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Robôs
Título Original
Robots
Realizado por
Elenco
Sinopse
Num mundo de robôs, Rodney (voz de Ewan Mc Gregor) é um jovem e genial inventor que sonha em ajudar os outros robôs. Cappy ( voz de Halle Berry) é uma bela, dinâmica e esperta robô por quem Rodney se apaixona instantaneamente. Rodney sonha conhecer Big Weld (voz de Mel Brooks), o melhor inventor de sempre, mas quando consegue a sua oportunidade descobre que o grande inventor desapareceu e foi substituído pelo malévolo robô Ratchet (voz de Greg Kinnear), que, qual Hitler, quer impor uma raça de robôs superiores. Rodney vai tentar impedir Ratchet de concretizar o seu malévolo plano e salvar o seu herói. "Robôs" é um filme de animação e foi realizado pelos mesmo criadores de "A Idade do Gelo".<p/> PUBLICO.PT
Críticas dos leitores
Shark tale goes rusty
Pedro Maia
Começa a haver pouco espaço para criações originais dentro da animação digital. Isso pode ser tanto mau como bom sinal, mau sinal porque os produtos podem começar a ser clonados dos sucessos anteriores, bom sinal porque pode forçar à evolução do género, novas pesquisas de argumento para se chegar a outros lados diferentes ; ))) "Robots" tem um pouco de "Gang dos Tubarões" (lembram-se? Aquele filme que não era sobre tubarões e eles não tinham sequer um gang. Ai ai ai… um título de um filme adaptado para português é como uma caixa de chocolates estragados, sabemos sempre que não vamos gostar) pelo conceito de "mega-cidade" em que estranhamente todos se conhecem, tem um pouco de "Os Incríveis" pelo vilão cheio de "gadgets" e que se propõe dominar o mundo (pois… esta parte é mais comum, mas pronto) e acima de tudo, por uma história de Stuart Little em versão robótica.<BR/><BR/>Mas esta mescla não surge forçada, fundida numa realidade que sendo absurda (para nós adultos, não para as crianças) é bastante credível (tão credível como a estação de lavagem de baleias de "Shark Tale", 'tão a ver?) por ser tão bem fundamentada em rituais diários. Os novos efeitos visuais são fabulosos, e é dessa delícia que vem muito do interesse do filme, dessa agilidade do espaço que é dada pelas novas renderizações dos metais (até há bem pouco tempo inimigos fidagais dos filmes de animação digital), pelas novas matrizes de espaço infinito (as cenas de travelling de grandes planos para grandes ampliações de espaços são fabulosas!). Portanto, mais um daqueles casos em que a técnica vem em auxílio da criatividade. Aquilo que o argumentista não conseguiu foi atingido na perfeição pelos técnicos de efeitos especiais, num contraste com "Ice Age", em que o delicioso argumento sofria um pouco com uma tecnologia que já na altura parecia "downgraded" mas que hoje parece completamente arcaica.<BR/><BR/>Além disso não se pouparam nos "gags" de contorno potencialmente sexual, fazendo com que este filme seja apelativo para pessoas um pouco acima da "idade da inocência". Exemplo disso é a ideia de "unissexo" comtemplada na troca de peças dos robôs. Os filmes de animação lidam de forma cada vez mais delirante com estes obstáculos à realidade humana a partir dos mundos infantis.<BR/><BR/>Portanto, o que em "Shreck" é "para adultos" por via do argumento, em "Robots" é-o não só e não tão bem conseguido, mas também e muito bem conseguido pela evolução no potencial de visualização e regalo para a vista. >A ver, mesmo com a musiquinha fracota no fim (ai ai ai..., "Shrek"... suspiro...)
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