Tár

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Biografia, Musical 158 min 2022 M/12 09/02/2023 EUA

Título Original

Sinopse

A maestrina e compositora norte-americana Lydia Tár tem somado sucessos ao longo dos anos, culminando agora com a liderança da celebrada Orquestra Filarmónica de Berlim. Também está prestes a lançar um livro e prepara-se para gravar ao vivo a Sinfonia n.º 5 de Gustav Mahler (1860-1911). A sua vida parece perfeita. Até se ver envolvida numa polémica que faz com que tudo se desmorone como um simples castelo de cartas.
Estrado no Festival de Cinema de Veneza – onde Cate Blanchett recebeu o prémio Volpi Cup para melhor actriz –, este drama sobre o poder e a volatilidade da fama tem realização e argumento de Todd Field ("In the Bedroom - Vidas Privadas" ou “Pecados Íntimos”). Nina Hoss, Noémie Merlant, Sophie Kauer, Julian Glover, Allan Corduner e Mark Strong assumem as personagens secundárias. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Tár: a corrosão do poder absoluto

Luís Miguel Oliveira

Tár começa por nos oferecer o espectáculo do poder absoluto, para depois nos oferecer o espectáculo da corrosão do poder absoluto.

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Críticas dos leitores

Um filme razoável

Paulo Lisboa

Fui ver este filme, porque achei o argumento potencialmente interessante e porque gosto de ver actuar Kate Blanchett. Gostei do filme, embora o filme, sobretudo na 1.ª parte, tenha um ritmo lento, quase arrastado, quase como se diz na gíria, «para encher chouriços». A meio do filme há uma melhoria no ritmo e no argumento do filme. Tirando a interpretação de Kate Blanchett que é de facto de boa qualidade e que carrega com o filme quase às costas, o resto do elenco prima pela banalidade, quase descrição, embora fazendo o mínimo para entrar no campo da competência. Estamos perante um filme razoável sobre música que só recomendo a quem goste de música clássica. Numa escala de 0 a 20 valores, dou 12 valores a este filme.

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Grandioso, embora possa parecer "lento"

Nazaré

Esta fita merece ser vista por qualquer amante da chamada música clássica, evidenciando por detrás da protagonista aquilo que é o verdadeiro centro de gravidade, também na vida real, deste mundo rarefeito onde ela resplandece: a orquestra. Penso que esse é o maior feito: trazer-nos para o interior da orquestra como nunca vi num filme de ficção, e com tanta autenticidade. Esses espectadores não irão importar-se nadinha com as mais de 2 horas, com o ritmo dos dias (magistralmente gerido) necessariamente "lento" mas cheio de tensões, e serão brindados com belos momentos de som, quer seja um prelúdio ao piano, alguns solos de violoncelo, ou as vagas do oceano orquestral. Saberão também apreciar os dilemas dessa música doutro tempo e doutros modos, sujeita a contextos que são totalmente novos, como sejam as gravações integrais ou a cultura do cancelamento, entre tantas coisas. O refúgio da protagonista, e de quem sabe que nada disso é essencial, é a muito real e marcante mensagem de Leonard Bernstein, que como divulgador soube expressar aquilo que os músicos sabem o que é essencial. Também aqui esta fita é de grande arte: inicialmente lembrado numa entrevista onde não é verdadeiramente ouvida, é memoravelmente revivido na memória, guardada como tesouro, duma fita VHS. Eu amante da música chamada clássica me confesso, e adorei tudo isto. Para quem não seja desse grupo, provavelmente não será por esta fita que passa a sê-lo, pois nele assume-se (creio que é uma necessidade, não uma falha) que quem vê está "por dentro". Filme elitista? Julgo que não, pois a qualquer público não deixarão de fascinar a actuação superlativa de Cate Blanchett, as encenações impecáveis, o tal mundo rarefeito. Bem nos querem convencer que a história tem a ver com o poder e como as pessoas se modificam para tê-lo, e como de repente lhes escapa. É apenas um veículo conveniente, não é o mais interessante. Mas contém uma lição importante: a protagonista não consegue partilhar, e quem quer dela os pedaços do seu brilhantismo, mesmo sem ter as capacidades dela, ainda tem que chegue para fazê-la cair. Estar no topo é por definição estar isolado, e para compensar essa situação a paranóia é o que tende a predominar. Porque não a comunhão? A história da participação da violoncelista Sophie Kauer nesta fita é uma curiosidade interessante.

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3 estrelas

José Miguel Costa

O filme "Tár", do cineasta Todd Field, é, grosso modo, um estudo de personagem construído em torno do processo de queda em desgraça da primeira maestrina de uma ilustre orquestra alemã, Lydia Tár (lésbica casada a primeira violinista da orquestra que dirige), tão genial ao nível da sua competência musical quanto moralmente abjecta (dado revelar-se uma egocêntrica caprichosa com auto-estima à prova de bala, insensível e emocionalmente instável). Um drama sobre a cultura de cancelamento (agenda MeToo) e a toxicidade das relações de poder, dotado de uma académica narrativa hermética e monocórdica (quase penosa, em determinados momentos, para os não versados em música clássica, tal é o grau de especificidade das referências técnicas utilizadas), ancorado quase exclusivamente na sublime interpretação de Cate Blanchett (sem qualquer desenvolvimento dos restantes "figurantes"), que lhe valeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Veneza (e que se perfila como a principal candidata à estatueta dourada de Hollywood).

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Muito Bom Filme 4*

Martim Carneiro

Consistente argumento, realização e interpretação: muito bom filme!

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