali, o resto do mundo é um lugar irreal. E ninguém melhor que Kirsten Dunst, como sempre a rainha dos filmes de adolescentes, para vestir-se desta princesa austríaca que reinou numa casinha de bonecas — a cereja no alto do mais belo, aparatoso e frágil bolo que o Antigo Regime armou. Ela é magnífica. Tirando isso, é uma fita que perde ritmo à medida que o tempo avança, mas no fundo que melhor maneira para nos mostrar o tédio daquilo tudo?
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Trilogia?

E. C.

Todos os três filmes de Coppola-filha retratam o final da adolescência feminina e uma recusa ou, pelo menos, uma resistência à entrada na vida adulta. A temática é sempre filmada por uma uma primazia da forma sobre o resto. No cinema, a primazia da forma sobre o resto é como um planador: um vento favorável pode levar-nos muito longe; um vento contrário pode levar-nos para o abismo. Wenders é um bom exemplo disso. Se "Marie Antoinette" se concretizar como o terceiro e último filme de uma triologia, então é sinal que ainda são ventos favoráveis os que inspiram Coppola e o melhor ainda estará para vir. Pelo contrário, se "Marie Antoinette" faz parte de uma sequência que ainda não terminou, então só nos resta lamentar que Sofia Coppola fique na história do cinema como sendo a filha de um grande realizador: Francis Ford Coppola.
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Trilogia?

E. C.

Todos os três filmes de Coppola-filha retratam o final da adolescência feminina e uma recusa ou, pelo menos, uma resistência à entrada na vida adulta. A temática é sempre filmada por uma uma primazia da forma sobre o resto. No cinema, a primazia da forma sobre o resto é como um planador: um vento favorável pode levar-nos muito longe; um vento contrário pode levar-nos para o abismo. Wenders é um bom exemplo disso. Se "Marie Antoinette" se concretizar como o terceiro e último filme de uma triologia, então é sinal que ainda são ventos favoráveis os que inspiram Coppola e o melhor ainda estará para vir. Pelo contrário, se "Marie Antoinette" faz parte de uma sequência que ainda não terminou, então só nos resta lamentar que Sofia Coppola fique na história do cinema como sendo a filha de um grande realizador: Francis Ford Coppola.
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Razoável, sem mais

John

Perante o cenário do Palais de Versailles, o argumento deste filme parece muito pobre.
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Mau demais para ser verdade!

Dolce

Um filme cansativo, devido a não ter absolutamente nada de cativante. Apenas retrata como era mal amada, as suas festinhas coquetes, as suas compras excêntricas. Relativamente ao que todos nós conhecemos da história, deve ser apenas uma ilusão, pois nada disso está lá retratado. O engraçado disto tudo é que qualquer pessoa que vá ler o resumo do filme vê lá a descrição de como terminou a vida desta Sra.. No entanto, no filme, não há retrato nenhum do facto. Sinceramente não recomendo a ninguém.
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Bom filme pop

Hugo Gonçalves

Quando vi, há uns tempos, o "trailer" do filme, pensei que iria desiludir-me. Parecia que fugia demasiado ao registo dos dois anteriores filmes de Sofia Coppola, de que sou fã assumido. Mas arrisquei. No início desconfiei que os meus receios iriam concretizar-se. A história era contada de forma algo rápida e com pouco "sumo", a que se juntava um humor não muito refinado. Mas depois comecei a perceber a essência do filme: não, não pretendia ser uma lição de História; não, não pretedia retratar fielmente a vida de Maria Antonieta; não, não pretendia aprofundar os diálogos e o perfil das personagens. Trata-se, antes de mais, de um filme pop. Frívolo? Sim. A pop e frivolidade andam de mão dadas, e depois? Daí a maior importância dada às imagens, ao estilo, à forma, enfim, e menos ao conteúdo. Creio que a intenção de Sofia Coppola com este filme será a de construir uma inteligente metáfora da adolescência moderna nas sociedades ocidentais, em que se tem tudo ao alcance e nos deixamos entregar ao ócio, aos excessos, aos prazeres da vida (atente-se nas cenas das festas e do baile, bem como na do nascer do sol), enquanto não chegamos à angústia da passagem à idade adulta, ao cinzetismo da maturidade e das responsabilidades.<BR/><BR/>Não vos faz lembrar "As Virgens Suicidas"? Pois. Não será por acaso que o filme acaba bem antes da morte na guilhotina. Um qualquer filme histórico teria que retratar esses últimos anos da vida da monarca francesa. Mas, lá esta, não é essa a pretensão de Sofia Coppola. Assim como não será mero capricho o facto de a banda sonora ser, essencialmente, dos anos 80, período em que Sofia viveu a sua adolescência. Em rigor, este filme não será sobre Maria Antonieta, a personagem histórica. É bem mais do que isso. E quem pensa o contrário, ou seja, quem faz uma interpretação demasiado literal deste filme é quem o acha mau.<BR/><BR/>Apesar de tudo, é a obra menos conseguida de Sofia Coppola, mas não posso deixar de pensar, cada vez mais, que ela não é capaz de fazer maus filmes.
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Uma desilusão

Alexandre Bettencourt

Confesso que foi com grande entusiasmo que me dirigi para o cinema para ver este filme. Tendo lido a sinopse (aqui no Cinecartaz), fui levado a crer que veria uma história interessante e cativante acerca do reinado desastroso de Maria Antonieta. Um filme que realmente pudesse ter uma história interessante a contar. Mas não. Se calhar sou eu, que não estou habituado ao "estilo" da Sra. Coppola, mas o que é facto é que os suspiros pesados do público à minha volta (e meus também), o bater dos pés no chão, a inquietude de muitas pessoas nas suas respectivas cadeiras e olhares cúmplices e praticamente criminosos, me levaram a concluir que esse público estava a sentir o mesmo que eu: "este é um filme extremamente enfadonho". Não fui ver um filme "biográfico". Fui ver uma pretensão a um filme artístico, que infelizmente, nem isso consegue ser. O filme salta de plano em plano sem explicação e encadeamento lógico da história, e sem um mínimo de respeito pela mesma.<BR/><BR/>Como "brinde", temos de ficar duas horas especados a olhar para imagens extremamente longas e demoradas de Maria Antonieta a experimentar roupa, a comer bolos e a divertir-se como se não houvesse amanhã e como se não fosse rainha. Em suma: achei este filme extremamente mau e entediante e fico à espera de um eventual "remake" por alguém que saiba contar uma história bem melhor do que a Sra. Coppola. Simplesmente péssimo!
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