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The International - A Organização

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Thriller, Drama 118 min 2009 M/12 23/04/2009 GB, ALE, EUA

Título Original

Sinopse

Louis Salinger, agente da Interpol, e Eleanor Whitman, assistente do procurador-geral de Manhattan, estão decididos a desmascarar as actividades ilícitas de um dos mais poderosos bancos do mundo. Dispostos a tudo para levar à justiça esta organização cheia de tentáculos, seguem o dinheiro de Berlim a Nova Iorque, de Milão a Istambul, obrigados por vezes a contornar as leis para conseguirem ficar mais perto de cumprir a missão. É um jogo de alto risco, em que as suas vidas correm perigo, porque o banco está disposto a tudo para cumprir os seus objectivos, mesmo que para isso alguém tenha de morrer ... <p> </p>PÚBLICO

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Quem pelo menos tiver visto os anúncios que Clive Owen fez para a BMW sabe que este teria sido, a par do escolhido Daniel Craig, uma interessante escolha para a pele do agente secreto mais famoso do mundo. Quem vir este “The International”, uma espécie de prémio de consolação para Owen, ficará a indagar como seria um 007 assim, de um glamour traumatizado, homem verdadeiramente preocupado com o sucesso da sua façanha. Quase que bastaria o plano inicial da obra de Tom Tykwer, com o dito olhar transtornado de Owen, para perceber que este seu Louis Salinger, agente de Interpol em luta titânica contra uma gigantesca e tentancular rede conspirativa do qual a alta finança é só uma das pontas do icebergue, para perceber que se trata de um homem fora da sua ficção. Ou por outra, o peso interior da sua personagem aporta a “The International” uma seriedade que o convencionalismo do argumento de Eric Singer não suporta. O mundo é povoado dos lugares comuns dos thrillers de espionagem, desde as falsas identidades, a troca de informações secretas em lugares insuspeitos como parques de estacionamento ou museus, assassinatos encobertos, etc., tudo secundado por uma intriga “internacional”, que sob a ligeireza de tudo poder integrar como sistema opaco (desde bancos, juntas militares, líderes políticos, a máfia), nada desenvolve, generalizando mais um macguffin capitalista. Por isso, pouco importa que este “The International” tenha estreado, por coincidência ou não, em plena crise económica mundial, com a falência de inúmeros bancos. Mas seria injusto dizer que, se Clive Owen dinamita as possibilidades de “The International” se arvorar a thriller pouco preconceituoso, Tom Tykwer, o seu realizador, não tente tirar partido da sua elegância a lançar ritmos de empolgamento (“Lola Rennt”). Por isso, assistimos a um carrossel, com frequentes paragens e arranques, nos quais as sequências de acção em espaços controlados fazem o filme lançar alguma da tensão que revisita Hitchcock especialista nesses dispositivos (“The Men Who Knew Too Much”, “Sabotage”). Assinale-se, como exemplo, o confronto em pleno museu Guggenheim, durante o qual, o som dos disparos, a interacção com as instalações vídeo a estender o “campo visível” ou a progressiva destruição da criação de Frank Lloyd Wright, (para lá da evidente metáfora artística), rompem momentaneamente o desinteresse. Estas acelerações narrativas que pululam no espaço global e cosmopolita de “The Internacional” (Milão, Nova Iorque, Istambul, Berlim), deixam entrever uma analogia que o cineasta alemão explicitou entre a arquitectura moderna de muitos dos locais onde a acção decorre, num misto de transparências e opacidades, e a dupla natureza das grandes instituições capitalistas em causa, simples no exterior, densas no seu interior. Uma espécie de “diz-me onde moras, dir-te-ei quem és” da espionagem. Se é a verdade que o filme de Tykwer resiste pela desenquadrada obstinação quixotesca do seu protagonista, transformando o seu conflito contra as ilicitudes do gigante banco europeu IBBC, numa luta ideológica, o certo é que a não concretização do pecado capitalista (“quando eu morrer outros 100 banqueiros como eu estarão desejosos de ocupar o meu lugar”, diz Skarssen, o presidente do IBBC, perto do final) é aproveitada como discutível mensagem de resignação. E então tudo volta ao mesmo. A única diferença é que ao menos poder-se-ia ter aproveitado melhor a “viagem”. 5/10
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Um Grande

Marcia Martins

Estava com grandes expectativas quanto a este filme e elas foram confirmadas ontem quando tive o prazer de o ver na sua ante-estreia no Porto. Simplesmente adorei, e em especial o bocadinho em que aparece Istambul, uma cidade com um grande significado para mim. Mas a cena que mais gostei foi a da "destruição" do Museu Guggenheim, pois bastou um homem e uma arma para acabar com tudo e sair de lá pelo próprio pé sem ser visto. Fantástico.
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O pecado mora no Luxemburgo

Raúl Reis

Os banqueiros eram muitas vezes os maus-da-fita nos filmes mudos. Basta ver alguns clássicos do cinema, nomeadamente alguns “Chaplin”, para saber que aqueles homens bem vestidos e de fartos bigodes expulsavam as jovens mães solteiras das suas casas ou obrigavam os cowboys a abandonarem as suas explorações agrícolas quando eles não conseguiam pagar os empréstimos. Os bancos e os banqueiros eram mal vistos por uma boa parte da população da América dos pioneiros e dos seus sucessores e o cinema reflectia esse sentimento. Passados os momentos difíceis da crise dos anos 30 as coisas mudaram: os bancos passaram de inimigos a parceiros. Mas a actual crise veio colocar os bancos de novo na ribalta e relançar uma desconfiança generalizada. “The International” podia ser acusado de tentar aproveitar a deixa se não tivesse sido concebido e rodado ainda antes da crise financeira ser uma evidência. Mas o actual estado de espírito relativamente ao mundo da finança ajuda, pelo menos, a promover o mais recente filme do alemão Tom Tykwer (o mesmo de “Lola Rennt” e “Perfume: the Story of a Murderer”).Quando o colega do agente da Interpol Louis Salinger (Clive Owen) morre, aparentemente de um ataque de coração, este suspeita que a morte não foi natural. Ambos estavam a investigar as actividades supostamente ilícitas de um poderoso grupo bancário com sede no Luxemburgo. Um empregado do banco decide revelar alguns segredos, nomeadamente sobre o tráfico de armas, para aparecer morto umas horas depois. O agente Louis vai trabalhar em equipa com Eleanor Whitman (Naomi Watts), uma delegada do Ministério Público de Manhattan. O objectivo de ambos é demonstrar que o banco IBBC está no centro de um imenso complô internacional.A primeira surpresa é que não vai haver uma relação amorosa entre os dois protagonistas: Eleanor é uma mamã casada e feliz cujo marido até acha graça às suas actividades de investigação. Por outro lado, “The International” também não oferece uma verdadeira imersão no mundo da banca, luxemburguesa ou internacional. Aliás, há muito poucas referências à forma como o malvado banco funciona. O IBBC é o equivalente da organização Quantum do último James Bond ou do império malvado do Dr. No. O banco é uma nebulosa com tentáculos em todo o mundo, e o espectador só consegue identificar os seus membros porque eles têm uma estúpida tendência para se vestirem sempre da mesma forma. O problema de “The International” é que passa da realidade mais concreta, ao espírito James Bond, em que tudo é possível. E depois de vermos que os bancos do mundo real nem sequer conseguem controlar os seus investimentos, parece difícil imaginar que possam controlar guerras e governos. Resta ao espectador ignorar os momentos mais irreais e divertir-se com o espectáculo que é de alto coturno. O enredo é complicado e tem falhas, mas está cheio de momentos de acção que Tom Tykwer controla com mão experiente. Clive Owen prova que é capaz de ser um excelente herói de filme de acção. Continuo a pensar que ele é que devia ter sido escolhido para o papel de James Bond, mas o sério Owen perdoou a corrida com Daniel Craig na recta final. Em “The International”, Clive Owen mostra bem que tem uma missão e que acredita nela. Em contrapartida, Naomi Watts convence dificilmente o público.
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