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O Congresso
Título Original
The Congress
Realizado por
Sinopse
Há já vários anos que a actriz Robin Wright está afastada das luzes da ribalta. Por esse motivo, recebe uma proposta de um importante estúdio de Hollywood para que venda a sua identidade cinematográfica. A ideia é que, em troca de uma avultada quantia em dinheiro, a sua imagem possa ser digitalizada e usada sem quaisquer limitações. Esse contrato, válido por 20 anos, inclui ainda mais uma cláusula: a sua identidade virtual não envelhecerá. Vinte anos após o acordo, o mundo já não é o mesmo, mas Robin também não… <br />Estreado em Maio de 2013 no Festival de Cinema de Cannes, um filme de animação e "live action" que conta com o argumento e realização do israelita Ari Folman ("A Valsa com Bashir") e com Robin Wright (a interpretar-se a si mesma), Paul Giamatti, Harvey Keitel e Jon Hamm nos principais papéis. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
3 estrelas
JOSÉ MIGUEL COSTA
ERA UMA VEZ O (hipotético) CINEMA DO FUTURO (sombrio, alienado, sem utopia e destituído de identidade)... O trailer de apresentação do filme não é dos mais apelativos, o que (aliado à fraca divulgação comercial) poderá, infelizmente, afastar logo à partida toda uma série de cinéfilos, e confesso que eu próprio não me teria dirigido a uma sala de cinema para ir visioná-lo caso este não tivesse a "assinatura" de Ari Folman (o realizador de "A valsa com Bashir"), que per si é sinónimo de qualidade garantida. E ainda bem que "me dei a esse trabalho" (embora esta película não chegue aos calcanhares da sua anterior obra-prima), caso contrário, não estaria aqui a fazer o favor de exigir-vos: "amantes da 7ª arte (e aqui apenas incluo os open mind), pela vossa saúdinha, ide espreitar esta catastrófica alegoria sobre a mercantilização da cultura". <p> Trata-se de uma obra experimental híbrida inclassificável (que promove o casamento entre a animação e a imagem real - sem direito a adopção, claro... ok ok, piadinha básica e descontextualizada), complexa (e, não poucas vezes, confusa e algo descontinua, tornando árdua a tarefa de decifrar os seus múltiplos significados - sendo este o seu principal "calcanhar de Aquiles) ousada, surreal, futurista, melancólica ... grosso modo, e para não gastar mais adjectivos na tentativa de "definição", é (sobretudo) um autêntico delírio psicadélico, visualmente arrebatador (que quase nos induz uma overdose sensorial). Não consegui convencer-vos a dirigirem-se à sala de cinema mais próxima? Se assim for, lamento a minha incompetência, e tenho pena ... por vós. ;) </p>
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Vender a ”Imagem” ao Diabo
J.F.Vieira Pinto
Produto híbrido (ficção/animação), este “drama” de Folman não tem o tom belicista usado em “A Valsa com Bashir” . As nuances de um israelita “esclarecido” estão lá: usa-se uma pílula para passar da BD à “vida real” - a pílula utilizada no suicídio das “SS” - é um dos exemplos. <br /> <br />Robin (excelente Robin Wright), a atriz tecnofóbica que se recusa, por algum tempo, a ser transformada num simples “chip”, acabando por se render: será “sempre” jovem e com uma idade, não a rondar os “trintas” mas, os “vintes” <br />anos, mais de acordo com a idade “madura” da mulher ideal, pelo menos, nos países do médio oriente – no ocidente, situar-se-ia pelos trinta anos, diz-se... <br /> <br />Com uma OST do “reincidente” Max Richter – o mesmo de “Waltz With Bashir” -, que ajuda elevar a nota deste “The Congress” que, quanto mais avança a projeção, mais desinteresse nos provoca. <br />Valha-nos a radiosa Robin Wright que funciona como uma “pílula rejuvenescente” para um final nada “radioso” de um futuro que não está muito longe. Só pela (assustadora) ideia, este filme acaba por ter nota positiva (***). <br />
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