Foi ao ver este filme que senti medo pela primeira vez ao ver um filme e só por isso merece toda a minha consideração. E não fui o único na sala a sentir isso, já que no final do filme toda a gente bateu palmas. Quem está à espera de um "slasher movie", que vá ver outro porque neste não verá nenhuma piada estúpida nem resmas de gajas boas. Este é dos poucos filmes em que o "remake" ultrapassa o original. Vi o original, "Ringu", e duas sequelas, "Ringu 2" e "Ringu 0", e nenhum deles chega aos calcanhares deste excepto o "Ringu 2", que anda por lá perto. Ao ver este filme interessei-me imediatamente por filmes de terror asiáticos e encontrei algumas pérolas como o "Dark Water", do mesmo realizador de Ringu, e outros como "The Eye", "A Tale Of Two Sisters" e ainda "Ju-On - The Grudge".

Finalmente Hollywood começou a apostar no tipo de cinema fantástico em que Freddy Kruegger e "sus muchachos" já não têm lugar e todos os esteriotipos do cinema de terror foram apagados definitivamente. "O Aviso" é um filme que aconselho vivamente a todos aqueles que gostem de ver um bom filme de suspense, onde a vertente fantástica e fantasista existe, dando sentido à frase "não acredito em bruxas, mas que as há, isso há!".<BR/> Este filme é forte em emoções, provocando suspense como é seu objectivo, mas igualmente compaixão, tristeza e revolta, à medida que os acontecimentos se desenrolam.<BR/>No entanto, para mim, o segredo do filme está num argumento perfeitamente original e surpreendente, em que tudo, afinal, até tem sentido.

Ao contrário da opinião dos já habituais críticos de cinema pseudo filosóficos, apreciadores da arte cinematográfica suburbano-depressiva, este filme não é um tédio. Trata-se de um filme com ritmo e acção que nos deixa entretidos e colados à cadeira durante toda a sessão. Muitas vezes os críticos de cinema tendem a esquecer uma importante componente da arte cinematográfica: entretenimento. Sim, meus caros, o cinema não é apenas uma arte feita para intelectualóides de esquerda. É também uma arte para entreter, ajudar a passar o tempo e afastar-nos por breves instantes das regras da realidade. Neste filme encontramos todas as componentes que fazem com que o tempo passado na sala a ver este filme seja bem empregue: boas actuações ( Naomi Watts prova as suas qualidades), argumento suficientemente interessante e original, realização que nos faz manter agarrados à cadeira,....enfim, um filme que, de facto, nos faz esquecer a realidade e que nos entretém — um bom filme.

Este filme é simplesmente ridículo, nada encaixa, nada faz sentido, mas que aconselho a todas as pessoas, para poderem ver como é possível alguém ser capaz de fazer isto. É estúpido, absurdo, sem palavras. O melhor do filme é Naomi Watts que anda a perder tempo com esta gente depois de fazer o magnífico “Mulholland Drive”.