Wilbur Quer Matar-se

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Comédia Dramática 111 min 2002 M/16 15/07/2004 FRA, GB

Título Original

Wilbur Wants to Kill Himself

Sinopse

Wilbur não consegue encontrar razões para viver. Quer matar-se, mas ainda não conseguiu. Já o irmão é completamente o contrário. Harbour é um optimista incurável e conseguir que Wilbur seja feliz é o seu grande objectivo. Estes dois irmãos excêntricos, na casa dos 30, vivem em Glasgow, onde herdaram do pai, recém-falecido, uma livraria. Depois de mais uma tentativa de suicídio falhada, Harbour convence Wilbur a mudar-se para o seu apartamento, por cima da livraria. Harbour acredita que talvez uma namorada possa ajudar a levantar a moral de Wilbur. A ideia é apoiada pelo psicólogo do hospital, Horst, e encorajada pela enfermeira, Moira, que tem esperança de ser a feliz contemplada. No entanto, os planos deles não correm como previsto e é Harbour que acaba por encontrar o amor na bela e tímida Alice, uma mãe solteira, que trabalha à noite nas limpezas do hospital e que vai à livraria vender os livros que os doentes vão deixando para trás. Alice e a filha Mary acabam por mudar-se para a casa de Harbour e Wilbur. Alice acaba por conseguir vencer a sua timidez, Mary encontra uma família e Wilbur começa a encontrar algum significado na sua vida. E apesar de Harbour nunca ter sido tão feliz, ele esconde um obscuro segredo, que não pode ocultar para sempre... <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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A morte faz-lhes tão bem

Luís Miguel Oliveira

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Cinema versus Indústria 2

Fernando Bento Ribeiro

Acabo de comentar "A Minha Vida Sem Mim" e o início do comentário aplica-se também a "Wilbur...". Este filme é um poema. E, tal como no caso da literatura, onde o público prefere o romance (bem explicadinho) ao poema (a interpretar e decifrar) também no cinema se prefere uma história leve (muitas vezes idiota, ou sem nada de novo) a outra que nos faça pensar no sentido da vida. Esta realizadora, depois do fabuloso "Italiano para Principiantes" traz-nos esta pérola de cinema. As considerações críticas ou paracríticas cinéfilas que se possam tecer nada têm a ver com o que o filme pode fazer sentir; pois, para mim, em Arte ou se sente ou não se sente. E depois, como dizia Truffaut, de algum modo "todos somos (podemos ser) críticos de cinema"...!!!
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Alice no País de Gales

Anónima

Para mim Lone Scherfig é Harbour, o mais velho e preocupado em arranjar soluções para os vazios naturais de cada um. Já na Dinamarca havia acabado com os problemas de um impotente e uma italiana emigrante, uma loira um bocadinho burra e um padre recém viúvo entre outros. agora na Escócia, mais perto do País de Gales e mais perto da morte como tema principal, temos uma criança grande, um rinoceronte na cama e na vida que não digere os pesadelos, aquando da genética morte da mãe. A lição de moral está no encontro de irmãos, na troca de situações e materiais que, levada ao geral, pode muito bem induzir a um melhor aproveitamento da vida e das coisas. Porque é a vida que aqui interessa. A vontade de se matar por parte de Wilbur é apenas um chamariz desencadeador dum realismo muito doce e prestável, carregado pelas personagens, até pelas cores do interior da casa. Nem é a comédia que está por estar quem nos impede de verter à crocodilo. É que não dá mesmo para chorar porque o que vemos é a verdade, tão bem contada que nem vale a pena o esforço. O cemitério, estratégico, onde a família pode espreitar para a livraria, é um bom fim para o filme, o que significa princípio. O que mais me surpreendeu foi a naturalidade da questão e consecutivamente, a abordagem de Scherfig, outra vez naquele q.b. nem uma coisa nem outra da felicidade. Nela parece ser importante nem tanto o amor mas a aproximação entre as pessoas. Dá como exemplo o simples facto de um suicída salvar outro, quando ambos nem 'morriam' de simpatia um pelo outro. quanto a Harbour, ou o prolongamento do Dr. Richardson de 'Ondas de Paixão', temos a manteiga e um coração, talvez o que mais se afasta da realidade, porque pessoas assim, só em vias de extinção, o que de facto acontece no filme, por ironia, para que Wilbur possa apreciar a vida. Tanta distinção e simplicidade só podem pecar por isso mesmo; o esquecimento de uma obra que não fica na cabeça por muito tempo mas que até para isso tem uma boa solução: a originalidade dos títulos que tocam a curiosidade de quem não ainda não viu ou já não se lembra. Pelo que recomendo 'vivamente'...
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Harry Potter está aqui

Pedro Silva Maia

Está bem que mais de metade do elenco de "Wilbbur..." passou pela série Harry Potter em papéis menoríssimos, mas isso não é desculpa para o filme se estrear em Portugal com dois anos de atraso. Aliás, um filme estreado com este atraso é um filme morto à partida. Demasiado desfazado para os cinéfilos, pouco sonante para os públicos de massas (lembra-me o calvário que foi nos nossos cinemas "The Tripplets of Belleville"). Claro que o final é dolorosamente previsível. A interdependência entre os irmãos faz com que à medida que Wilbur melhora, o estado depressivo do seu irmão se agudize sendo o desenlace lógico. Mas acima de tudo este filme mostra a vitalidade do cinema escocês, que cada vez mais se afirma ("Mean Machine" não foi de forma nenhuma um caso isolado nem o Scotch-Produced "Snatch- Porcos e Diamantes"). O facto de Wilbur ser já um trintão leva-nos para aquela forma lassa de viver a vida, very british, sozinho no seu mundo desviante, em contacto desfazado com a realidade. Wilbur quer matar-se, mas em cada dia procura de forma desesperada alguém com quem valha a pena viver, na certeza de que quando descobrir esse alguém e esse alguém olhar para ele e o desprezar aí sim terá um motivo válido para acabar com a vida... A ver, mas só para quem gosta de brit-cinema puro e duro, senão vai ser triste ver que o final feliz mete morte e separação, talvez fazendo esquecer o excelente trabalho do realizador de fundamentar as personagens e ligar-nos a elas.
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