Boa surpresa para os que, como eu, nunca suportaram os trajetos e caretas de Jim Carrey.

Uma muito boa surpresa para os que, como eu, nunca suportaram os trejeitos e caretas de Jim Carrey. Aqui está um filme muito bem representado (o humor inteligente de Carrey convence; Meryl Streep num registo diferente do habitual, mas com o talento de sempre), com uma ironia e um sentido de humor muito próprios e surpreendentes e, acima de tudo, esteticamente deslumbrante, embora negro. Fique até ao fim do genérico, porque este vale a pena pela sua criatividade. Quanto aos três jovens actores, realce-se a estranha beleza da actriz que faz de irmã mais velha (o cinema, como o ser humano, sempre sentiu um intenso fascínio pelos rostos e olhos demasiado redondos) e, numa nota negativa, os fracos dotes de representação do jovem protagonista masculino. Um filme a não perder, sobretudo pelos admiradores do cinema/imaginário de Tim Burton e afins.

Já há algum tempo que nao via um conto para crianças tão bem conseguido. Distrai, entretém e ainda prega alguns sustos. Jim Carrey no seu melhor, mesmo para quem não gosta dele.

Mais um triste filme de Jim Carrey que vive à custa das suas caretas. Uma história absolutamente desinteressante.

É mesmo uma boa história para quem gosta de cinema fantástico. Desenganem-se aqueles fanáticos por histórias da carochinha onde tudo começa e acaba bem. Este é um enrredo mirabolante, recheado de boas representações e cenários únicos. Vale bem a pena ver se é verdadeiramente um amante do cinema imaginário ou mesmo visionário.

A história não tem pés nem cabeça. Horroroso, impróprio para crianças, adolescentes,jovem adultos e tambem idosos. Sem palavras.

Este filme tem de ser grande na (duração) porque este filme tem grandes surpresas, grandes desgraças, grandes actores e actrizes, grande comédia e mais. Se querem saber se tem mesmo e as que tem mais vejam o filme.

Não é que o filme esteja mal feito, ou que o argumento seja medíocre, apenas a própria história é uma sequência de desastres! Qual não foi o meu espanto quando, ao abrir o PÚBLICO numa quarta feira de manhã, me deparo com o anúncio de um filme baseado nos livros que havia lido dois anos antes? Pois surgiu-me logo na cara um sorriso torcista ao ver que o terrível conde Olaf era interpretado pelo extravagante Jim Carrey! Já está, pensei eu para comigo, o caldo entornado! Um conto sobre desgraças e desventuras de três desafortunados irmãos transformado numa comédia polvilhada de sarcasmo! Mas engulo as minhas palavras, porque ele conteve-se, e o resultado é um filme leve que leva a uns sorrisos comprometidos mas que mantém a aura de azar e aventura.

Confesso que criei algumas expectativas acerca do filme. Se algumas vezes tal sintoma é sinónimo de desgosto no fim, foi neste caso uma agradável surpresa até na forma como o filme acaba, tal folha de papel puxada para cima, e na inteligência com a que a ficha técnica nos é apresentada. O filme é, repito, inteligente a vários níveis porque embora se passe em três fases distintas e não revele o fim dos três herois, consegue nessas fases pôr o espectador nervoso com o que possa vir a suceder aos jovens. Por outro lado, já se disse, começa de forma inteligente, fazendo até lembrar as histórias curtas com que a Pixar nos brinda antes do filme de fundo, história que, interrompida, nos atira de forma gentil mas segura para a armadilha em que vamos mergulhar.<BR/><BR/>E isso o filme consegue não só pela forma como está realizado - notem-se os detalhes dos carros com leitores de cassettes em bobines pequeninas, bem como os cenários em que decorre, que a meio me baralharam da tal forma que pensei de facto que estava a ver um filme de Tim Burton.<BR/><BR/>Por fim e tal como já referi, não revelando o final dos três jovens, ficamos com algumas certezas:<BR/>- o filme envolve-nos de tal maneira que desejamos a melhor das sortes a quem em tão pouco tempo passou por tantas armadilhas;<BR/>- Jim Carrey consegue compor, sem ser o centro das atenções, três personagens fabulosas;<BR/>- as aparições de Merryl Streep e Dustin Hoffman em conjunto com outros pesos pesados do cinema são como pequenas alfinetadas que enriquecem a história; e<BR/>- finalmente, ao contrário de outra mais recente, a ficha técnica é apresentada de forma rápida e inteligente, mas faz com que o especatdor fique até ao seu final, o que numa sala quase cheia é no mínimo um bom sintoma.<BR/><BR/>Não me levem a mal mas, como filme de Natal, penso que pode/deve ser, entre outras, uma escolha obrigatória.

Este filme é um filme mesmo cheio e eu vou explicar. Cheio de desgraças, mesmo, cheio de supresas, cheio de risos e há mais. Se querem saber o resto e quais são as surpresas, as desgraças e os risos então vejam.