Sonhos Desfeitos

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Drama, Romance 130 min 2001 M/12 27/06/2003 EUA

Título Original

Sinopse

Devido a uma perda inesperada, os planos de casamento de Joe Nast (Jake Gyllenhaal - o protagonista de "Donnie Darko") são alterados. Aí, ele resolve tornar-se no homem que todos esperam que ele seja: o noivo enlutado que teria sido o genro perfeito de Ben (Dustin Hoffman) e Jojo (Susan Sarandon).<br/> Mas, inesperadamente, outra mulher entra na sua vida e Joe depressa se vê dividido entre o cumprimento do seu papel e o desejo de seguir o seu coração. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Aniquilar o cinismo

Luís Miguel Oliveira

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Singular

Vasco Câmara

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Em terapia

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

No Quarto da Filha

Luís Mendonça

"Sonhos Desfeitos" é uma espécie de reedição de "Vidas Privadas", mas onde a ausência de um filho é tratada com mais contenção e menos densidade emocional. O argumento não é, de facto, dos mais estimulantes. Acaba como começa e não flui com grande naturalidade, tornando-se rapidamente enfadonho. O que salva este novo filme de Silberling ("Cidade dos Anjos") são os excelentes actores que compõem todo o drama de uma família abalada pela morte de uma filha. Dustin Hoffman e Susan Sarandon são muito bons e Jake Gyllenhaal é uma agradável surpresa (já o havia sido no fabuloso "Donnie Darko"). Concluindo, pode-se dizer que "Sonhos Desfeitos" vê-se bem, mas não encanta. Longe disso, deixa um certo cheiro a "já visto", bastante incomodativo.
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Vida Que Segue

Ricardo Pereira

É nas lacunas de uma vida, nos tempos de espera aparentemente vazios, que as verdadeiras mudanças, muitas vezes, ocorrem. É num momento assim que surpreendemos o jovem protagonista de "Sonhos Desfeitos", Joe (Jack Gyllenhaal). Sua situação logo se revela peculiar: hospedado na casa dos pais de sua noiva logo após o assassinato desta, Joe vê-se obrigado a esticar sua estadia para atenuar a dor de todos, cumprindo o papel de "genro adoptivo". Em "Sonhos Desfeitos", o realizador Brad Silberling tenta abarcar todas as dimensões possíveis da história de uma família que chora a morte de uma filha assassinada. O filme começa justamente com o funeral de Diana, noiva de Joe e filha de Ben (Dustin Hoffman) e JoJo Floss (Susan Sarandon). Joe sente-se deslocado porque, agora que sua noiva morreu, ele não tem laços reais com o casal Floss, mas decide tornar-se sócio de Ben nos negócios imobiliários do ex-futuro sogro. Ben mergulha de cabeça no trabalho para fugir da tristeza, e JoJo evita demonstrar qualquer tipo de fraqueza. Brad Silberling namorava a actriz Rebecca Schaeffer quando ela foi morta por um fã, em 1989. Na época era realizador de TV. O facto, de qualquer maneira, deve tê-lo marcado profundamente. Em chave cómica ou dramática, seus filmes para a grande tela, todos realizados depois da tragédia, tratam sempre da morte: "Casper", "City of Angels" – o remake de "Asas do Desejo" de Wim Wenders – e, agora, "Sonhos Desfeitos". Esses filmes foram se tornando progressivamente mais graves. O último, em cartaz nos cinemas, é o melhor. Ora, se sabemos que "Casper" (que podia parecer tudo menos um "filme de autor") fala de um fantasma que tenta fazer contacto (e até uma história de amor) com pessoas vivas; e que seu segundo trabalho era sobre o amor entre um anjo e uma mulher ainda viva; fica muito difícil não ver o quanto o tema da morte, e do legado que os mortos deixam, o persegue. Afinal, este seu novo filme é sobre uma família tentando sobreviver ao assassinato de sua filha de 20 e poucos anos (a namorada do realizador tinha 22 quando foi morta), e não só isso, como também é contado principalmente pelo olhar do seu namorado. Pois aparentemente Silberling chegou tão perto de sua própria experiência que conseguiu realizar um filme extremamente raro na Hollywood de 2002: um drama que consegue ser engraçado (sem cair na piedade pelos seus personagens, nem na frivolidade cómica), e que não procura nenhuma das saídas fáceis mais comuns no tratamento de seus personagens e situações. Silberling não abre mão de ver na tragédia uma ironia, ou de enxergar na vida uma magia que perpassa os piores e os melhores momentos, tornando-os parte de um mesmo todo.
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