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Comédia 92 min 2005 M/12 23/11/2006 EUA

Título Original

Thank You for Smoking

Sinopse

Como porta-voz da empresa Big Tobacco, Nick Naylor (Aaron Eckhart) foi chamado de muita coisa: assassino de massas, assassino de crianças, sanguessuga, explorador... É um trabalho duro defender os direitos dos fumadores e dos produtores de cigarros na sociedade de hoje. Mas, como afirma o próprio Nick, se ele quisesse um trabalho fácil teria ido trabalhar para a Cruz Vermelha. Confrontado pelos extremistas da saúde empenhados em banir o tabaco e por um senador oportunista (William H. Macy) que quer colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros, Nick lança-se numa ofensiva acção de relações públicas, defendendo o tabaco e contratando um agente de Hollywood para promover o tabaco no cinema. <p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Obrigado por Fumar

Mário Jorge Torres

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É um trabalho sujo mas alguém tem de o fazer

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Uma escolha muito branda: a a liberdade vende bem

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Querendo ser uma sátira à sociedade, à política, à exploração mediática e à manipulação de opinião, "Thank You For Smoking", baseado no livro de 1994 de Christopher Buckley, acaba por ser um filme que não se compromete com nenhum ponto de vista, terminando num olhar morno sobre algo que poderia ter facilmente a dimensão de um Michael Moore. A imparcialidade nem sempre tem mais força dramática. Nick Naylor (Aaron Eckhart) é porta-voz de um "lobby" tabaqueiro, defendendo os direitos dos indefensáveis gigantes corporativos. Um improvável herói, cuja moral pessoal está completamente obnubilada pelo seu dever laboral, e por um talento - a argumentação - que parece conduzi-lo inevitavelmente a trabalhar do lado dos "maus" (deliciosa interpretação de J.K. Simmons como patrão de Naylor).<BR/><BR/>Naylor reúne-se regularmente com os seus amigos Polly Bailey (Maria Bello) e Bobby Jay Bliss (David Koechner), os três auto-denominando-se "M.O.D. squad" (de "Merchants of Death"), a primeira promovendo as bebidas alcoólicas, o segundo as armas. Os três competem pelo maior número de mortes e trocam estratégias. Naylor pretende que Hollywood, na pessoa do agente Jeff Megall (Rob Lowe), recupere a imagem "sexy" dos cigarros no cinema, mas o seu verdadeiro desafio é um senador ambientalista, Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), cuja retórica, no entanto, não constitui qualquer ameaça à excelência de Naylor.<BR/><BR/>O que é interessante em "Thank You For Smoking" é ver como um homem que consegue justificar-se perante um adolescente diagnosticado com cancro, consegue também levantar-se todos os dias e olhar-se no espelho, ou mesmo olhar nos olhos do seu filho Joey (Cameron Bright, "Birth"), para quem ele é um herói. Como ele mesmo explica, a sua profissão requer uma flexibilidade moral que não está ao alcance de todos.<BR/><BR/>Mas "Thank You For Smoking" tem muito pouco a ver com cigarros ou com os fundamentalismos, de um lado e de outro, do acto de fumar. É um filme sobre a manipulação e sobre os valores morais que estamos dispostos a vender para pagar os nossos empréstimos.<BR/><BR/>Na sua primeira realização, o filho do realizador Ivan Reitman evita o tom de sermão, procurando deliberadamente um equilíbrio de pontos de vista. O seu grande erro é ridicularizar personagens já de si pouco densas, evitando desconstruir as suas motivações, e, em consequência, enfraquecendo qualquer opinião que elas possam ter. E apesar da capacidade de Eckhart ("Suspeck Zero", "The Black Dalia") ser simultaneamente charmoso e execrável, eu, pessoalmente, estava bastante indiferente ao seu destino, redentor ou não.<BR/><BR/>Eu não sou fumadora, mas também não sou apologista de radicalismos (uma cidade americana já proibiu os cigarros em todos os sítios públicos ao ar livre - sim, ar livre!). E tinha a esperança que este filme viesse detractar a obsessão (não só) americana com o politicamente correcto, cujo extremo parece agora ser a imposição de um conjunto de medidas que, em vez de protegerem as liberdades de uns, se limitam a retirar liberdades a outros diferentes. O senso comum está fora de moda (ao contrário do neo-puritanismo) e o ser humano parece ter-se tornado incapaz de respeitar o próximo sem ser através de leis.<BR/><BR/>Jason Reitman é demasiado brando - direi até politicamente correcto - no retrato que faz de uma sociedade onde o peso do que se diz é bastante inferior à forma como se diz. Suponho que, estando-se a falar de cinema, uma máquina totalmente lubrificada com óleos promocionais, isso acabe por ser compreensível. Afinal de contas, o filme tem que ser vendido. É compreensível, mas não desculpável.<BR/><BR/>A liberdade de escolha é um valor essencial, mas não deve nunca ser usada como argumento para tudo - e para mim essa é a grande falha de conceito deste filme. Porque não vivemos isolados, e porque as nossas escolhas têm consequências sobre os outros e sobre o mundo. Nota: 5/10.
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Liberdade de escolha é fundamental numa sociedade que se diz livre

Teresa Vieira

Para além de considerar este filme imperdível, a crítica que aqui quero deixar não é propriamente sobre o filme, mas sim sobre as empresas de escolha e distribuição de filmes que procuram condicionar o livre arbítrio logo à partida: este filme está numa única sala de cinema do grande Porto, num "shopping" com alguns constrangimentos de acesso para os Portuenses. O filme é obviamente política e socialmente incorrecto nesta época de "fundamentalismos" (e não estou a falar de muçulmanos, etc), mas se não se importam, não escolham por mim. Eu ainda gosto de decidir, não aceito a normalização. Nota: fui fumadora, deixei de fumar há um ano e considero que foi uma óptima decisão.
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Só agora?

F e M

Um filme de 2005 estreia quase em 2007... só mesmo na nossa républica do bananal. Por esta altura já ninguem vai vê-lo ao cinema porque a malta toda já o sacou e com óptima qualidade como é o meu caso. E é pena porque é um excelente filme, 300 mil vezes superior a qualquer filme das piratadas ou das últimas super-mega-hiper-ultra-giga-tera produções que tanto dinheiro mal empregue me fizeram gastar no cinema.
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Só fuma quem é ótario?

FS

Um filme muito bom, que explica o absurdo de alguns "lobbys" nos Estados Unidos, em especial o do tabaco. A arte de mentir também podia ser o outro título, mas engraçado é como nos enganam sem mentir... Recomendo.
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Só vai ver quem for otário

António Martinho

Não gostei da mensagem do filme. Fumo há cerca de 20 anos e sofro com isso e acho ridiculo que promovam este filme. Aprendi a fumar com o cinema, mas não gostaria que os meus netos passassem pelo mesmo. Façam cinema e não anúncios de duas horas ao tabaco.
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