Sirât
Título Original
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Elenco
Sinopse
Ver sessõesVencedor do Prémio do Júri da competição oficial da edição de 2025 do Festival de Cannes, este é o quarto filme do realizador franco-galego Oliver Laxe (“O Que Arde”) e “conduz-nos”, como escreveu Vasco Câmara (crítico do PÚBLICO), “pelo príncipio e o fim do mundo”. “Sirât”, o título deste “road movie”, vem do árabe, e refere-se a uma ponte entre o Inferno e o Paraíso. Em Marrocos, Luis (Sergi López) procura, no deserto, pela filha que desapareceu. Vagueia pelas raves, festas ilegais de música de dança, em busca dela, acompanhado pelo filho adolescente e um cão, entre personagens estranhas e drogas. PÚBLICO
Sessões
Críticas dos leitores
Uma estrada para lugar nenhum
Luzia Peixoto
"Sirât" tinha tudo para ser um bom filme mas acaba por ser uma história contada à pressa num tempo demasiado lento. O filme é vazio de propósito e a demanda que nos é vendida não passa de um engodo para uma estrada para lugar nenhum. A banda sonora hipnótica e as imagens captadas são pérolas num mar de lodo típico de muitas das obras de arte contemporâneas.
A crítica envaidece-se na sua presunção oca e o público acaba por se ver em estado de descrédito e desalento na obra apresentada. Quem conhece as raves sabe que há dias bons e dias maus mas não há dias assim. É um retrato tenebroso e surrealista, sem sumo e de descrédito de uma cultura incontornável. Há aqui uma alusão metafórica à desgraça de um Nova festival. Há aqui uma tentativa promíscua de fazer da rave um lugar sem saída...
A vida é um caminho...
Colim
Uma metáfora crua e brutal sobre a vida e a liberdade. Minimalista na história e nos diálogos, maximalista na estética e nas emoções. Quanto menos informações se tiver sobre o filme, melhor.
Vazio
Andreia Fernandes
É uma história da qual não consigo tirar nada. Mesmo as personagens me pareceram sempre como desconhecidos para mim.
Pretensioso, vazio
Maria
Pretensioso, vazio, sem complexidade nem história. Cruel, paternalista.
Arrebatador!
V. Dias
História simples onde cabe toda a História! Potente banda sonora a que se junta a humanidade e resiliência das personagens num escaldante deserto, tão vasto quanto os efeitos das acções dos homens.
trip
Joaquim estalagem
Uma história que podia ter sido melhor explorada pela singularidade das personagens. Apesar da música hipnótica e filmado magistralmente o último terço do filme, a história leva-nos para um caminho totalmente inesperado dando a ideia que o orçamento não deu para concretizar a ideia inicial e ter de terminar o filme bruscamente porque o dinheiro acabou. Não deixa de ser um bom filme.
Sirât: metáfora de agora
Maria João Silvestre
"Sirât, realizado por Oliver Laxe e produzido por Almodovar, venceu o Prémio do Júri da do Festival de Cannes em 2025. Assumido pelo realizador como uma captura do espírito de rave, na realidade um filme é muito mais do que isso, revelando-se uma metáfora da vida moderna.
Num cenário apocalítico, denunciado, à partida, no título, que remete para uma ponte em Marrocos, união do Paraíso e do Inferno, todo o filme se desenrola num diálogo com o mítico Mad Max, por ser um filme “de estrada”, mas também pela marginalidade e excentricidade das personagens, inconformados, desalinhados, com marcas físicas de diferença e inadaptação, alienados num universo de consumo de drogas e de música eletrónica.
A música adquire uma dimensão física que atravessa o filme, identificando-se ora com um impulso vital, uma forma de conexão com o outro e com a natureza, ora como um veículo de evasão e afastamento individual.
Do início ao fim, é equacionada a metáfora do caminho e da escolha, numa constante busca pelo outro, pela ligação afetiva e humana, a forma de preencher os múltiplos vazios que vão sendo revelados e de legitimar a existência.
Através de uma estética fílmica cuidada, é desconcertante a perceção de que na revelação do cruzamento de alienados e marginais convictos, no final, o filme parece apontar a integração e o conformismo como a única forma de sobrevivência.
Magnífico!
Paula Albuquerque
Fui assistir sem saber nada sobre a história. Magnífico e surpreendente filme. Só me saíram superlativos. Recomendo vivamente. É cruel e profundamente humanista.
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