Saw - Enigma Mortal

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Thriller, Crime 102 min 2004 M/18 03/03/2005 EUA

Título Original

Saw

Sinopse

Um "serial killer" perturbado leva as suas vítimas aos limites, obrigando-as a jogar jogos macabros cujo resultado é a vida ou a morte. É nessa situação que o jovem Adam e o Dr. Lawrence Gordon acordam, acorrentados à canalização, com um cadáver entre os dois. Nenhum dos dois sabe porque foi raptado, mas o assassino deixou numa cassete as regras do jogo: o Dr. Gordon terá de matar Adam. Se falhar, a sua família será assassinada.<p/>(PUBLICO.PT)

Críticas Ípsilon

Saw - Enigma Mortal

Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Gritos

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Dois homens (interpretados por Leigh Whannell e Cary Elwes) acordam numa casa de banho e não têm ideia de como foram lá parar. O facto de estarem aprisionados por correntes já é suficientemente inquietante, mas quando encontram um cadáver no centro da sala o panorama torna-se ainda mais assustador. No momento em que a dupla se apercebe de que está a ser controlada por um "serial killer", estão lançadas as bases para uma promissora proposta por domínios do terror, "thriller" e suspense. Devido a este ponto de partida, "Saw - Enigma Mortal" tem sido comparado a títulos marcantes como "Sete Pecados Mortais" ("Se7en"), de David Fincher, ou "O Cubo" ("Cube"), de Vincenzo Natali. A aura de filme de culto está assim assegurada, mas infelizmente a película de James Wan fica aquém das expectativas. O início é entusiasmante, com consideráveis doses de claustrofobia, mistério e desolação, mas a eficácia dos primeiros minutos nem sempre tem continuidade à altura.<BR/><BR/>"Saw - Enigma Mortal" peca por ter personagens a mais com desenvolvimento a menos, onde estas não são mais do que peças de um jogo e não possuem grande densidade psicológica. O caso mais gritante é mesmo o do "serial killer", estereotipado e com motivações que ficam por esclarecer, afastando-se, por exemplo, do vilão de "Sete Pecados Mortais", este bem mais complexo e nebuloso.<BR/><BR/>O desenvolvimento do filme revela-se frustrante, uma vez que muitas das reviravoltas, inicialmente surpreendentes, tornam-se banais quando se percebe que, a dada altura, "Saw - Enigma Mortal" recorre a estas de forma exagerada, gerando situações demasiado inverosímeis e inacreditáveis. As cenas finais com a esposa da personagem de Elwes são particularmente forçadas (e já agora, melodramáticas), como aliás todo o último terço do filme, com diversas coincidências demasiado convenientes para o argumento.<BR/><BR/>Wan consegue gerar um ritmo trepidante e absorvente durante quase todo o filme, com uma competente gestão de "flashbacks", mas a fraca direcção de actores, as debilidades do argumento, as fartas (e desnecessárias) doses de "gore" e o estilo de realização que por vezes roça ambientes de videoclips de bandas nu-metal não contribuem para que o projecto se desenvolva de uma forma especialmente estimulante.<BR/><BR/>Sobram alguns bons momentos de tensão, uma apelativa fotografia rude e urbana e uma energia visual que conquista a espaços, mas ficam por perceber os motivos que suscitaram tanto burburinho em torno deste "Saw - Enigma Mortal. Classificação: 2/5 - Razoável.
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Baixa qualidade

M. Ribeiro

O filme começa muito bem, com um toque de ousadia e imaginação que não se vê já faz tempo, principalmente neste género de filmes. Infelizmente, em nome de uma acção que não pára nunca, em vez de termos alguma ao nível do excelente "7even", temos um filme de baixa qualidade. O facto da acção não parar quer dizer que, já para o fim, quando tudo parece arrumar-se em direcção a um fim tão bom quanto o filme poderia engendrar, o argumento fica a dar voltas sem parar: que a mãe raptada tenha a "boa sorte" de se conseguir desamarrar, que ela possua a força necessária para lutar de igual para igual com o vilão, que o polícia (que o persegue há tanto tempo) deixe - mais uma vez - escapar o culpado, que ele escape num acto final ao polícia, que ... e estão a ver. Em nome de uma acção "non-stop" digna de um "vídeogame", o importante é que ainda haja acção, não importa a que preço.<BR/><BR/>SAW 2? Quer apostar que temos outro forte candidato ao rol das míticas figuras como Jason, Freddy e Leatherface? Mítica figura principalmente num ponto: quanto mais comprida a história, mais vendas são geradas (figuras de acção, vídeo, etc. Outro facto, mas este em muito menor dimensão de desastre, é o desperdício de uma noção subjacente de claustrofobia que parece se adivinhar tão geniosamente no início do filme, em favor de tudo o que acima se disse. Foi um parâmetro geniosamente lembrado no filme "O Cubo", embora aqui o uso de outras cenas exteriores quebre por completo essa "magia".<BR/><BR/>E como se o uso em demasia de câmaras rápidas ou de uma banda sonora (embora varie do MTV à sinfonia propriamente dita) servisse para salvar alguma coisa. Adeus "7even", viva o mesmo de sempre.
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Muita parra e pouca uva

Vitor Campos

Este é de facto um bom filme, aconselhado para aqueles que gostam de extrapolar os finais e enredos. No entanto o filme desaponta no final. Acho que o autor do texto se podia ter esmerado um pouco mais!
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O problema do flashback

Pedro Maia

(A pedido de várias famílias, a partir de agora ficam avisados que nos meus comentários são reveladas partes importantes do filme, que podem incluir momentos-chave ou mesmo o final, mesmo que não o descreva minuciosamente.) Há alguns meses, arranjei este filme a um digno representante do nosso clero que ficou positivamente admirado com o filme. Achei estranho, mas tudo ficou esclarecido quando me apercebi que ele tinha feito a ligação entre este filme e o problema da escolha no filme "7even". Mais concretamente, à morte da modelo, a quem o homicida coloca numa mão um telefone para pedir ajuda e noutra uma caixa de barbitúricos, acabando ela por cometer o seu próprio suicídio, apesar de toda a situação ter sido "encenada" pelo assassino.<br/><br/>"Saw" parte deste problema, da escolha virtuosa do psicopata, que supostamente estabelece assim connosco um laço (como o caso de O'Ryan na primeira meia hora de "Suspect Zero", antes de ficarmos a saber que ele é um dos bons), mas os seus métodos são sempre de perder-perder, vivem da dependência do primitivismo humano, e portanto logo aí o filme ganha uma certa monotonia. Algúem vai ter de matar alguém para se safar, e a coisa é levada um pouco longe demais quando alguém tem de fingir ser um psicopata para satisfazer o desejo do psicopata (como é que alguém se torna automaticamente num psicopata só porque está a ser pressionado por um psicopata, ficámos nós sem saber, o que é um "loophole" muito grave), como se ser um psicopata fosse uma espécie de pó que se toma e pronto, já está. <br/><br/>Além disso, nos "flashbacks" nunca fica claro como é que a pessoa se safou, que tipo de investigação foi feita afinal e o final é totalmente aberto. Nem o psicopata morre, nem morrem os dois encarcerados, nem se avança na investigação, tudo em aberto, como se aqueles minutos todos não servissem para mais do que um intermezzo rumo à sequela. Quer dizer, eu até aceitava que o "twist" final em relação ao assassino estava bem arrancado, mas quer dizer, já que estávamos numa de esburacar o argumento porque é que o doutor Lawrence não reaparece para matar o assassino?<br/><br/>E já agora, qual a história deste assassino? Tipo, quando o argumento gira à volta da investigação, eu até aceito não saber quase nada do psicopata (como em "7even" ou no mais recente "Suspect Zero"), mas neste filme passámos 90 por cento do tempo a ver o "modus operandi" do tipo sem quase nenhumas referências relativamente à investigação; não merecíamos saber um bocadito de onde vem todo aquele prazer pelos jogos?<BR/><BR/>Para quem tem na sua "short list" de filmes de psycho películas de final aberto como "O Cubo 2", "Dreamcatcher", "White noise", "The Grudge", "Vidocq", este filme será aceitável, mas nem vos passe pela cabeça pensar que vão ter as mesmas sensações - aqui não há efeitos especiais, não há trabalho de montagem para evidenciar os momentos de suspense, não há montanha russa porque os "flashbacks" são apresentados como clips contínuos feitos a partir de uma posição quase-fixa de câmara.<BR/><BR/>E podem sempre esperar por "Hide and Seek", esse sim! Delicioso! (Eu sei, eu sei, para os críticos aqui da casa vai ser um péssimo filme, mas que posso eu dizer, eles são previsíveis. Lê-se a crítica de Paul Clinton na CNN sobre um filme e é como se a estivesse a ler uns mesitos depois no "Y"... Mas isto é assunto para outro comentário ; )))))
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Arrasador

Mário Carlos

Há umas semanas atrás, vi "O Maquinista" e fiquei bastante incomodado com o persurso auto-destrutivo do protagonista - nomeadamente o que estava na origem desse percurso. Hoje, saí da sala de cinema com a certeza de que "Saw - Enigma Mortal" sera ainda mais arrasador de um ponto de vista psicológico. Há mais sangue, crueldade, um sadismo extremo (do mais perverso que se possa imaginar), o ambiente é claustrofóbico, imundo, e o final (em aberto?), uma verdadeira surpresa - era até então, para mim, apenas uma hipótese remota e muito pouco credível. Damos-nos conta, bem cedo, que acompanhamos o sofrimenro das personagens, que queremos ajadá-las a ultrapassar as provas a que estão sujeitas e quase temos pena do seu mais que provável destino.<br/><br/>Contudo, parece-me que a personagem do Danny Glover está mal explorada ou aproveitada. Não sei se o filme é a adaptação de algum jogo. Se não for esse o caso, então seria interessante fazer-se um jogo a partir dele. Em resumo, vale a pena ir ver este filme se "O Maquinista" não lhe causou pesadelos. Caso contrário, não se atreva a querer perder o sono de vez!
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Uma surpresa

Eduardo

Quando vi este filme há uns meses atrás, pensei "mais um filme de terror", mas à medida que o tempo decorria, as emoções começaram a ficar maiores e a certa altura todo o filme mexia comigo, especialmente naquele final cinco estrelas. Tornou-se uma obra de culto na minha videoteca e obra obrigatória para muitos dos meus amigos... Atenção, não é uma cópia pirata, tive que encomendar dos Estados Unidos. Graças ao Fantasporto (mais uma vez) poderei ver um grande filme no grande ecrã.
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