O filme começa com o símbolo da série Ice Age: o pequeno roedor Scrat que adora bolotas e que é capaz de tudo para conseguir uma. Desta vez, o nosso herói tem concorrência: uma charmosa fêmea da mesma espécie que procura – ela também desesperadamente – uma apetitosa bolota. Mas os simpáticos roedores não são os verdadeiros heróis. Esses são o mamute Manny, o tigre Diego e o seu amigo Sid. A eles juntam-se novos protagonistas que transitam do segundo “Ice Age”: Ellie, Crash, Eddie e o novo e fabuloso Buck. Ellie é a namorada do mamute Manny e está à esperada de um bebé-mamute. Nessa delicada situação, vai toda a trupe procurar Sid que foi raptado por dinossauros vindos de um mundo desconhecido onde ainda sobrevivem dinossauros de todas as espécies. Entre os dinossauros vive Buck, uma doninha cheia de energia e “parlapié”, que faz lembrar o capitão Jack Sparrow, personagem encarnada por Johnny Depp na série de filmes “Pirates of the Caribbean”.Esta terceira tirada de “Ice Age” é, acima de tudo, uma lista de referências a outros filmes ou a personagens de ficção, tanto do cinema como da literatura. Além da inspiração vinda de “Pirates of the Caribbean”, as ideias vêm de “Moby Dick”, de “Star Wars” e de tantos outros clássicos. Este aspecto de “Ice Age: Dawn of the Dinosaurs” torna o filme ainda mais adequado aos adultos que poderão divertir-se a identificar as origens de várias cenas. A chegada dos dinossauros ao mundo de “Ice Age” é uma excelente jogada comercial. Uma grande maioria dos miúdos adora aqueles animais, o que vai contribuir imenso para o êxito de bilheteira. Note-se que algumas das cenas com dinossauros podem assustar os mais pequenos devido, sobretudo, à música e aos ruídos realistas de alto volume.

É um filme muito divertido!

Nesta idade do gelo os primeiros 30 minutos são um deserto de ideias e uma floresta de aborrecimento. Mas fora esta primeira meia hora o filme como que nasce, sendo a partir do momento em que se troca o gelo pela floresta que o filme ganha fôlego. A grande culpada é uma nova personagem, mistura esquizofrénica de Tarzan, Robin dos Bosques e pirata caribenho, em torno da qual gira (quase) toda a acção e pela qual vale a pena comprar o bilhete. Não esqueçamos no entanto o esquilo na sua eterna perseguição, trata-se do único elemento dos filmes anteriores que não se perde na transição para este novo capítulo. Dois dos momentos mais inspirados do filme ocorrem em torno deste frenético pequeno roedor e da sua relação com a bolota fugidia. Não tão hilariante como as anteriores duas "idades" este novo capítulo da saga do gelo vê-se bem e o resultado final é compensador, no entanto vá com calma, relaxe, compre as pipocas sem pressas, se chegar ao seu lugar com algum atraso não perde nada a não ser algum que outro bocejo.